Caboclo da Amazônia está no limiar da subnutrição
O livro "Sociedades Caboclas Amazônicas, Modernidade e Invisibilidade", que será lançado hoje em São Paulo. É fruto de um estudo extensivo feito por Cristina Adams, Rui Murrieta e Walter Neves (eds.); publicado pela Editora Annablume Editora. São 364 páginas sobre o homem Amazônico.
"Sociedades Caboclas Amazônicas" - entre os 13 estudos que reúne-- traz novo apoio para a tese ecologicamente determinante ("determinista", diriam outros), só que com base noutro tipo de população: camponeses e ribeirinhos, descendentes de colonizadores europeus e de índios que se espalharam pela metade norte do Brasil, principalmente no último par de séculos. Pode ser considerado o primeiro esforço de síntese do conhecimento antropológico sobre o caboclo e seu território. Gente e lugares para os quais o resto do país virou as costas, em que predomina o hábito de se alimentar à base de peixe e de mandioca.
Apesar da mandioca e do pescado, o caboclo vive no limiar da subnutrição, revela o estudo, mas somente no que diz respeito a calorias (alimentos que fornecem energia para o organismo consumir, como açúcares e gordura). No quesito proteínas (nutrientes importantes para a estrutura do corpo), está bem servido com os peixes, que também fornecem caloria na forma de gordura. Leia mais.