Zona Franca de Manaus
A Zona Franca de Manaus, acabou de completar 38 anos. São muitos motivos para comemorar essa data e outros para fazer a gente refletir.
Vamos as comemorações: Em 2004, o Amazonas teve crescimento industrial de 13%, o maior do Brasil. Em relação a dezembro de 2003, foi de 14,9%, quase duas vezes superior à média brasileira (8,3%). No último trimestre do ano, época de esperada desaceleração, foi 11,6%, também quase o dobro da média nacional (6,3%). Ou seja, houve crescimento consistente durante o ano inteiro e na virada do ano a produção continuou aquecida.Outros indicadores de 2004, comparados a 2003, são também pujantes. O faturamento chegou a US$ 13,8 bilhões, indicando 31,69% de crescimento e um recorde histórico; as empresas encerraram o ano com 91 mil postos diretos de trabalhos, 23,68% acima do ano anterior; a arrecadação federal no Estado do Amazonas chegou a R$ 4,3 bilhões, um incremento de 29%, sendo que esse valor representa 63% de toda a arrecadação da 2ª Região Fiscal (AM, AC, RR, RO, PA e AP).Tributos 33% maioresOs tributos gerados a partir do Pólo Industrial de Manaus, sejam federais, estaduais ou municipais atingiram, em 2004, a cifra de R$ 8,2 bilhões, valor 33% maior do que em 2003; a demanda por insumos industriais nacionais e regionais cresceu do patamar de 46,96% para 50,47% do total das aquisições dos insumos utilizados na produção, sendo que só a compra de insumos locais, que foi de 29,5% em 2003, transitou para 32,35% em 2004; os investimentos totais devem situar-se em torno de US$ 4,3 bilhões, significando um aumento de 17,46% de um ano para outro. Louvores que saem das palavras da superintendente da Suframa, Flávia Skrobot Barbosa.
As coisa para fazer pensar: poucos são os empresários amazonenses, praticamente são todos de fora, estrangeiros e de outros países, assim como, as empresas que formam o todo o complexo de onde saem essas enormes somas. Com isso quero dizer que o grosso do dinheiro, o lucro mesmo, nem fica no país. O melhores cargos não são ocupados por gente nossa, e olhe lá se por brasileiros.
Esse tipo de empresa que trabalha com essas tecnologias cada vez mais estão sendo automatizadas, isto é, vão precisar cada vez menos de pessoas e sim de máquinas que não são produzidas no Brasil. Depois não estão aí para dar empregos, mas, porque aí incontram mão-de- obra barata. Quando formos nos especializando mais e o governo cortar alguns dos seus subsídios, elas se mandam para China.
A Zona Franca de Manaus é um mal necessário, um bem menor. Só quando tivermos nossas próprias empresas, com mão-de-obra especializada e bem paga... é que poderemos dizer, agora sim podemos comemorar.