Coaripolis

sexta-feira, dezembro 17, 2004

E quem paga a conta?

Acidente derrama 3 mil litros de óleo no Amazonas
O maior acidente ambiental do ano aconteceu anteontem, na manhã de quarta-feira, em Itacoatiara. O rompimento de um mangote utilizado no transbordo de 608 mil litros de óleo diesel da balsa Joana Verçosa à termoelétrica BK, usina fornecedora de energia à cidade, provocou o derramamento de 3 mil litros do derivado de petróleo no rio Amazonas.
O acidente foi provocado pelo uso inadequado de material para transbordo no momento em que o combustível estava sendo bombeado para a termoelétrica. Ao invés de um mangote próprio para a operação, estava sendo usado uma tubulação de PVC.
E quem paga a conta? ... A natureza, pois, será a única prejudicada... as pessoas é claro... Vivemos da natureza.

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Boca no trombone


Agência de Florestas reúne especialistas para discutir Arranjos Agroflorestais para o Amazonas
AMAZONAS- Especialistas de instituições governamentais e não-governamentais realizam até amanhã, 16/12, no município de Manacapuru, a I Oficina de Desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais para a região do Gasoduto Coari-Manaus.
O objetivo da oficina é discutir as novas políticas para a disseminação de arranjos florestais e práticas de manejo para as comunidades da área de influência do gasoduto Coari-Manaus.
Aliar a estrutura social de cada comunidade com mecanismos produtivos de dimensão ecológica e economicamente viáveis é o principal desafio do desenvolvimento sustentável, eixo central do programa Zona Franca Verde, idealizado pelo Governo Eduardo Braga.
A área de influência do Gasoduto Coari-Manaus abrange 7 municípios (Coari, Caapiranga, Anori, Codajás, Anamã, Manacapuru e Iranduba) e envolve 122 comunidades dentro deste raio (que mede 5 quilômetros de um lado e outro do duto).
É preciso que esse assunto seja muito discurtido. Em toda parte e por todo mundo, visto que, vai mexer com a vida e muita gente. Seja discurtido nos botecos, nas praças, nas Igrejas, nas alcovas, nas escolas, nas filas, nos prostíbulos, na roça, na casa se farinha, nas reuniões, em assembléias, nos barcos, nas rádios, nas TVs e se preciso for no céu ou no inferno!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Os donos do dinheiro

"Amazônia: Um Desafio Científico e Tecnológico"
O encontro, que começou ontem (13), reúne cientistas, pesquisadores de várias áreas e representantes governamentais e empresariais. Em debate, as possibilidades de expansão de conhecimentos científicos que busquem o aproveitamento dos recursos naturais da Amazônia de forma sustentável.

Quando palavras não bastam


Índios do Amazonas ocupam sede da Funasa
Um grupo de 80 lideranças e representantes indígenas ocupou ontem a sede da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), no bairro Glória, zona Oeste de Manaus.
Leia mais...

O caminho é por aí

Só temos um caminho para cuidar da nossa Amazônia que é a de uma educação para opções de vida que leve a pessoa optar pela sobriedade e não entrar num mundo de consumo sem freio.
E essa educação, é uma educação diferenciada. As oportunidades para ela vão aparecendo, é preciso olhar onde não ser ver... Eis uma destas oportunidades:
O Projeto de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (PDBFF/Inpa) está com as inscrições abertas para o Programa de Estágio de 2005.
As vagas são destinadas a estudantes de graduação ou recém graduados nas áreas ligadas às ciências da natureza, que vão realizar pesquisas em algumas linhas de atuação.
O estágio será de seis meses com duração de 40 horas semanais. O aluno receberá uma bolsa de R$ 500.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Gás do Urucu - energia para quem?

