Ainda vale tentar recomeçar... e recomeçar sempre!

Quase dois dias sem internet, foram várias as tentativas e nada. Por outro lado valeu não está conectado, assim sobrou tempo para outras coisas. O clima pela cidade do gás e do petróleo mudou, aliás, vive numa mudança, oscilando entre sol forte, chuvas fortes e rápidas, e quedas de temperatura.

O ar de Coari nesse tempo está invadido pela barulheira infernal do som da propaganda eleitoral. Queria saber escrever, mudar a nota desse blog, criar histórias ou inventar estórias; não consigo nenhuma e nem outra coisa.

Sinto que o comodismo e a preguiça me convidam para uma vida um tanto monótona, onde não há enchição ou puxação de saco. Difícil. Meus dias e semanas já entraram numa rotina de ver, sentir e se conformar de que tudo que é deve ser e nada se pode mudar. Ô vida, triste fim.

Porém, a cada manhã quando vejo as flores da minha janela, o verde forte das folhas a invadir a beleza do espaço azul. Quando saio e vejo sorriso enferrujado das crianças magricelas da minha rua, sinto que vale tentar fazer a vida diferente, arriscar sem ter medo de errar, sem ter medo de não ser compreendido.

E tudo recomeça, as inquietações, as dúvidas, as perguntas que até momentos atrás pareciam respondidas ou deixadas de lado, agora ganham forma e força que me impulsionam a pensar que vale acreditar no novo, mesmo diante de tanta tirania ridícula, que transforma todo sonho, toda esperança em egoísmo, avançando para tudo devorar e tudo ter, tudo poder!

O que mais me alegra nisso tudo é morar do lado do Igarapé do Espírito Santo, atulamente seco, e ver o seu leito como um rastro de uma Cobra Grande que partiu não sei para onde, nos deixando a certeza de que o brilho dos seus olhos incandescente está a iluminar o futuro... e no futuro a esperança.