Coaripolis

quarta-feira, abril 05, 2006

Exército deixa de ser opção para construir Gasoduto Coari-Manaus
O Exército brasileiro deixou de ser a alternativa para executar os 370 quilômetros do gasoduto Coari-Manaus e reduzir os custos da obra. A mudança ocorre porque as empresas que venceram a última licitação recuaram e restabeleceram um preço compatível com a expectativa do mercado.
A Petrobras cancelou três rodadas do processo licitatório porque os preços apresentados pelas empresas estavam acima da previsão da estatal responsável pelo empreendimento. O anúncio da retomada do gasoduto foi feito pelo governador Eduardo Braga que recebeu a notícia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deverá ir ao Amazonas, sem data definida, para marcar o início da montagem do gasoduto Urucu-Coari/Coari-Manaus.

Até ontem, os valores cobrados pela Petrobras e as empresas eram desconhecidos. Mas segundo o governador Eduardo Braga, a estatal brasileira fez um orçamento prévio calculando US$ 15 o metro-polegada de gasoduto, enquanto a iniciativa privada fez cotação de US$ 35 a US$ 38 o valor do mesmo produto.
Os 370 mil metros (quilômetros) do gasoduto Coari-Manaus custariam em torno de R$ 236,43 milhões dentro da previsão orçamentária da Petrobras, mas os valores apresentados pelas empresas ficaram em torno de R$ 551,67 milhões somente para montagem da tubulação. "Não sei qual foi o preço que as empresas repactuaram com a Petrobrás para se chegar a um acordo, mas o presidente Lula garantiu que agora a obra sai", declarou Braga.O acordo entre a Petrobras e as empresas vencedoras da última licitação fez com que o Exército fosse descartado da execução do gasoduto. Na verdade, o Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Exército não poderia realizar a obra por completo, já que há serviços especializados e refinados que demandam tecnologias inexistentes no País. Os "soldados-engenheiros" iriam auxiliar na logística, a parte mais cara do empreendimento, segundo especialistas da Petrobras.