Um dos grandes problemas do mundo é a energia. Dentro dessa preocupação entra o projeto da construção do gasoduto Coari-Manaus.
Será que o gasoduto representa uma fartura energética? Se não representa, hoje é visto como uma fonte alternativa de energia. Mas, na verdade quem usará essa energia que é o gás? O município de Coari? Já se provou que não. Os municípios e comunidades por onde o novo gasoduto vai passar?
Claro que será a cidade de Manaus. Não tenhamos ilusões.

Tendão de Aquiles

Pode não passar de um gesto diplomático, mas a Petrobras está dando sinais de que pretende ao menos colocar em discussão um calcanhar-de-aquiles de sua política ambiental: o caso do Parque Nacional de Yasuni, no Equador. A grita em defesa do Parque Nacional Yasuni - a maior área protegida do Equador, com 982 mil hectares - vem crescendo nos dois países. E a Petrobras começa a vir a público responder às críticas.
Enquanto no Brasil a empresa se esforça para respeitar a legislação e compensar os danos que volta e meia suas operações causam ao meio ambiente, do outro lado da fronteira, na Amazônia equatoriana, está prestes a iniciar a extração de petróleo no coração de uma área protegida, coisa que ela estaria impedida por lei de fazer aqui. É evidente, neste caso, que a Petrobras adotou padrão duplo de comportamento.
O mais interessante em tudo isso é que a Petrobras, se defendendo, indo para o ataque, cita o gasoduto-poliduto construído da Reserva do Arara até Coari, como "Modelo" para outras construções do mesmo porte. Claro que o pessoas do Equador não conhecem os danos que esta construção deixou.
Assim se saiu: "Ostentando variadas certificações internacionais de gestão ambiental e trabalhista, Urucu é apresentada, pela Petrobras, como a prova de que é possível produzir na floresta sem prejuízo aos recursos naturais". leia mais...
Fonte: O Eco

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Mapa do traçado do Gasoduto Coari-Manaus

Flor no Jardim da Minha Mãe - Coari

domingo, dezembro 12, 2004

Água e Petróleo

Agência Nacional de Água realizou hoje Workshop Internacional "Água e Petróleo" em Manaus.
A Agência Nacional de Água (ANA) realizou hoje, a partir das 9 horas, no Hotel Tropical Bussiness, em parceria com o Governo do Estado, o Workshop Internacional “Água e petróleo, integração e sustentabilidade na bacia Amazônica”.
Água e Petróleo são dois elementos que estão intimamente ligados, até porque são líquidos. A construção do Gasoduto Coari-Manaus destruirá uma infinidade de pequenas fontes que no futuro irão fazer falta. Essas pequenas fontes são em parte uma das veias alimentadoras do grande rio, visto que elas alimentam lagos, rios, igarapés que desaguam no Solimões. O futuro terá muitas coisas para dizer!

O lucro responsável do banqueiro verde

Presidente do ABN prova que ecologia e ação social são bons para os negócios.

Mormaço na floresta

"Sucede que a floresta não pode dizer.
A floresta não anda.
A selva fica onde está.
Fica à mercê do homem.
Por isso é que há quatro séculos o homem vem fazendo da floresta o que bem quer, sempre que pode.
com ela e com tudo o que vive nela, dentro dela.
A floresta entrega o que tem.
São séculos de doação do que a floresta amazônica tem de bom para a vida do homem da região e das mais afastadas partes da terra." (Tiago de Mello)

sábado, dezembro 11, 2004

Pergunta que não quer calar

Porque tantos estrangeiros estão querendo investir na Amazônia?
Canadá tem interesse em investir no Amazonas
Há uma corrida nacional e internacional em busca das riquezas amazônicas...

