Coaripolis

quarta-feira, maio 25, 2005

A importância do contraponto
"revolta" de Márcio e a revolta dos cabanos
Adital - Márcio Souza lançou em Belém, no final do mês passado, com patrocínio oficial do governo do Estado, o terceiro livro da tetralogia Crônicas do Grão-Pará e Rio Negro. O título, Revolta (Editora Record, 301 páginas), ficaria mais coerente se fosse algo como "O garanhão do Grão-Pará". Do início ao fim, Maurício Vilaça traça quase todas as personagens do romance, desde uma ninfeta de 13 anos, mas já prostituta experimentada, até pudica senhora integrante de uma associação de novas amazonas, uma precursora liga feminina que atuou no período dos "motins políticos" no Pará (1821-1835), que constitui o eixo da sagra do escritor amazonense. O romance termina como alguns daqueles filmes sangrentos, no qual o enredo se exaure no matadouro geral. Quase não havia mais mulher para o apetite voraz (e sempre eficiente) do jovem comerciante.
Lúcio Flávio Pinto - Jornalista