Coaripolis

quinta-feira, setembro 30, 2004

Gasoduto x universidade

Quando participei do VI Seminário sobre o gasoduto, uma das minhas inquietações era a presença, ou melhor, a ausência da universidade nesse tipo de debate. Ainda em Coari no Campus Universitário, conheci o professor Luiz Antonio do Departamento de Sociologia. Trago aqui um texto dele sobre o assunto do gasoduto e universidade, respondendo assim, a uma das minhas inquietações:
Gasoduto: desejo em curso
Prof. Luiz Antonio Nascimento
Dep. de Ciências Sociais da UFAM
A partir de 11 de dezembro, o sonho do gasoduto ficou mais perto, com a realização em Manaus de primeira das oito Audiências Públicas (Aps) para licitação do gasoduto Coari-Manaus que terão lugar nos diferentes municípios cortados pelo gasoduto.
É de se destacar a participação do Ministério Público Estadual que, através de críticas pormenorizadas ao texto do relatório de impacto, elencou pontos e sugeriu outras preocupações para além daquelas expressas no estudo, chamando a atenção para a responsabilidade com o futuro. Cabe também elogiar a participação popular que, na fase dos debates manifestou diferentes pontos de vista, inquietações e reivindicações.
O balanço desta AP é plenamente positivo, como foi expresso no encerramento do evento, sendo ressaltado o clima sério e sereno que pautou as discussões. Como espaço de exercício de cidadania, as Assembléias Públicas representam um avanço político onde são expressas dúvidas, incertezas, preocupações, na perspectivas de consenso.
Em relação à participação de professores e pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) nos estudos de impacto ambiental, a qualidade do relatório produzido foi ressaltada em diversos momentos, por diferentes entidades, que o conceituam como o melhor estudo desta natureza já realizado na Amazônia e dentre os melhores no país.
Se erros devessem ser assinalados, seriam o aspecto de impostura de autoridade técnica e científica e o tom defensivo e de pouca abertura ao diálogo com que Petrobrás e UFAM apresentaram ao público os seus dados e informações. Imposição de autoridade e resistência as críticas, totalmente desnecessários, pois os trabalhos da Petrobrás e da UFAM são hoje plenamente reconhecidos. Inadequados, porque as Assembléias Públicas se constituem exatamente nisso: fóruns de debates entre o proponente de programas e projetos e as populações atingidas.
Um exemplo ilustra o desencontro de perspectivas presentes na audiência. Como ouvinte solicitei esclarecimento jurídico quanto a uma eventual improbidade dos estudos realizados em virtude das relações que a UFAM desenvolve em outras iniciativas com a Petrobrás. Enquanto a resposta do MP esclareceu o meu desconhecimento sobre a legislação atual, a reação da equipe da UFAM, interpretando meu questionamento como insinuação sobre a isenção da instituição, explicita a sistemática resistência às interpretações públicas, imprópria as Assembléias Públicas e imprópria, ainda mais, às universidades, como espaços de reflexão crítica.
Como professor da UFAM, não posso concordar com esta postura contrária ao diálogo. Utilizo este espaço não apenas para elogiar a participação popular, o Ministério Público e as entidades presentes às Assembléias Públicas, mas, sobretudo para reafirmar a minha convicção na relevância que a UFAM tem para com nossa região e nossa sociedade. Convido os colegas que realizaram os estudos de impactos do gasoduto para juntarem forças a todos nós, que continuamos a defender a universidade pública, de qualidade e gratuidade, e, acima de tudo, isenta.

terça-feira, setembro 28, 2004

Gasodutos - leituras paralelas

Para compreender a construção do gasodutos Coari-Manaus, se faz necessário olhar muito além desse mundo. Aqui vão algumas dicas: no terra e no uol... bom proveito.

Os 10 mandamentos do eleitor cidadão

01 - procurar conhecer
02 - conscientizar (trabalhar para outros votarem bem)
03 - separar política de amizade (amigos não recebem votos se não forem bons candidatos)
04 - jamais pagar favor com votos (compra de votos é crime)
05 - nunca votar sob pressão (vote por consciência)
06 - não anular votos
07 - não discriminar candidatos
08 - não se acorrentar a partidos
09 - não se deixar enganar
10 - reze antes de votar.

