Coaripolis

domingo, junho 05, 2005

A Espada e a Cruz

A temperatura tem oscilado na pequena e bela Fátima. Uma variação entre 16 e 22 graus, mas o que a faz mais fria é o vento forte; minha garganta quase não suporta nem vento de sopro, quanto mais vento frio. A cidade totalmente ajardinada está ornamentada de diversas flores, cores e cheiros se misturam por suas pequenas ruas.
Hoje domingo ensolarado de primavera caiu uma multidão que aqui veio celebrar a festa do Sagrado Coração. Pessoas de diversos países, assim como as cores das flores eram também as das pessoas. Andar pela rua era se transportar para o tempo e o local da construção da torre de Babel, tão grande a diversidade de línguas (português, espanhol, italiano, polaco, úngaro, inglês, francês entre outras).
Aproveitei minha uma hora e meia de folga pela manhã para girar pela cidade, se misturar e se perder no meio dessa multidão, sentir o cheiro desse mundo tão diverso do pitiú do jaraqui. Lá pelas tantas em uma de suas ruas, surgiu uma fanfarra. Na frente vinha dois belos estandartes. Um com uma pintura dos símbolos de Portugal: a cruz de malta, um escudo e uma espada. O outro estandarte tinha uma pintura de São Sebastião flechado. Logo em seguida vinha os componentes da banda. Eu atoa na vida, fiquei olhando a banda passar.
Tudo muito parecida com uma pintura medieval. Veio a recordação do filme “1942: a conquista”, quando a primeira caravela chegou na América Latina. Os símbolos eram típicos dos navegadores, exploradores do século XVI que iam a busca de conquistar novos povos, novas terras e tinham como ferramentas de conquista: a Espada e a Cruz.