Documentário revela literatura de Hatoum
Aficionado por cinema e por literatura, o manauense Alexandre Serrão, de 32 anos, conseguiu a façanha de unir suas duas grandes paixões em uma única obra. Trata-se de "Nas trilhas de Milton Hatoum", documentário que analisa a obra ficcional do renomado autor amazonense de forma simples e acessível ao grande público.
Com 42 minutos, a produção traz entrevistas com o próprio Hatoum e comentários dos professores de Literatura Brasileira, Marcos Frederico Krüger e Maria Sebastiana Guedes. Há ainda leituras de trechos das obras feitas por Dori Carvalho e Simone Queiroz, e ilustrações de cenas dos livros, feitas pelo artista plástico Thyrso Muñoz para o documentário.
Percorrendo as sendas narrativas dos romances "Relato de um certo Oriente", "Dois irmãos" e "Cinzas do Norte", o documentário analisa as três obras do escritor sob os mais diversos aspectos: a emigração árabe, a literatura amazonense, as relações familiares, os conflitos sociais. Hatoum revela, por exemplo, que começou a escrever "Dois irmãos" em Manaus, após um "fracasso retumbante". "Passei dois anos escrevendo um romance que não publiquei".O processo de construção dos romances e as questões familiares também são discutidas no documentário, assim como uma questão curiosa, que intrigava Alexandre: por que os narradores são sempre "agregados"? Por que estão sempre fora das famílias cujas histórias eles narram? O próprio Hatoum responde: "Quis dar voz à pessoa que nunca teve voz na nossa História - não só do Amazonas, mas do País e da América".
"Nas trilhas de Milton Hatoum" foi realizado com recursos totais de R$ 6.265,35 - pouco para uma produção audiovisual e uma questão a ser observada nos futuros editais da Secretaria Municipal de Cultura, que financiou o projeto. Alexandre admite que o vídeo tem falhas técnicas - iluminação, som - que não atribui totalmente ao orçamento apertado, mas admite serem típicas de iniciante.
"Como obra inicial, a produção tem todos os defeitos que poderia ter", afirma o diretor, acrescentando porém que as falhas não invalidam a obra. "Em termos de conteúdo, fiquei satisfeito com o resultado", conclui.
Com 42 minutos, a produção traz entrevistas com o próprio Hatoum e comentários dos professores de Literatura Brasileira, Marcos Frederico Krüger e Maria Sebastiana Guedes. Há ainda leituras de trechos das obras feitas por Dori Carvalho e Simone Queiroz, e ilustrações de cenas dos livros, feitas pelo artista plástico Thyrso Muñoz para o documentário.
Percorrendo as sendas narrativas dos romances "Relato de um certo Oriente", "Dois irmãos" e "Cinzas do Norte", o documentário analisa as três obras do escritor sob os mais diversos aspectos: a emigração árabe, a literatura amazonense, as relações familiares, os conflitos sociais. Hatoum revela, por exemplo, que começou a escrever "Dois irmãos" em Manaus, após um "fracasso retumbante". "Passei dois anos escrevendo um romance que não publiquei".O processo de construção dos romances e as questões familiares também são discutidas no documentário, assim como uma questão curiosa, que intrigava Alexandre: por que os narradores são sempre "agregados"? Por que estão sempre fora das famílias cujas histórias eles narram? O próprio Hatoum responde: "Quis dar voz à pessoa que nunca teve voz na nossa História - não só do Amazonas, mas do País e da América".
"Nas trilhas de Milton Hatoum" foi realizado com recursos totais de R$ 6.265,35 - pouco para uma produção audiovisual e uma questão a ser observada nos futuros editais da Secretaria Municipal de Cultura, que financiou o projeto. Alexandre admite que o vídeo tem falhas técnicas - iluminação, som - que não atribui totalmente ao orçamento apertado, mas admite serem típicas de iniciante.
"Como obra inicial, a produção tem todos os defeitos que poderia ter", afirma o diretor, acrescentando porém que as falhas não invalidam a obra. "Em termos de conteúdo, fiquei satisfeito com o resultado", conclui.
posted by Francisco José Lima da Silva at
8:27 PM