Perereca de Vidro da Cachoeira da Onça

Os anfíbios da Amazônia ainda são pouco conhecidos quanto à sua distribuição, abundância e diversidade. A maioria das informações disponíveis são sobre a composição das comunidades de anfíbios na região de Manaus, fundamentais para a determinação de locais para preservação, evitando assim, que ocorra a destruição dos habitats naturais das espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, ou de fauna desconhecida.
Essa espécie de perereca é muito sensível às modificações ambientais. Qualquer alteração em seu habitat pode comprometer a sobrevivência dessa espécie pouco conhecida pela ciência. leia mais... Portal Amazônia
Podemos pensar quantos animais desse tipo serão mortos na construção do gasoduto Coari-Manaus; visto que, a derrubada da mata será feita por piões e máquinas que não estão nem aí para preservação de pequenos animais (muitos invisíveis a olho nu). Muitos ou a maioria dessas preciosidades ainda não tiveram e não terão contato com a comunidade científica. Estamos perdendo assim um patrimônio bem maior que o gás... quantas espécies que desaparecerão não seriam soluções para curar determinadas doenças (cançer, aids...) ... o tempo vai dizer!

Quem Ama, conhece!



Para Saber mais sobre a Amazônia... Click

sexta-feira, dezembro 10, 2004

O tempo dirá!

Há muitos interesses que esse gasoduto saia do papel e comece de verdade a funcionar. Foram meses de pelenga até se chegar ao momento que estamos vivendo, isto é, às vésperas da construção.
São muitas as promessas que estão sendo feitas de que os erros cometidos na construção do gasoduto que liga a reserva do Arara a Coari, não serão repetidos... é ver para crer.
A título de compreensão e de maior entrosamento do tema. A secreataria de desenvolvimento sustentável, na pessoa do seu secretário, recebeu 42 milhões para desenvolver projetos que diminuissem os impactos sociais e ambientais... o que essa secretaria fez nas comunidades?
Ficou tirando carteira de identidade, registros, arrancando dentes, regularizando uniões civis e coisas do gênero.
Gostaria de saber dos projetos... ou tirar documentos e fazer atendimentos médicos vão diminuir esses impactos? (sociais e ambientais) ... vamos deixar o tempo dizer!

Gás chega a Manaus em 2006

As obras de construção do gasoduto Coari-Manaus começam em janeiro de 2005 com a abertura das clareiras pelo Exército. A previsão é de que o gás chegue à capital no final de 2006.
O governador assegurou que a mão-de-obra necessária será contratada no Estado. "Um dos erros do poliduto Urucu-Coari foi não ter trabalhado com a população local, ter trazido gente de fora. Isso resultou em impacto social danoso à comunidade local, desde a prostituição ao tráfico de drogas", enfatizou, completando que a experiência ensinou que o Estado não precisa importar mão-de-obra.
PREPARE-SE!

Ulisses II

Dias atrás o Sr. Serafim Correa foi visitar a reserva do Arara no município de Coari. O que será que foi fazer lá?
Pelo que se sabe ele é o prefeito eleito de Manaus e não governador do Estado. Não existe outra esposta, e está claro, quem mais se beneficiará com a construção do gasoduto Coari-Manaus, será Manaus, onde ele assumirá como prefeito daqui a pouco!

