Coaripolis

terça-feira, março 06, 2007

Internacionalizarão ou não a Amazônia?
A Assembléia Legislativa do Estado (ALE) foi cenário, ontem, de discussão sobre o processo de internacionalização da Amazônia. O debate foi realizado em audiência pública, convocada em sessão extraordinária pelo deputado Wallace Souza (PP). De acordo com ele, o resultado desse encontro resultará na "Carta da Amazônia", que será enviada a entidades interessadas e ao Congresso Nacional.
Wallace disse que as evidências da perda da soberania brasileira sobre a região Amazônica são claras. Citou como exemplo, a presença de Organizações Não Governamentais (ONGs) indigenistas, a possível autonomia dos povos indígenas sobre territórios de fronteiras e a crescente presença de militares americanos na Amazônia, com o pretexto de combater às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) e o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Luis Val, a internacionalização da Amazônia acontece sobre as coisas que "não conhecemos". De acordo com ele, 70% da produção científica é internacional. Dos 30% restantes, 22% são produzidos fora da Amazônia. "A falta de doutores na região impede o processo de domínio sobre os conhecimentos", disse. Adalberto afirmou ainda que o orçamento do Inpa somado ao de outras organizações de estudo da Amazônia não são suficientes para a região.

De acordo com o gerente do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Bruno Monteiro, a internacionalização é resultado de declarações de líderes mundiais que a região deveria ser internacionalizada. E o Sipam nasceu com o objetivo de proteger. "Não só vigiar, mas também dar uma proteção ajudando a instituições a preservar a região", disse Monteiro.


O deputado Luiz Castro (PPS) disse que a omissão dos governos Federal e estaduais (da região) contribuem para o processo de internacionalização.

Fonte: Jornal A Crítica.