É preciso saber votar para não reclamarmos depois!

domingo, setembro 26, 2004

Classificados

Parece que as teias de aranhas estão chegando a esse blog. Tentei deixar as coisas paradas por aqui na tentaitva de alguém linkar lá para o Crônicas de Manaus, parece que valeu a publicidade, algumas pessoas apareceram por lá, se quiseres dar uma chegada, é só cliklar no link acima.
Enquanto eu estou aqui na frente do computador o Grêmio guerreia lá no Vivaldo Lima contra o Rio Branco - Ac, deve está nos seus momentos finais. Tive vários convites para ir ao jogo, porém disse para mim mesmo depois da compra de jogadores do São Raimundo, que não vou mais aos jogos do Grêmio, assim não dar, será que não tem mais gente que joga bola em Coari.
Por falar em convites, tenho em minhas mãos um recorte de jornal do 'classificados da acritica', divulgando uma proposta de trabalho. Repasso como está no Jornal:
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Alguém está interessado?

quarta-feira, setembro 22, 2004

Internet

Nesses dias de Manaus a vida anda meio tediosa, cidade grande e complexa é essa, que amo tanto. E senti como o meio influencia a gente, a partir daí criei um blog para escrever essas influências sobre mim, coloquei o nome de Crônicas de Manaus , como escrevo por inspiração, não sei se ainda sairá algumas delas; uma é certo. Além de tantas coisas que tenho feito por aqui, tenho girado pela net, com ajuda da info-exame, entrei no sistema das comunidades, criei uma comunidade de Coari, convido a todos a chegarem por lá, a casa é nossa!

segunda-feira, setembro 20, 2004

Amazonas em notícias

Nossa terra o que tem de grande tem de esquecida, é preciso que aconteça uma tragédia para que ela apareça no cenário nacional. E assim foi com o naufrágio do Barco ... por acaso estava assistindo a BandNews, e lá estava o naufrágio do barco, entro no site da uol, a notícia aparece de novo ...!!!

Voto consciente

Nesse domingo aqui por Manaus foi lançada a cartilha "voto consciente", campanha assumida pela Arquidiocese de Manaus. É uma tentativa de ajudar as pessoas a escolherem melhor seus representantes. A cartilha tem como título: A minha cidade merece o melhor voto e como sub-título: Ao votar você está escolhendo o seu futuro e de sua cidade.
Para ajudar na divulgação da cartilha, elas foram destribuidas após as missas, depois de ter sido o tema do sermão do celebrante, e aí, as coisas foram enfatizadas de modo mais claro, chamando atenção para o nível de corrupção que tomou conta do tempo de campanhas eleitorais. Para ajudar no combate a corrupção todos somos convidados a conhecerem a lei 9840 que pune quem compra votos para se eleger.
No final da cartilha temos as seguintes informações:
DENUNCIE A COMPRA OU TROCA DE VOTO:
TRE: 663-4517 / 663-4240
MINISTÉRIO PÚBLICO: 0800-92-0500
Todos somos responsáveis pelos governantes que temos, aliás, tem um ditado que já diz: "cada cidade tem o prefeito que merece"; a pergunta que fica no ar é, que tipo de prefeito nós coariense merecemos?
Fiquemos atentos, pois, voto não tem preço tem consequência. Para quem tem acesso a internet e quer ajudar na luta contra a corrupção são centenas os sites de conscientização política. Em caso de denúncia saiba mais através do site da lei 9840.

