Coari para Todos
Em Coari nos dias 24, 25 e 26 de julho aconteceu o “Encontro dos Ribeirinh@s do Médio Solimões”, promovido pela CPT – Norte1, tendo como tema: ‘Meio Ambiente e Agricultura Rural e Sustentável’. Os participantes eram trabalhadores rurais, coordenadores e líderes das comunidades rurais, povos indígenas, agentes ambientais voluntários e órgãos do governo, de modo particular o IBAMA.
Muitos convidados, poucos participantes, porém o povo do interior estava bem representado, visto o tema, são os que mais precisam se organiza e correr atrás de situações que dizem respeito ao seu modo de viver ou melhor sua sobrevivência, no sentido literal do termo.
Participei da manhã do dia 24. O trabalho desta manhã, era em grupo, fazer uma avaliação da Preservação do Meio Ambiente e Agricultura Rural. Divididos os grupos, fiquei no grupo da Preservação do Meio Ambiente, que incluía lagos, igarapés e praias (quelônios). A maioria dos membros do meu grupo eram das comunidades que estão localizadas na ‘Costa do Jussara’, segundo eles, são ao todo 16 e sofrem de um problema comum, a ‘invasão de lagos’, feita por gente de Coari e Manaus, pescadores de toda espécie, da pesca esportiva até grandes barcos de empresas de pesca.
Como gente que está vivendo de fora de onde estão acontecendo os problemas tentei ouvir o que eles estão vivendo. Fazia tempo que não tinha uma aula de zona rural do nosso mundo amazônico.
Ouvi que nosso homem do interior, como sempre, está abandonado, por tudo e por todos, claro, lembrado em época de eleição, como é o caso desse ano. Estão desorganizados e sofrem por causa disso, em alguns casos de invasões de lagos, conta com o envolvimento dos próprios membros da comunidade, onde o lago está sendo invadido.
Aqui vai um levantamento da situação feita pelos ribeirinhos participantes do encontro:
* invasão de lagos por pescadores de todo tipo;
* falta de apoio dos órgãos competentes;
* falta de estrutura do IBAMA;
* falta de união entre os comunitários;
* isolamento do mundo de fora dos lugares onde eles estão
- não tem telefone
- não tem rádios;
* corrupção dos órgãos do governo;
* falta de formação e informação;
* comunidades ribeirinhas sem projetos.
De modo geral são essas as situações colocadas por eles, claro que ainda tem outras, porém já dar para ver que essa gente tem um longo caminho a percorrer em busca de ‘tempos melhores’.
Sem sombra de dúvidas que algumas coisas estão acontecendo, o encontro acontecido já é um exemplo disso, outra é que algumas pessoas de várias comunidades se organizam, tentando fazer guarda nas entradas dos lagos, vigiando durante 24 horas, às vezes são respeitadas, às vezes não, tem muito interesse de gente grande por trás de tudo isso. Assim mesmo estão levando adiante suas lutas; mas importante é saber, como nos diz o poeta Tiago de Melo, “apesar de ser escuro, amanhã haverá”.
Parabéns CPT-Norte1, parabéns coarienses que participaram deste encontro, pois estão construindo de fato, um Coari para todos.
Muitos convidados, poucos participantes, porém o povo do interior estava bem representado, visto o tema, são os que mais precisam se organiza e correr atrás de situações que dizem respeito ao seu modo de viver ou melhor sua sobrevivência, no sentido literal do termo.
Participei da manhã do dia 24. O trabalho desta manhã, era em grupo, fazer uma avaliação da Preservação do Meio Ambiente e Agricultura Rural. Divididos os grupos, fiquei no grupo da Preservação do Meio Ambiente, que incluía lagos, igarapés e praias (quelônios). A maioria dos membros do meu grupo eram das comunidades que estão localizadas na ‘Costa do Jussara’, segundo eles, são ao todo 16 e sofrem de um problema comum, a ‘invasão de lagos’, feita por gente de Coari e Manaus, pescadores de toda espécie, da pesca esportiva até grandes barcos de empresas de pesca.
Como gente que está vivendo de fora de onde estão acontecendo os problemas tentei ouvir o que eles estão vivendo. Fazia tempo que não tinha uma aula de zona rural do nosso mundo amazônico.
Ouvi que nosso homem do interior, como sempre, está abandonado, por tudo e por todos, claro, lembrado em época de eleição, como é o caso desse ano. Estão desorganizados e sofrem por causa disso, em alguns casos de invasões de lagos, conta com o envolvimento dos próprios membros da comunidade, onde o lago está sendo invadido.
Aqui vai um levantamento da situação feita pelos ribeirinhos participantes do encontro:
* invasão de lagos por pescadores de todo tipo;
* falta de apoio dos órgãos competentes;
* falta de estrutura do IBAMA;
* falta de união entre os comunitários;
* isolamento do mundo de fora dos lugares onde eles estão
- não tem telefone
- não tem rádios;
* corrupção dos órgãos do governo;
* falta de formação e informação;
* comunidades ribeirinhas sem projetos.
De modo geral são essas as situações colocadas por eles, claro que ainda tem outras, porém já dar para ver que essa gente tem um longo caminho a percorrer em busca de ‘tempos melhores’.
Sem sombra de dúvidas que algumas coisas estão acontecendo, o encontro acontecido já é um exemplo disso, outra é que algumas pessoas de várias comunidades se organizam, tentando fazer guarda nas entradas dos lagos, vigiando durante 24 horas, às vezes são respeitadas, às vezes não, tem muito interesse de gente grande por trás de tudo isso. Assim mesmo estão levando adiante suas lutas; mas importante é saber, como nos diz o poeta Tiago de Melo, “apesar de ser escuro, amanhã haverá”.
Parabéns CPT-Norte1, parabéns coarienses que participaram deste encontro, pois estão construindo de fato, um Coari para todos.