Coaripolis

quinta-feira, junho 02, 2005

Lisboa – Biblioteca Nacional de Portugal
Ontem acordei Fátima com a passarada e as sete da matina já estava no ônibus que me levava para Lisboa. Uma manhã de esplendorosa primavera, desses dias que o sol nasce cedo, quase as cinco e a natureza grita anunciando sua beleza. Acordar e encher os olhos desse encantamento é ver a obra do Criador em todo o seu esplendor.
As estradas perfeitas para meter o pé no acelerador, largas, sem buracos e bem sinalizadas. De Fátima até Lisboa não se vê mais uma floresta natural, tudo devastado. São muitas as plantações de verdura que ocupam toda área plana até o pé das montanhas e morros sinuosos, tão cheios de curvas como a estrada. No rádio o radialista anunciava o belo dia que se abria diante de nós, temperatura em Lisboa de 31 graus e vento.
Tudo ia andando bem até a entrada da cidade onde havia um engarrafamento de vários kilometros devido a um acidente envolvendo quatro carros, a coisa andava a passos de jabuti. Isso atrasou a viagem em duas horas. E tome paciência. O homem do rádio nos dizia em primeira mão que não era em tudo que Portugal estava em último lugar, no quesito de gente impaciente a terrinha era a campeã.
Foi meu primeiro dia em Lisboa, na verdade na cidade fiquei pouco, passei todo meu tempo enfurnado na
Biblioteca Nacional de Portugal. Realmente me encantei com o sistema organizativo da biblioteca, tudo funciona para agilizar sua pesquisa, prática e cômoda. Totalmente contrária a Biblioteca Nacional do Brasil no Rio de Janeiro, onde estive em julho passado, que funciona em tudo para dificultar sua pesquisa, nunca vi algo igual.
Depois de tudo verificado, sentei diante do terminal do computador e inseri a palavra “Amazônia”, tive como resposta 179 obras, valeu o esforço de ter chegado ali depois de um longo tempo de planejamento e economias. No final do dia, por curiosidade voltei ao computador e inseri a palavra “Coari”, resultado: "O".