Da terra dos cabanos

Desde a madrugada de domingo estou em Belém, cidade que cada vez amo mais. Entre todas as cidades da amazônia esta é a que mais representa o nosso modo de ser amazonida. De modo natural faz resistência cultural ao modo de viver americanizado tão apregoado pelo mundo afora.

Os jornais de ontem anunicaram Belém como uma das últimas cidades em qualidade de vida. Com certeza a desiguladade social aqui é gritante, como em todo o país. É incrível a concentração da riqueza da cidade nas mãos de poucas pessoas que esbajam riqueza e vivem ao estilo das cidades ricas da Europa e dos Estados Unidos, fontes de inspiração cultural e gastronômica para essa gente.

Do outro lado da ponta das notícias, a revista Exame anunciou Belém como a melhor cidade do Norte para se viver e trabalhar, passando à frente de Manaus que tem um capital muito maior que a capiral paraense. Porém, a revista esqueceu de dizer quem está assumindo os cargos dispostos no mercado de trabalho, na sua maioria públicos e militares. E já é de conhecimento de todos a exigência para se conseguir um emprego, quem mais precisa com certeza está fora.

O povo que é filho de uma longa história de sofrimento e luta, continua acreditando em dias melhores, vidas melhores; vivem do sonho e da esperança de que amanhã dias melhores virão.