O Jornal A Crítica de hoje traz uma matéria sobre saúde, mortalidade e pobreza na Amazônia. Os dados do Jornal expõe um estudo feito pelo Imazon.
Apesar de toda nossa riqueza, sendo o Estado mais rico da Amazônia nossos índices de desenvolvimento humano, destacando a mortalidade, a saúde e a pobreza só nos comparamos ao Maranhão, estado mais pobre da Amazônia e do Brasil.
E a inquietação está justamente aqui: Se somos o Estado mais rico da Amazônia porque que estamos no mesmo nível de qualidade de vida do mais pobre?
Com o título A Amazônia e os Objetivos do Milênio, o estudo diz: "A situação da região é crítica no caso da pobreza, da incidência de malária, da mortalidade materna e do acesso da população à água e esgoto. Além disso, dois indicadores pioraram entre 1990 e 2005: área desmatada e casos de Aids". E define a pobreza como raiz geradora desse fraco desenvolvimento do Estado diz o Jornal.
Se somos o Estado mais rico da região, tendo Manaus como a quarta cidade mais rica do país, como pode a pobreza ser a causadora de tudo isso. O problema está na distribuição de riquezas. Se por um lado a cidade de Manaus é a quarta mais rica, por outro lado é uma das cidades brasileiras onde tem uma das maiores concentrações da riqueza. Quase todo o dinheiro está concentrado nas mãos de poucas pessoas.
E Coari não está fora dos índices medidos pelo Imazon, mesmo que a cidade não apareça ali, de modo explícito. Os índices falam por si. Como é que pode uma cidade que é a segunda mais rica do estado, que tem um orçamento multi-milionário de 168 milhões ter tanta pobreza?
Roubo, corrupção e impunidade vão comer quase todo esse dinheiro. Falta de visão administrativa. Falta de investimento sério na educação e em projetos geradores de renda.
Enquanto a distribuição de cem reais para famílias carentes, a executação de projetos federais que só daõ e dão, continuarem, teremos um município de pedintes, de mendigos.
Claro que esses projetos dão votos. São projetos eleitoreiros. E quem não tem dinheiro público para dar, não é um bom politiqueiro. O círculo vicíoso da compra e venda de votos está criado.
Todos os índices de desenvolvimento humano de Coari são equiparados aos municípios mais pobres do Estado do Amazonas. Uma vergonha!