terça-feira, dezembro 07, 2004

Operação Cavalo de Tróia II

Desde os anos sessenta foram realizados na Amazônia grandes projetos de mineração, de energia e de industrialização. Isso foi complementado com a construção das rodovias transamazônica,com as quais também foram iniciados grandes projetos de colonização. Nas últimas décadas, estes projetos foram apoiados através de generosos créditos de instituições financeiros internacionais.
Nenhum destes projetos faraônicos contribuiu para a solução de problemas sociais, mas eles foram, ao contrário, a causa de novas constelações de conflitos e problemas agudos. Geralmente os grupos populacionais tradicionais amazônicos tiveram que suportar os custos destes grandes projetos.
Além disto, estes grandes projetos causaram, diretamente ou como efeitos posteriores, a degradação do ecossistema da floresta tropical. Os grandes projetos podem ser descritos, por isto, tanto do ponto de vista social como do ecológico, como projetos econômicos insustentáveis.
Os grandes projetos são uma expressão concreta das teorias desenvolvimentistas e, em medidas crescentes, das teorias econômicas do neoliberalismo, as quais se orientam no modelo ocidental de produção e consumo. O neoliberalismo dominante exige uma ampla liberalização do mercado mundial. Traduzido para a política econômica real e para projetos concretos, isto significa que a Amazônia foi degradada a ser fornecedora da matéria prima e, pela instalação de indústria de consumo intensivo de energia, a ser fornecedora de energia barata.
As decisões pelos grandes projetos energéticos são as decisões com significado estratégico na Amazônia. O projeto do gás natural do Urucu fortalecerá os centros de Manaus e de Porto Velho e as indústrias voltadas para a exportação. Em contrapartida, as pequenas cidades e a economia sustentável dos ribeirinhos serão simultaneamente enfraquecidos.
O projeto de petróleo e de gás natural do Urucu apresenta especificidades regionais, mas não se diferencia fundamentalmente de outros grandes projetos na Amazônia. O grande projeto do Urucu também não solucionou nenhum problema social e econômico da região atingida, mas sim foi a causa de novos campos problemáticos sociais em massa, da desestabilização de economias sustentáveis e da degradação de longo prazo do ecossistema tropical.
Coari confrontou-se sem preparo algum com o grande projeto Urucu. A cidade cresceu incontrolavelmente. A estrutura populacional alterou-se em curtíssimo tempo. A cidade vivenciou o aumento da criminalidade e do tráfico de drogas. Ao invés do número de desempregados diminuir, pelo menos durante o período de obras, ele cresceu devido à migração incontrolada. A prostituição e a prostituição infantil cresceram claramente, e com elas alastraram-se as doenças sexualmente transmissíveis.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Ulisses


Serafim Corrêa visita gasoduto Coari-Manaus
O prefeito eleito de Manaus, Serafim Côrrea, e seu vice, Mário Frota, visitaram ontem, 3/11, a Unidade de Exploração e Produção da Petrobras no Amazonas (UN-BSol), para uma apresentação sobre projeto do gasoduto Coari-Manaus.
No evento, realizado especialmente para o prefeito, os coordenadores do gasoduto, Ronaldo Mannarino e Antônio Carlos Rangel, explicaram que a obra do gasoduto é um empreendimento prioritário da Petrobras. A obra vai custar cerca de US$ 525 milhões e gerar cerca de 3 mil empregos.
Segundo os coordenadores, o gasoduto representa um dos principais caminhos para o desenvolvimento sustentável do Amazonas, pois transportará o gás natural produzido na Base de Operações Geólogo Pedro de Moura, em Urucu, a partir do Terminal Solimões, em Coari, até a Refinaria Isaac Sabbá (Reman).
Com aproximadamente 400 km de extensão, o gasoduto vai atravessar os municípios de Coari, Codajás, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba e Manaus. A escolha do traçado foi feita com base no estudo prévio de impacto ambiental elaborado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), visando especialmente a preservação do meio ambiente.
Os benefícios do gasoduto serão realidade a partir de outubro de 2006, com a redução de custos no mercado industrial, residencial, comercial, de serviços e de transportes.
Fonte: Portal Amazônia

Deus agradece!

Moradores evitam derrubada de buritizal
A mobilização de um grupo de moradores dos conjuntos Petro e Tiradentes, na Zona Leste, salvou, ontem, parte de um buritizal existente em uma área onde a empresa Base Participações planeja construir um condomínio de casas.
O proprietário do terreno, Aureomar Lima Jr., concordou em suspender a derrubada até se reunir com uma comissão de moradores e técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedema), o que poderá ser feito hoje.
Apesar do proprietário apresentar a Licença Municipal de Operação n.º 050/04, emitida pela secretaria, os moradores dizem que não estaria sendo preservada a faixa de 30 metros de cada margem do igarapé, conforme determina o Código Florestal.
A comunidade também ficou apreensiva pelo fato de as obras terem iniciado em pleno fim de semana. Para barrar a circulação de caçambas e caminhões transportando os restos das palmeiras, os moradores estacionaram seus veículos fechando a rua de acesso até a chegada do engenheiro responsável pela obra, Ricardo Anselmo dos Santos, e do proprietário do terreno. A esperança dos moradores é salvar uma parte da mata.
Fonte: ACRITICA

