Coaripolis

sábado, outubro 14, 2006

Crianças... o outro lado, A Festa!
Hoje fui numa festa de aniversário de criança. Vi que as coisas por lá eram o oposto do que tenho escrito nesses últimos posts. Ambiente enfeitado, produzido com balões, enfeites de emborrachado tendo como temática palhaços, e lembraças para todas as crianças presente.
Na mesa um tipo de ornamento em forma de palhaço contendo salgados e doces. Refrigerantes e cerveja para todos.
A criançada na sua maioria corria pelo salão, fazendo aquela algazarra. Um grupo delas na frente da TV assistindo um DVD da rainha dos baixinhos. Os pais na mesa tomando cerveja e refrigerantes com salgadinhos. Nessas festas os baixinhos são os que comandam.
Era preciso ir numa dessas festinhas. Todos sábados, as vezes também na sexta, são várias espalhadas pela cidade. Quem nunca veio por aqui e anda lendo esse blog pode está dizendo, opa... não tem só pobre por aí. Negativo. Dinheiro aqui não é problema. Tem tanto dinheiro na terra do petróleo e do gás que malas contendo grandes quantias, ficam voando pelo céu dessa imensa Amazônia. Depois festa para nós, brasileiros, coarienses não é só uma questão de dinheiro, se temos é bom demais e dar para encrementar um pouquinho. Temos no sangue o genes da festa, na Província de Machiparo havia menas festas que na atual Coari. Pode crer!
Aparentemente a festa é uma perda de tempo, ela não produz nada, ao contrário só gastamos com festas. E para celebrar o primeiro ano de nascimento os pais fazem qualquer esforço, o importante é não deixar essa data passar em branco. Será lembrada para sempre... lembra do aniversário de um ano do nosso filho? As vezes o casal já está até separado, mas, unidos naquela lembrança que vai ficando pelo tempo.
Festa é alegria. Só quem é capaz de alegrar-se pode sentir dor por seu sofrimento e pelo dos outros. Só quem sabe rir, sabe de verdade chorar. Só quem tem esperança, está capacitado para carregar o fardo de um mundo a transformar. A perda da dimensão festiva é assim perda das raízes do ser humano no passado e da esperança de futuro, entorpecimento da sensibilidade. A festa verdadeira é subversiva.