Coaripolis

domingo, maio 21, 2006

Ativistas do Greenpeace pretendem fazer manifestação hoje em Santarém
O navio Arctic Sunrise da organização não-governamental Greenpeace voltou ao porto graneleiro da Cargill, em Santarém, oeste paraense, na manhã deste sábado (20). Eles pretendem fazer uma nova manifestação hoje, 21.
Segundo a Polícia Federal, 17 pessoas foram detidas e seis responderam a um TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência) por resistência à saída do porto. Quatro delas foram feridas. Segundo a PF, foram liberadas na noite da sexta (19), por volta das 20h, depois de serem ouvidas pelos delegados de plantão. A Polícia Militar, que foi chamada no momento da ação, informou que nenhum sojeiro ou funcionário da Cargill foi preso.
O protesto do Greenpeace contra o desmatamento de áreas da floresta amazônica, usadas para o plantio de soja, começou por volta das 9h30 da manhã e bloqueou o porto por cerca de 3 horas e meia. Segundo o Greenpeace, cinco alpinistas subiram nas pontes do porto, onde ficaram até serem expulsos. Ainda de acordo com o Greenpeace, quatro ativistas foram agredidos por funcionários da multinacional. Um dos alpinistas caiu de uma das pontes do porto, mas passa bem.
A organização alega que a soja, exportada para a Europa como alimento animal, é cultivada em áreas desmatadas da floresta amazônica. Segundo o Greenpeace, a soja é uma das principais causas de desmatamento da Amazônia brasileira. Estima-se que já tenham sido desmatados mais de 1,2 milhão de hectares para o cultivo da soja.
Nas últimas semanas, a organização fez ações na Europa contra importadores que compram soja da Cargill na Amazônia. Eles também tentaram impedir que a soja amazônica fosse descarregada em Amsterdã.
Em nota, a Cargill afirmou que seus funcionários 'não causaram ferimentos aos manifestantes' e que a empresa 'não utilizou nenhuma embarcação para colidir com o navio do Greenpeace, ao contrário do que o Greenpeace alega'.