Coaripolis

quarta-feira, julho 20, 2005

Estamos mais ricos
Petrobras abre nova frente de exploração de petróleo
A Petrobras iniciou ontem a perfuração de um poço de petróleo distante 100 quilômetros da província petrolífera de Urucu, na localidade do igarapé Passarinho, entre os rios Urucu e Itanhauã, no município de Coari.
Cinqüenta profissionais estão na plataforma. Os engenheiros e geofísicos da estatal estão confiantes de que em no máximo 45 dias pode jorrar petróleo e gás. A sonda deve perfurar até 2.100 metros.
A nova frente de exploração é a mais importante em terra da região Norte. Ao todo serão investidos US$ 50 milhões, num plano de perfuração de três poços, sendo um no Porto Evandro e outro num local conhecido como Marreca, a 70 e 90 quilômetros, respectivamente, da base do Pólo Arara.
Desde 1986, quando foi descoberto petróleo e gás em Urucu, não se via uma ação exploratória de grande porte, como esta. A área em que os profissionais da Petrobras estão atuando é conhecida como BT-SOL-1 e foi adquirida da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em 2002, na 4ª licitação internacional.
O Amazonas produz 5% do petróleo nacional (60 mil barris/dia). A expectativa dos dirigentes da companhia é a de em se descobrindo reservas comercialmente viáveis na nova frente, a região possa produzir 10% do petróleo nacional, o que representaria algo em torno de 120 mil barris/dia, superando o Rio Grande do Norte, que, atualmente, produz 100 mil barris/dia, o que o faz líder de prospecção terrestre no Brasil. A Bacia de Campos, no litoral fluminense, continua sendo a potência de produção com mais de 83% do que se extrai em petróleo do solo brasileiro.
Três coisas deviam ser mais bem administradas pela Petrobras:
1. A questão ecológica - Desenvolver pensando no cuidado com a imensa riqueza biológica. A longo prazo podemos perder mais que ganhar. Muitas das raízes, fungos, bactérias, folhas, cascas, plantas, animais, sementes, batatas, entre outros, podem servir para fazer remédios e cosméticos... podemos perder muito disso, se as coisas nao forem bem feitas;
2. A questão social - Na construção da estrutura do primeiro poço na cidade de Coari cresceram: a prostituição, a prostituição infantil, o número de mães solteiras, doenças sexualmente transmitíveis se alastraram pela cidade (inclusive aids) entre outros problemas sociais;
3. A questão econômica - Dar mais atenção ao dinheiro repassado para o município.