Um mundo de leituras
José Mindlin tem uma estante cheia de livros até na gravata. Considerado o maior bibliófilo do Brasil, ele esteve em Belém esta semana a convite da Universidade da Amazônia (Unama) para o lançamento da Revista “Asas da Palavra” que registra os 400 anos de “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes. Na véspera do lançamento, foi recepcionado na Academia Paraense de Letras (APL) na cerimônia que marcou a entrega da Medalha do Centenário da Academia. Em entrevista exclusiva ao Cartaz, Mindlin falou sobre a necessidade de mais bibliotecas no País como estratégia de estímulo à leitura.
Como o senhor vê a questão da leitura no Brasil?No Brasil não há muitos leitores por outras circunstâncias. Mas eu tenho a impressão que se está fazendo um esforço válido de estímulo à leitura. Eu tenho dito que é muito bom ter os livros, mas isso não deveria ser condição para poder ler. O Brasil precisa de milhares de mais bibliotecas, para que todos que quisessem ler tivessem acesso ao livro sem precisar fazer um sacrifício material para comprá-lo. Porque uma gente que vive com poucos salários mínimos realmente não tem condições de comprar um livro. Leia+