Coaripolis

sexta-feira, novembro 24, 2006

Somos ricos e tão pobres...
Confira parte do texto:
"Na semana passada o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou o resultado das contas regionais com dados relativos ao ano de 2004 quando o Estado do Amazonas obteve destaque no período pesquisado, que engloba informações de 20 anos (1985-2004).
A expansão da produção industrial do Amazonas levou o Estado a atingir, no ano de 2004 em relação ao anterior, um nível chinês de crescimento no patamar de 11,5% no período, em contrapartida à média nacional de 4,9%. Naquele ano a produção de riqueza, impulsionada pelo PIM (Pólo Industrial de Manaus), chegou ao patamar de R$ 35,889 bilhões, valor a remeter o Amazonas ao 1º lugar no ranking nacional de crescimento e a participar com 2% na geração de riqueza do país. Antes o Estado detinha 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
A publicação do IBGE demonstra também a manutenção da 6ª posição do Amazonas no item renda per capita, embora o Estado tenha evoluído de R$ 9.100 em 2003, para R$ 11.434 em 2004. A par destes dados, cabe ainda o registro de que no período de 1985 a 2004 o Amazonas ficou na segunda posição no acumulado do PIB ao crescer 314% nesses vinte anos. Em primeiro lugar ficou o Estado do Mato Grosso ao expandir seu PIB em 315% nas duas décadas.
A renda per capita do Amazonas ultrapassa em 17,52% a média nacional de R$ 9.729, enquanto na região Norte, com média de R$ 6.500, o índice amazonense é superior em 75,9%. Ainda neste quesito é importante dizer que apenas do Distrito Federal (R$ 19.071) e mais quatro Estados (RJ, com R$ 14.639; SP, com R$ 13.725; RS, com R$ 13.320 e SC, com R$ 12.159) são detentores de renda per capita maiores que a do Amazonas, o fato, aliás, não chega a surpreender.
Como se vê, o Amazonas aparenta ser, e deveria ser, um Estado rico, mais opulento pela posição que ocupa no ranking nacional em função do crescimento econômico experimentado nos últimos anos, mas não é isto que encontramos quando saímos de Manaus, onde a maior parte da riqueza é gerada. Até mesmo na capital os exemplos da miséria e da desassistência estão à vista de todo mundo. Leia o texto completo.