Coaripolis

sexta-feira, abril 07, 2006

ONG denuncia a Cargill por devastar a Amazônia
A organização ecológica Greenpeace acusou ontem as redes McDonald's e Cargill, entre outras, de saquear a floresta amazônica ao cultivar a soja necessária para alimentar os frangos que se convertem em seus famosos "nuggets". No informe "Eating up the Amazon" (Consumindo o Amazonas), publicado em Londres, o Greenpeace denuncia que a Cargill "mantém acordos com granjas para explorar ilegalmente os territórios da Floresta Amazônica que pertencem ao domínio público ou às populações indígenas".
"Toda vez que você come um McNugget, você come um pedaço da Amazônia", adverte Gavin Edwards, coordenador da campanha. A organização assegura que suas conclusões se baseiam em "semanas de investigação, utilização de imagens por satélite, vigilância aérea e análise de documentos governamentais". Segundo o informe, as três grandes cadeias de alimentação americana - Cargill, Archer Daniels Midland e Bunge - controlam 60% da produção de soja no Brasil.
O Greenpeace denunciou que a Cargill construiu ilegalmente seu próprio porto no coração do Amazonas para enviar diretamente a soja para sua sede em Liverpool, Inglaterra. "Dali, a soja é transportada para o criadouro industrial de Sun Valley, propriedade da Cargill, que se encarrega de transformar os frangos em McNuggets" para a maior cadeia mundial de comida rápida, McDonald's. Baseados no estudo de um informe publicado na revista científica "Nature", segundo o qual 40% do Amazonas será destruído ate 2050.
O jornal britânico "The Guardian" publicou reportagem em que traça a relação entre o desmatamento da Amazônia e o abastecimento de redes de fast food. Segundo pesquisa, produzida por cientistas associados à organização ambientalista Greenpeace ao longo de seis anos, "um punhado das maiores empresas de alimentação e comerciantes de alimentos, estão conduzindo a destruição rápida e ilegal da amazônica". O principal acusado na reportagem do Guardian é a Cargill, com um faturamento anual de US$ 700 bilhões.
Fonte: Acritica