Coronéis de Barranco
O Brasil percorreu uma longa história eleitoral para está no momento e no processo que está. As leis que regem as eleiçõe foram lentamente se construindo, claro, ainda temos um longo caminho a percorrer. Eram cometidas atrocidades eleitorais sem igual.
Na Amazônia a coisa não foi diferente e nem poderia ser, ela é parte integrante desse imenso Brasil, aqui está o país que na sua maioria das vezes é uma terra sem lei. Um faroste caboclo. Estado como o do Amazonas de dimensões continentais, onde tudo parece favorecer ao descumprimento da lei (no caso aqui... da lei eleitoral). Tudo pode, tudo se é possível, desde que seja para o rei e os seus amigos. Maquiavel, literalmente, Maquiavel.
Desde a derrota indígena que estamos ensaiando a construção de um estado democrático. Perdemos a grande oportunidade quando fomos derrotados na guerra dos Cabanos. Os historiadores são unanimes na conclusão: na guerra dos Cabanos, uma país morreu para o Brasil nascer.
No interior da Amazônia nunca, mais nunca mesmo tivemos liberdade, ainda mais liberdade para votar. Qualquer um que propõe uma mudança no jogo é reprimido por diversos modos de repressão. Desde que nos tornamos "Republica Democrática", quando começamos a escolher nossos representantes, os amazônicos deviam votar em quem o patrão mandasse, caso contrário cairia sobre o "rebelde" duras penas.
Essa modalidade de votar a base do cassete, porrete, porrada ou de ameaças de ficar sem os escrotos ou o coro das costas, aparere exposto sem se intimidar com qualquer lei no período da borracha, onde os coronéis de barranco definiam em quem os seus "brabos" deviam votar. Cada seringal era um curral eleitoral. O candidato amigo do seringalista seria o dono dos votos.
No interior da Amazônia, ainda hoje essa prática de ganhar eleição continua, claro que mascarada de diversas artimanhas. Os coronéis de barranco continuar a mandar, a reinar disfarçados de prefeitos e o candidato a governador que for seu amigo, seu padrinho ganhará os votos do município. Cada município é o curral eleitoral de um candidato a governo ou a outro cargo eletivo, conforme as amizades do coronel do lugar! Leia mais.