Coaripolis

quarta-feira, setembro 07, 2005

Qual é o seu grito?
Basta de corrupção, violência e desemprego. É preciso paz no Brasil! Esta é a síntese da oração dos brasileiros, feita em vários ritmos, com alguma fé e certa dose de determinação. São cidadãs e cidadãos que, diariamente, se misturam nas ruas, de Manaus ou de outro pedaço do Brasil, correm, apressados, para dar conta das tarefas e, olham, com tristeza, o País sufocado por uma gigantesca rede de corrupção.
São ítimas da violência urbana e rural, numa agonia traduzida nas grades tecidas para proteger suas casas, sem sucesso, porque a violência já é parte da convivência. São parte da romaria em busca de um lugar no mercado de trabalho e, na fila, constatam não ter qualificação para as vagas abertas. Na oração da liberdade, os brasileiros gritam pela paz diante da guerra banalizada e das tragédias transformadas em motivo de novas disputas políticas.
O Brasil independente está distante. Na sua recente história de democracia descobriu as teias que amarram o País a uma tradição mais antiga e insiste marcá-lo como se não houvesse saída. O grito popular, não combinado, tem uma espetacular vontade de denunciar o que faz mal e construir uma outra nação. Mostra que a independência reivindica superar a cultura do jeitinho, da apropriação do público para fins privados; reivindica fazer valer as instituições, a pluralidade étnica e o respeito às diferenças. Eis o grito em Manaus, através
O grito de Francisco da Silva de Souza, 27, ambulante, é contra os políticos. "Por causa desses roubos que nós temos visto que eles fazem em todo o País. Eles ficam roubando a gente toda hora. É contra a corrupção dos políticos que gritaria." - diz ele.