domingo, dezembro 05, 2004

Nosso Cais

Sonhos

Fome mata 25 mil pessoas por dia no mundo
Em 2000, os chefes de Estado do mundo prometeram na Cúpula do Milênio promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), feita em Nova York , cumprir antes de 2015 as oito metas sociais e econômicas, batizadas como os ‘Objetivos do Desenvolvimento do Milênio'.
As oito metas são: erradicar a pobreza e a fome (até 2015 se pretende reduzir pela metade o número de pessoas que vivem em extrema pobreza, com menos de um dólar por dia), universalizar a educação primária, promover a igualdade entre os sexos, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater as doenças freqüentes, garantir a preservação do meio ambiente e estabelecer um compromisso mundial com o desenvolvimento.
Quatro anos depois, estes objetivos planejados pela ONU foram avaliados por mais de 50 mil pessoas de 60 países do mundo por meio de uma pesquisa feita pela empresa Gallup Internacional-Sigma Dois que revela que quatro de cada dez cidadãos do mundo estão de acordo em manter a erradicação da pobreza e da fome como a principal prioridade entre essas oito metas.

sábado, dezembro 04, 2004

Operação Cavalo de Tróia I

O advento da rodovia Belém-Brasília tirou a Amazônia do isolamento terrestre. E por ela entraram os conceitos de modernização para desenvolver a região nos anos 60, hoje claramente avaliados como equivocados. Interessante notar, entretanto, que a busca para um melhor destino para a Amazônia ainda parece distante. Os dados sobre a região estão na mesa, mas são analisados sob uma ótica individual. A floresta, as comunidades indígenas, os animais, os rios e o homem dos povoados, parecem os fragmentos de um quebra-cabeça sobre um tabuleiro, aguardando um encaixe ideal, ainda não encontrado.
As mudanças que pretendiam a modernização foram sendo implantadas sem que a sociedade, a princípio, se apercebesse disso. Primeiro, veio a operação desmonte, como demolição de estradas de ferro, a construção da Transamazônica e o avanço do desmatamento. Florestas densas, com plantas e animais que ainda não haviam sido sequer inventariado, foram substituídas por pastagem sem futuro. Depois, chegaram os megaprojetos de colonização. Como a redenção poderia vir sob forma industrializada, surgiram a Zona Franca de Manaus e alguns pólos metalúrgicos, como os de Carajás e de Barcarena. A exploração madeireira foi incentivada e expandida.
Todos os setores da sociedade, hoje, apontam para uma resposta de consenso. A origem exógena deste modelo de desenvolvimento autoritário, que ainda persiste, ignorando a sociedade local e esquecendo que o desenvolvimento deve vislumbrar a melhora da qualidade de vida do homem e do ambiente em que este vive, foi a responsável pelo fracasso.

Desmatamento

Os números do desmatamento da Amazônia no período agosto 2003-agosto 2004 divulgados pelo governo federal - entre 23.100 e 24.400 km2 - confirmam que é urgente que Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento (1) entre em operação imediatamente, o que lamentavelmente ainda não ocorreu. (leia mais...)
A exploração da Amazônia foi massivamente impulsionada desde 1964 pela ditadura militar brasileira. Após a abertura política do país e a reinstauração da democracia, a política de desenvolvimento em relação à Amazônia não sofreu, entretanto, nenhuma mudança fundamental.
O desmatamento das florestas tropicais é considerado mundialmente hoje em cia como catástrofe ambiental, devido à aniquilação da biodiversidade e sua contribuição para o efeito estufa.
Toda essa fome já consumiu 16,3% da Amazônia, área equivalente aos territórios da França e de Portugal. Quem vai a Coari pode constatar esse desmatamento num crescimento sem nenhum planejamento ecológico, veja o Bairro do Pêra e os arredores por trás do aeroporto...
“É engraçado. Quem rouba um pãozinho na padaria vai preso. Nada acontece a quem destrói milhares de hectare de solo. O solo é a maior riqueza de um país”. (Carlos Miller)

