Coaripolis

domingo, março 26, 2006

Gasoduto deve atrasar mais seis meses
Depois de vencer barreiras ambientais e interesses políticos, o projeto do gasoduto Coari-Manaus esbarra agora no apetite dos empreiteiros que concorrem pelo contrato de construção do empreendimento. Segundo a Petrobras, os altos preços pedidos pela obra forçaram a abertura de uma nova rodada de negociações, que devem atrasar as obras em mais seis meses.
A previsão inicial era de que o gasoduto pudesse ser inaugurado ainda em 2006. Com as indefinições quanto às empresas construtoras, o prazo ficou para o primeiro semestre de 2007. Se as negociações causarem um atraso de mais seis meses, a inauguração deve ficar para o final do próximo ano.
Enquanto o gás não chega a Manaus, o consumidor brasileiro de energia continua subsidiando a compra de diesel e óleo combustível que alimentam as usinas térmicas da região amazônica.
De acordo com o diretor-administrativo da Cigás, distribuidora de gás natural da região de Manaus, Hermano Mattos, os gastos com subsídio ao funcionamento das térmicas cairiam drasticamente caso o gasoduto já estivesse em operação.
"O gás tem um custo infinitamente menor do que o diesel", afirma. Ou seja, cada mês de atraso nas obras representa perdas de até 165 milhões com os subsídios. O gasoduto vai garantir o abastecimento energético de oito municípios:Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba, além de Manaus.