O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem uma “visão colonial” sobre a região norte, na opinião do Amigos da Terra, grupo ambientalista. Para a entidade, os megaprojetos destinados à Amazônia visam apenas a exploração dos recursos naturais, deixando de lado a defesa ambiental e a geração de emprego e renda.
"O PAC é um exemplo de que o olhar sobre a Amazônia é ainda tipicamente colonial. Uma visão de exploração dos recursos, que é sempre renovada e reforçada. Continuam enxergando a Amazônia como solução para os problemas econômicos do país”, sublinha Smeraldi. Para ele, o programa não prioriza a defesa ambiental, paralelamente ao desenvolvimento e ao crescimento local, atendendo apenas os interesses das empreiteiras “que se beneficiaram com os megaprojetos”. Leia mais.
Juscelino Kubitschek com o pé sobre uma árvore na Amazônia. Eis a imagem que ponteia quando se espia o retrovisor da colonização recente na região que concentra a maior biodiversidade do planeta. Um vazio aos olhos dos burocratas e executivos de então foi o diagnóstico.
Grandes porções de terras foram submetidas ao capital privado, selando a associação com o estado. Na prova dos nove os "nativos" não passaram (passam) de meros detalhes ou entraves a serem sanados. Continua aqui.
O PAC foi apresentado como um programa totalmente costurado, com seu diagnóstico e seu cronograma físico-financeiro, embora o quadro de usos e fontes seja metafísico. Mas esse é um detalhe irrelevante: o que interessa é encher de palavras e números a forma de sempre desses projetos de impacto. Uma de suas grandes marcas é colocar no papel tudo que desejam aqueles que têm poder suficiente para transformar seus desejos em realidade. A inovação e a criatividade não foram chamadas ao convescote palaciano. Mais.