Coaripolis

domingo, outubro 08, 2006

Orla coariense
No dia de São Francisco, dia de folga, feriado, fui curiosiar pela beira do lago, pela "praia", não sei se podemos chamar o que temos de praia. Infelizmente fiz o passeio de carro, outro dia farei esse mesmo percurso caminhando.
Descendo a praia fui de carro até o final, isto é, até onde se pode ir de veículo, o próximo percurso fiz caminhando, atravessei uma pequena ponte, feita de qualquer jeito, não é aquela ponte estampada nos ônibus, aquela é a do Pêra. Essa é mais parecida daquele quadro do Falcão: o balança mais não cai. Daí fui até onde estão os flutuantes. Retornando. Peguei o carrio fiz o percurso o mais próximo possível da água, passando por debaixo da ponte do "cais" e indo até quase atrás de feira.
Fiquei pensando com os meus botões, se São Francisco viesse aqui ele iria reclamar muito da cidade, principalmente dessa área, ela é mal cuidada, depredada, já não existe mais areia, daquela que um dia foi a praia. Sujeira pra todo lado.
No percurso que fiz caminhando, atravessando umas tábuas que chamamos de "ponte", encontrei um flutuante que funciona como criadouro de porcos. Pense o que isso significa, esterco jogado direto nas águas. O assoalho não é totalmente fora da água, ela fica passando por cima das tábuas ali colocadas desta meneira de propósito, assim, o assoalho sempre está limpo, lavado pelo próprio movimento das águas. É uma engenhoca bem pensada.
Acontece que esse criadouro de porcos que despeja seu esterco diretamente no rio, está situado praticamente no encontro das águas do lago com o solimões e mais para frente, talvez uns 250 metros está a bomba que bombeia água para abastecer a cidade, os lares coarienses. Sei que essa água antes de chegar até as casas passa por um "tratamento". Mais antes disso recolhe uma boa quantidade de merca despejada ali perto pelos porcos.
Com esse tipo de situação afrontando a saúde pública não adiante muita coisa fazer propaganda que temos um ótimo sistema de saúde. O resultado será uma enorme quantidade de doenças geradas por verminoses. Já não somos mais sensibilizados por crianças magrelas e lombriguentas que perambulam pelas ruas dos bairros pobres da nossa bela cidade. Infelizmente!