Coaripolis

terça-feira, dezembro 14, 2004

Tendão de Aquiles

Pode não passar de um gesto diplomático, mas a Petrobras está dando sinais de que pretende ao menos colocar em discussão um calcanhar-de-aquiles de sua política ambiental: o caso do Parque Nacional de Yasuni, no Equador. A grita em defesa do Parque Nacional Yasuni - a maior área protegida do Equador, com 982 mil hectares - vem crescendo nos dois países. E a Petrobras começa a vir a público responder às críticas.
Enquanto no Brasil a empresa se esforça para respeitar a legislação e compensar os danos que volta e meia suas operações causam ao meio ambiente, do outro lado da fronteira, na Amazônia equatoriana, está prestes a iniciar a extração de petróleo no coração de uma área protegida, coisa que ela estaria impedida por lei de fazer aqui. É evidente, neste caso, que a Petrobras adotou padrão duplo de comportamento.
O mais interessante em tudo isso é que a Petrobras, se defendendo, indo para o ataque, cita o gasoduto-poliduto construído da Reserva do Arara até Coari, como "Modelo" para outras construções do mesmo porte. Claro que o pessoas do Equador não conhecem os danos que esta construção deixou.
Assim se saiu: "Ostentando variadas certificações internacionais de gestão ambiental e trabalhista, Urucu é apresentada, pela Petrobras, como a prova de que é possível produzir na floresta sem prejuízo aos recursos naturais". leia mais...
Fonte: O Eco