Coaripolis

quarta-feira, março 29, 2006

Itacoatiara debate exploração do minério em audiência pública
Itacoatiara deve receber hoje do Instituto de Terras do Amazonas (Iteam) a confirmação de que a área próxima ao encontro do rio Madeira com o Amazonas realmente pertence ao município, pondo fim à disputa do território com Nova Olinda do Norte, por conta da de silvinita (minério de potássio) existentes no subsolo da região. A informação foi dada pelo vereador de Itacoatiara, Antônio Peixoto, durante a audiência pública realizada ontem na Câmara Municipal da cidade para discutir o assunto.
Agora o município está correndo atrás do tempo perdido para aproveitar dos futuros benefícios da exploração do minério na cidade. A Câmara Municipal de Itacoatiara convidou para a audiência representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral, Serviço Geológico do Brasil, Assembléia Legislativa do Estado (ALE), presidentes das comunidades ribeirinhas e outras entidades.
O superintendente da CPRM, Daniel Nava, explicou que Itacoatiara já está inserido no processo pois, além de Nova Olinda do Norte, a licitação engloba Itacoatiara, Autazes, Borba, Itapiranga, Silves e São Sebastião do Uatumã. Mas ressaltou que Itacoatiara precisa se mobilizar em torno do assunto como fez Nova Olinda. Segundo ele, o momento agora não é de discutir com quem ficam os royalties provenientes da exploração do minério, mas de lutar pela instalação de empresas de beneficiamento no Estado.
Cobrança
A Associação Comercial de Itacoatiara (ACI) cobrou iniciativa das autoridades do município e do Estado para atrair empresas de beneficiamento de minério de potássio. O presidente da associação, José Ivan Fernandes Rodrigues, que participou da audiência, disse que a Prefeitura do município tem de se apressar para atrair empresas de insumos agrícolas (fertilizantes) e farmacêuticas para Itacoatiara, antes que elas decidam se instalar em Nova Olinda.
Para José Ivan, Itacoatiara tem muitas chances de conseguir os investimentos em torno do minério. "Temos estradas, hotéis, aeroporto, hospital, duas universidades e o porto. Nosso rio (o Amazonas) tem calado (profundidade) durante todo o ano, o que possibilita a navegação de navios sem qualquer problema. Diferentemente do rio Madeira (que banha a concorrente Nova Olinda)", argumentou.