Coaripolis

quarta-feira, março 14, 2007

Foi aprovado nesta semana a realização de um seminário para a população do Acre sobre saúde na Amazônia. O assunto em pauta discutirá sugestões de políticas de regionalização da saúde na Amazônia.
O quadro de saúde da Região Amazônica expressa desigualdades regionais existentes de forma marcante e persistem, de maneira expressiva, as enfermidades decorrentes de precárias condições de vida e do baixo acesso às medidas de prevenção e controle, e aos próprios serviços de saúde.
Tudo está ligado a desigualdades sociais e econômicas, acesso, centralização tecnológica, baixa densidade demográfica, enorme extensão territorial e regiões fronteiriças.
Um dos principais pontos a serem discutidos durante o seminário será A alta incidência de malária na região. É preciso dar uma freada na manifestação da doença, seja através de pesquisas ou de ações mais práticas que dêem segurança à população, como o saneamento básico.
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Este seminário será um bom espaço para debater as questões de fundo da saúde na Amazônia ou ao menos se propõe a isso.
No ano passado juntamente com a juventude dos bairros de Urucu e União em Coari um seminário sobre saúde pública. Esses dois bairros estão entre os mais pobres da cidade.
Os jovens participantes do Seminário fizeram uma pesquisa na casa dos moradores mais pobres e constataram que a maior fonte de doença na área era a falta saneamento básico e de água de boa qualidade.
Não adiante criar estruturas de hospitais e postos de saúde quando o serviço de saneamento é ruim com esgotos a céu aberto. Isso gera uma grande população de ratos e baratas, fontes geradoras de doenças.

Além do tratamento da água não ser muito boa, quase todo sistema de esgoto vai parar no lago e no Igarapé do Espírito Santo, e onde as crianças vão lá brincar.
Sem contar que a cada manhã os urubus acordam cedo para fazer a limpeza das ruas que nessa hora se encontram entulhadas de fezes de cachorros. Ruas onde crianças brincam descalças. Depois estão aí com barriga quebrada de verminoses!
Será preciso muitos seminários sobre saúde pública na Amazônia e que deles saiam propostas concretas para uma melhor qualidade de vida.