Triste realidade

Negócios na floresta são ignorados

O Amazonas perde preciosos investimentos na área de extrativismo por não oferecer infra-estrutura e apoio necessário para que os pequenos produtores aproveitem as boas oportunidades de negócios no setor.
Os produtos oriundos do extrativismo são atualmente matérias-primas estratégicas para a poderosa indústria de fármacos e fitoterápicos, que movimentam milhões em todo o mundo. Para se ter uma idéia, o Estado possui uma capacidade de produção mensal de mil toneladas de óleos vegetais, mas a produção não chega a 400 toneladas.
Os produtores se ressentem, sobretudo, da inexistência de infra-estrutura - a falta de energia elétrica é o maior entrave -, além de problemas fundiários e serviços básicos precários de saúde e educação. A falta de estradas e de transportes para fazer o escoamento da produção também dificultam a expansão dessa atividade. Esta reportal fisguei no Jornal Acritica, que expressa muito bem a realidade rural do estado do Amazonas. E lógico em Coari não é diferente. Em julho quando participei do encontro de ribeirinhos do município, o choro era por uma boca só: "estamos abandonados".