Coaripolis

quarta-feira, fevereiro 28, 2007


Máquinas fotográficas
Minha relação com as máquinas fotográficas vêm de longe. Lembro com alegria a primeira que tive, era uma love, prática, fácil de ser usada e descartável. Na hora de revelar as fotos, junto com o cadastro se entregava também a máquina; depois com as fotos se recebia uma nova e daí era recomeçar tudo outra vez. Click. Não sei que fim ela levou.
Minha segunda era uma kodak, chata, usava um filme com dois cilindros e cumprido. Me deu alegria, troquei por uma bicicleta. Isso aí pelos meus 13 anos. Fui muito mais feliz com a bicicleta do que com qualquer máquina fotográfica. Depois dessa passei vários anos sem ter uma câmera.
Voltei a fazer fotos quando as oportunidades de viajar apareceram. Tive várias desses modelos mais simples, dessas de mirar o alvo e apertar. Quase não tem erro de fazer uma foto.
Em 1996 estava na cidade de Urbania, no nordeste da Itália, onde fiz uma boa amizade com um fotográfo, apaixonado pelo Brasil que me presentiou a melhor máquina que tenho até hoje, uma Yashica reflex FX-3000, manual (a máquina que aparece na foto é automática).
Depois dessa começaram a aparecer as digitais. Minha primeira veio em junho de 2004, uma Cassio, excelente. A coitada não aguentou o tranco das viagens e das quedas, definhou-se. Depois veio Nikon, esta antes de completar três meses, sem ter terminado de pagar, veio a falacer impressada entre as duas poltronas do carro.
Antes de vir para essa viagem, estava sem máquina, resolvi comprar outra Nikon, para minha tristeza, esqueci no ônibus que me trouxe de São Paulo ontem.
Hoje cedo estive na rodoviária, no balcão de vendas da empresa, atrás de qualquer notícia sobre a máquina e nada, eles ligaram para a garagem e nada. Me pediram para ligar mais tarde, já liguei e nada. Lá vai mais uma máquina.
Agora o jeito é dar um tempo sem elas. Ao menos enquanto não passar a chateação ou se alguém por aí quiser fazer uma doação, será bem vinda!