sábado, setembro 18, 2004

Democracia

Desde que nasci, me diziam que nasci num país livre e democrático; nunca entendi isso direito. Digo isso por dois motivos, primeiro, nunca me senti livre, seja pelo lado de fora, como pelo lado de de dentro, mas, que história é essa de lado de fora e lado de dentro? O lado de fora é a estrutura social, que dificilmente é livre com suas imposições, limitando a vida das pessoas, não se pode dizer tudo que se quer e nem tudo que se pensa, é perigoso e pelo lado de dentro, são os nossos conceitos e preconceitos, ações que fazemos sobre os outros ou que sentimos dos outros.
A democracia do nosso país ou mundo é outra piada, as vezes de mal gosto. Há até uma insistência em dizer que nas eleições exercemos o momento maior da democracia; na verdade era para ser assim, pois temos uma em mãos o 'poder de escolher'. E aí a cena muda de figura, todo mundo quer se escolhido, não medindo esforços para isso, da nossa parte deveríamos saber bem quem estamos escolhendo para essa ou aquela função, visto que, nós é que pagaremos quem escolhemos.
Entra em cena aqui, outro elemento importante para conhecermos quem devemos escolher, e este terceiro elemento é o adversário dos que querem ser escolhidos, eles cada vez mais prestam um grande serviço ao eleitor, mostrar quem são os outros que como ele quer ser escolhido; esses também são contemplados por uma cociedade livre e democrática, por aí escolhem os métodos de revelarem ou melhor fazer conhecidos os que querem exercem a mesma função que eles.
Fiz este pequeno texto para dizer como arranhamos o processo democrático quando mantemos o poder em nossas mãos, prova disso é um pequeno comentário sobre o jornal maskate desses dias.

Temos tempo!

Explosão de oleoduto pode ter matado 200 na Nigéria. Local da explosão está situado em uma área de pântanos, o que dificulta o combate ao incêndio.
A explosão aconteceu anteontem em Imore, uma cidade 12 quilômetros ao sudoeste de Lagos, e foi aparentemente causada pela fagulha do motor de um bote.
O oleoduto transporta produtos petrolíferos refinados a partir de um porto de Lagos até os depósitos de Ejigbo a menos de dez quilômetros da cidade.
Mais de três mil pessoas morreram nos últimos três anos no sul da Nigéria devido a explosões e incêndios de oleodutos. O pior acidente deste tipo ocorreu em outubro de 1998, na cidade de Jesse, onde quase 1.100 pessoas morreram quando um encanamento explodiu em circunstância parecidas com as de enteontem em Imore.
Para nós que moramos numa região onde temos um gasoduto e estamos na eminência de construirmos outro, essa notícia devia nos chamar atenção. Nem pensar de querer um acidente dessa natureza nos nossos gasotudos, porém, acidentes acontecem e ninguém quer. Já escrevi um artigo sobre esse assunto!

sexta-feira, setembro 17, 2004

Confest II

Esse post poderia ser o começo da minha fala sobre o Confest (Congresso e Festival da Juventude Cristã da Prelazia de Coari), porque este é o texto de introdução do livrinho que é o subsídio para está preparado a participar do evento.
"A juventude clama por mudanças, mesmo que muitas vezes esse nosso clamor não ecoe de maneira efetiva como deveria. Mesmo assim as lutas continuam, os debates continuam. E para isso estaremos reunidos. Mais uma oportunidade em que o jovem destava suas angústias e de forma crítica expõe sua realidade.
Não podemos mais fingir que os problemas não estão acontecendo, já não é permitido ficar na inércia, afinal, muitas coisas que eram nossas foram tiradas e muitas de nossas riquezas estão sendo furtadas, inclusive a água.
É preciso ter consciência que devemos cuidar do que é nosso. Já não podemos ficar em cima do muro. Se não fizermos, quem vai fazer? A água é a riqueza mais preciosa e indispensável à humanidade e já não estamos a tendo com qualidade. Não deveria ser dessa forma, pois vivemos na região mais rica quanto a este bem natural.
Chegou a hora de tomar consciência que todos são importantes nesse processo de transformação do mundo".

