Coaripolis

terça-feira, abril 25, 2006

Ativista brasileiro recebe prêmio internacional por atuação no Pará
Tarcísio Feitosa da Silva, 35, membro da Comissão Pastoral da Terra em Altamira, é um dos ganhadores do Prêmio Goldman de Meio Ambiente de 2006. Ele receberá uma premiação de US$ 125.000 pela sua atuação em defesa dos direitos humanos, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável no Xingu e na Terra do Meio, no estado do Pará. A entidade na qual Tarcísio atua é vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e está presente em todo o território do país desenvolvendo atividades ligadas à defesa dos direitos dos trabalhadores da terra.
Além do brasileiro, foram premiados outros cinco ativistas, de diversos continentes, pelo seus históricos de luta. Segundo comunicado da organização do prêmio, Feitosa é a "pessoa por trás da criação do maior área protegida de florestas tropicais no mundo" - referência à formação do mosaico de unidades de conservação localizado no Pará e que compreende as Reserva Extrativistas Riozinho do Anfrísio e Verde para Sempre, o Parque Nacional da Serra do Pardo e a Estação Ecológica da Terra do Meio.
A atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi premiada em 1996, por sua atuação na implantação das reservas extrativistas no Acre. Em 1992, Beto Ricardo, ativista do Instituto Socioambiental, foi agraciado com o prêmio por sua luta pelos direitos dos povos indígenas.
O Goldman de Meio Ambiente é concedido anualmente a seis personalidades com destacada atuação e é a maior premiação em dinheiro do tipo. Os premiados são escolhidos por um júri internacional, que analisa as indicações realizadas por uma rede de entidades e ambientalistas. A cerimônia de premiação será realizada hoje na Ópera de São Francisco, nos Estados Unidos.