Para não dizer que não falei das flores II
Ufam vai ganhar duas unidades

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vai implantar a partir de janeiro do próximo ano unidades acadêmicas nas cidades de Coari e Benjamim Constant. Nesses dois municípios, vão ser criadas faculdades, onde serão ofertados cursos em caráter permanente para a população local seguindo o modelo das faculdades existentes no campus principal da instituição, em Manaus. Na próxima terça-feira, o reitor da Ufam, Hidemberg da Frota, reúne-se em Brasília com o ministro da Educação, Paulo Haddad, para discutirem a implantação desses projetos.

Além das duas unidades, o reitor vai discutir com o ministro a criação do Centro de Estudos Antropológicos e de Biodiversidade, ligado à Ufam e onde serão feitas pesquisas e ensino de pós-graduação nessas áreas. Ele explica que na terça-feira serão definidas questões como estrutura, orçamento e pessoal para as unidades. "E a partir daí, vamos discutir junto com as comunidades lá nos municípios. Discutiremos os cursos que as comunidades entendem que se deve dar prioridade", ressalta o reitor.

O concurso público para o preenchimento de vagas para professores e funcionários deverá ser anunciado até o início do ano. Frota diz que cada curso deve ter uma média de 40 alunos, mas o número de vagas totais a serem criadas com a implantação das duas unidades só será informado quando houver definição de quantos cursos serão oferecidos. Pelo planejamento feito pela Ufam, as aulas vão começar já em março de 2006.

As unidades acadêmicas de Benjamin Constant e Coari serão as primeiras a funcionar em caráter permanente fora do campus da Ufam em Manaus. Atualmente, os cursos existentes nos campi avançados da instituição no interior - além dessas duas cidades, existem campi nas cidades de Parintins, Itacoatiara e Humaitá - são periódicos e os professores ficam nas cidades apenas o período em que durar os módulos do curso. Quando os módulos acabam, eles retornam para a capital. Além dos campi, a Ufam possui 26 pólos de ensino, onde oferece cursos em parceria com os municípios. Nesses pólos, a instituição tem estrutura física e as instalações dos cursos providenciadas pelas prefeituras. A expectativa da Ufam é que os professores que passarem no concurso sejam oriundos da própria comunidade. "Os professores vão ser contratados para aquela localidade, vão viver ali e isso vai ser bom para o aluno, que vai ter o professor permanentemente perto dele. Vamos torcer para que pessoas do local. passem no concurso", enfatiza.