Caravana da Esperança
No século XVI muitas caravanas partiam da Europa com diversos destinos no mundo. Todas tinham como objetivo: conquistar, educar, cristianizar e ajudar outros povos a serem civilizados. Na Amazônia, como em toda a América Latina, sofremos a força destruidora da cruz e da espada. As caravanas que partiram nunca perguntaram nada do modo de ser e de viver dos povos que encontravam, sempre eram considerados bárbaros, ignorantes, fedorentes e por isso deviam se render aos de fora, obedecer e sofrer preconceitos; nem ao menos perguntavam que tipo de ajuda queriam. Sempre levando coisas de fora para o novo mundo.
Desde o ano passado que uma grande caravana se acomoda no barco da Secretaria Regional de Desenvolvimento Sustentável e na comodidade dos ar-condicionados viajam com destino as comunidades ribeirinhas que serão atingidas pela passagem do gasoduto Coari-Manaus. Oferecendo mundos e fundos, sonhos e esperanças, tentando alcançar o objetivo de diminuir os impactos sociais e ambientais que a construção do gasoduto irá deixar. Sempre levando coisas de fora para as comunidades.
Ontem partiu do porto coariense a caravana da prefeitura rumo a zona rural coariense, equipada com o do bom e do melhor, com o objetivo de levar o que pensam ser coisas boas para o povo do interior. Parece que o passado vai se repetindo no presente, coisas que as pessoas da cidade pensam ser boas para eles, tem que ser boa para o povo do interior. O futuro vai dizer!