Papagaio
Ontem assisti Nerveland - Un sonho per la vita. A história do criador de Peter Pan. Foi um show de lembranças, mas, a mais significativa, foi a cena onde o ator principal e a família que o inspirou, mãe e quatro filhos, tentavam fazer subir uma pipa, nosso papagaio de papel. Essa brincadeira, foi a que mais me encantou e tomou conta do meu tempo na minha infância e adolescência. A praça do grupo Kennedy, onde hoje se encontra uma quadra, aos domingos era nossa arena. Coloríamos o céu. Já o "Arena", era um mestre em fazer os bichos voadores, conhecia como ninguém a medida das talas, suas posições, ajustando as pontas mais finas com as grossas para que não saisse penso. Combinava as cores dos papéis. Tinha de listras, de espinhos, de cruz, de quadros. Suas obras de arte, sim, eram obras de arte. Se tornou grife. Naquele mundo de papeis voadores, era chique dizer que o seu papagaio era do "Arena" . Também eu me arrisquei nessa arte, tentando faturar uns trocados. Foi um desastre...