Coaripolis

domingo, outubro 02, 2005

Um estudo do Escritório de Meteorologia da Inglaterra aponta o fim da floresta até 2080
O homem violenta o meio ambiente e a natureza mostra que pode fazer justiça com as próprias leis. O ar poluído que torna a respiração difícil, as extensas nuvens de fumaça que fecham aeroportos, a derrubada de árvores que propicia a proliferação de doenças como a malária e transforma a Terra em um forno cada vez mais quente são algumas das provas que o planeta vem dando de que, quanto maior a agressão, mais cruel é o castigo.
Na Amazônia, os índices elevados de desmatamento, numerosos focos de queimadas, garimpos ilegais e emissão de gases poluentes fazem da maior floresta tropical do mundo o ponto zero de uma catástrofe há tempos anunciada pelos cientistas.
"Nós, na Amazônia, estamos no ponto zero da catástrofe. É o local onde mais se sofre as conseqüências. Um estudo do Escritório de Meteorologia da Inglaterra aponta o fim da floresta até 2080. Isso só considerando o efeito estufa. Se levarmos em conta outros fatores podemos chegar à conclusão de que o quadro é ainda pior", alerta o pesquisador da coordenação de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside.
De acordo com um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP), a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado 0,4% a cada ano. O aumento se deve, em grande parte, ao uso de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais.
A concentração de metano e dos clorofluorcarbonetos também tem aumentado e a associação de todas estas substâncias poderá causar, no futuro, o aumento da temperatura global estimado em até 6º centígrados nos próximos cem anos. O aquecimento desta ordem alteraria os climas em nível mundial e aumentaria nível da água do mar em, no mínimo, 30 centímetros.