A seca dos rios
No começo do mês estivem em Codajás e Anori, a realidade da baixa dos rios era bem visível por lá, principalmente em Anori, já naqueles dias para viajar de barco até Manaus se fazia necessário sair do lago e pegar o "recreio" no Rio Solimões; ainda fiz esse percurso de barco pequeno, agora nem barco pequeno entra lá. Todo acesso ao município de Anori é de Barco. Ultimamente construiram uma estrada provisório da cidade até as margens do nosso grande rio.
A baixa dos rios este ano prejudicará muitos municípios no Estado do Amazonas, uma vez que quase todas as nossas "estradas são de águas"; poucas são as cidades que tem na estrada seu principal meio de transporte. Infelizmente algumas dessas cidades ficarão inacessíveis.
Entre domingo e ontem o Rio Negro desceu mais 12 centímetros em frente ao Porto de Manaus, atingindo a marca de 18,11 cm (referente ao nível do mar), conforme informações da empresa arrendatária do Porto de Manaus. Segundo o chefe do 1º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flávio Oliveira, a previsão é de que os rios só comecem a encher em novembro, porque as chuvas mais significativas devem começar em outubro.
Em Tefé (525 quilômetros a oeste), a seca dos rios da região provocou a queda de 60% na produção de farinha por falta de local para preparar a mandioca. As mercadorias levadas de Manaus chegam ao município em barcos pequenos, mas por enquanto não há escassez de alimentos, segundo informa o prefeito do município, Sedônio Trindade Gonçalves. Leia+