Coaripolis

quinta-feira, junho 08, 2006

Coari investigado pelo Ministério Público Federal
O Ministério Público Federal (MPF) abriu ontem procedimento administrativo de investigação para apurar quem são os responsáveis pelo batismo do aeroporto governador "Eduardo Braga" (atual chefe do executivo estadual), em Coari (AM). Duas leis federais e uma portaria do Departamento de Aviação Civil (DAC) proíbem que aeródromos públicos tenham nome de pessoas vivas.
Foi nesse aeroporto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pousou, na última quinta-feira e, mais tarde, discursou no Centro Cultural "Carlos Braga" (nome do pai do governador, que ainda vive). Lula esteve no município para fazer a solda inicial das obras de construção do gasoduto Urucu-Manaus.
Em entrevista à Radiobrás , o procurador chefe do Ministério Público Federal, Ageu Florêncio, disse que "o responsável pela denominação cometeu improbidade administrativa. Vamos agora requisitar mais dados para saber contra quem mover a ação (além do tipo de ação cabível)".
Um dos tipos de improbidade administrativa é o atentado aos princípios da administração pública - entre eles, a legalidade e a imparcialidade e a impessoalidade. Nestes casos, a pena prevista é de perda da função, além de suspensão dos direitos políticos durante três a cinco anos.
A Radiobrás solicitou ao secretário-adjunto de comunicação da Prefeitura de Coari, Valcione Tavares, e à procuradora geral do Município, Daniele Simões Barbosa, o número da lei municipal e a data da sua aprovação, mas ainda não teve resposta.
O secretário interino de Obras de Coari, Marcos Rolland Rebelo e Silva, informou que o aeroporto do município não é novo, mas passou por serviços de manutenção na parte hidráulica e de tintura.