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Começaram a olhar para nós

Secretários conhecem realidade do AM
A 7º reunião anual da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) começou ontem em pleno rio Solimões, no Município de Coari, destacando a importância da criação de parques ambientais, ecológicos e de conservação, unidades responsáveis pela melhoria da qualidade de vida em áreas urbanas.
Leia mais... ACRITICA

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Para quem gosta do BBB

O assunto é tratado durante todo o período em que o BBB está no ar, estendendo-se durante o restante do ano, promovendo discussões sobre os mais diversos aspectos do programa, entrevistando ex-participantes, sem que tenham qualquer ligação com a emissora que veicula a atração.
Link do BBB

Colonização

No dia 14 desse mês o jornal “Estado de São Paulo”, publicou três artigos sobre o gasoduto Coari-Manaus, mostrando claramente que ainda não passamos da colonização, o interior é colônia da Capital do Estado e do Capital Internacional. Misturo aqui trecho dos artigos com minhas inquietações!
A construção do Gasoduto Coari-Manaus tem sido objeto de discussões há duas décadas. Saiu do papel devido aos esforços do governador do Estado, Eduardo Braga, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dos interesses da Petrobrás. O principal impacto que pode ter na região é social. O desmatamento para a fixação dos tubos gira em torno de 800 hectares, segundo previsões iniciais. Grandes obras já realizadas na Amazônia, como rodovias e hidrelétricas, deixaram no seu rastro o aumento da prostituição, desagregação de comunidades, êxodo rural, disseminação de drogas e outras mazelas. O período crítico desta obra será o da construção - com 3.500 operários.
O Programa de Desenvolvimento Sustentável se destina a reduzir previsíveis impactos negativos. Mobiliza R$ 42 milhões e conta com o apoio de 50 instituições - da Universidade Federal do Amazonas às prefeituras das cidadezinhas cujos territórios serão atravessados pelos tubos.
O benefício que o gasoduto já trouxe para os ribeirinhos foram as visitas do navio Zona Franca Verde - uma espécie de poupa-tempo flutuante, misturado com ambulatório. Nas cidadezinhas onde já ancorou - Anori, Codajás, Anamã e Caapiranga -, distribuiu certidões de nascimento, carteiras de identidade, títulos de eleitor, e outros tipos de documento, além de propiciar consultas com clínicos gerais. Minha pergunta é para quê gastar tanto dinheiro nesses serviços se temos direitos... e de graça?
Tudo isso lembra os primeiros europeus na Amazônia, onde para enganar os indígenas, nos vinham com miçangas, espelhos e outras bugigangas.
O maior exemplo disso aconteceu em Anamã, onde se casaram de modo coletivo 108 casais. A organização ficou a cargo do pessoal do cerimonial do governador. Na sexta-feira, um barco fretado aportou na cidade com uma tropa de gente moça, encarregada de decorar a praça, pentear as noivas, distribuir vestidos, fazer fotos, organizar a recepção aos parentes e convidados. Até carpete vermelho estenderam no caminho dos noivos.
Para que o processo de colonização se faça de modo completo até o coordenador representa a força de fora; para ser mais claro, estudou no Estados Unidos e a mão-de-obra barata, fica para os amazonenses. Até quando nossa "colonização" vai durar?

Colonização

Depois de uns artigos como esses valem a pena reler o post "COLONIZAÇÃO".
Barco Zona Franca Verde atende mais de 250 famílias em Codajás e Anori
Governo do Amazonas realiza casamento coletivo em Anamã