quinta-feira, setembro 16, 2004

Ainda tem gente que pensa

PREDADORES
Numa região governada por uma “elite mercenária”, depois das festas, “a vida volta ao seu martírio”, diz Milton Hatoum. Hoje um dos mais importantes escritores brasileiros, Milton Hatoum nasceu e passou a maior parte da sua vida em Manaus. Em 1999, pediu demissão da Universidade Federal do Amazonas, onde lecionava, e mudou-se para São Paulo. “Queria sair de um lugar que estava me deprimindo”, explica Hatoum, que considera a Amazônia um “Jardim do Éden” governado – sobretudo no caso do Amazonas – por uma elite “incompetente e mercenária”. Prestes a lançar o romance Vila Amazônia, Hatoum falou a CartaCapital sobre os problemas da região.
Por que a vida em Manaus era deprimente?
Milton Hatoum: Manaus virou um monumento de viadutos e edifícios, a caricatura de uma modernidade manca. O Amazonas é um estado rico, graças à Zona Franca, mas as condições de vida da população são tenebrosas. Do ponto de vista político e social, eu vejo avanço em todo o Brasil, menos lá. Enquanto outros estados, como o Pará e o Amapá, passaram por mudanças políticas, o Amazonas é dominado pelo mesmo grupo há décadas. Trata-se, com honrosas exceções, de uma elite incompetente e mercenária, composta por gente de lá mesmo e por aventureiros vindos de outras regiões. Você quer contestar a barbaridade, a demência dos poderosos e não consegue. É enlouquecedor.
Como o senhor vê o velho impasse amazônico entre a necessidade do desenvolvimento e a luta por preservação ambiental?
Dois Dramas. Miséria choca mais que desmatamento. Para mim, a miséria é mais chocante que o desmatamento. Volto ao exemplo emblemático de Manaus, uma cidade de 1,6 milhão de habitantes, onde 50% são favelados e menos de 15% têm esgoto. A 1 quilômetro do maior rio do mundo, falta água nos bairros pobres. Para onde vai o dinheiro do imposto? É um crime plantar soja onde há floresta. A exploração da natureza deve ser sustentável. Mas o pior é ver a degradação da população.
O senhor já foi a festas folclóricas do interior da Amazônia?
MH: Já. Eu conheço o interior do Amazonas. É paupérrimo. Antes e depois da festa, a vida volta ao seu martírio. Mas a elite e o povo do Pará souberam preservar mais a cultura popular. Manaus foi sempre uma cidade daquele que não quer se fixar lá, do predador que explora e vai embora. O que houve foi a aliança de uma elite fragilizada com os poderosos da Zona Franca, que dão as cartas. Os políticos ficaram reféns desse capital, que é de fora, seja do exterior, seja do Sul-Sudeste.
Como o Amazonas deveria promover seu desenvolvimento?
MH: Muita coisa pode ser feita em matéria de exploração sustentável dos recursos naturais. Mas a principal vocação do Estado é para o turismo. Uma vocação desperdiçada pela elite dirigente que só se interessa em proteger e fortalecer a Zona Franca. Da forma como o Amazonas tem sido governado, se um dia a Zona Franca acabar, o Estado estará liquidado.
Fonte: Revista Carta Capital

Para onde vai o nosso gás

Gás natural chega ao Pará em 2006. Saindo do Amazonas, pelas reservas de Silves ou Urucu, esse custo saltaria para US$ 2,6 bilhões. Dentro da perspectiva nacional de desenvolvimento, liderada pela força do capital internacional, onde quem menos ficará com o lucro serão os prejudicados, seja com os prejuízos ecológicos, como sociais; o governo federal vai assumindo seus planos... agluém se opõe?

quarta-feira, setembro 15, 2004

O homem também vive de esperanças

Estive presente hoje na Assembléia Legislativa para participar da entrega da Medalha do Mérito Legislativo a D. Gutemberg Freire Régis, bispo de Coari. Esta medalha é muito importante num momento onde parece que caremos de homens justos, D. Gutemberg vem com o seu jeito simples de ser, nos dizer, temos muitos homens de bem.
Bispo de Coari recebe Medalha da Assembléia
DIA: 15/9/2004 - 13:44
Fonte: http://www.aleam.gov.br/
O bispo da prelazia de Coari, Dom Gutemberg Freire Régis, foi homenageado hoje no plenário Rui Araújo, da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) com a Medalha Ordem do Mérito Legislativo, em sessão presidida pelo deputado Lino Chíxaro (PPS), presidente da Casa. A medalha foi outorgada ao bispo Gutemberg, em 11 de dezembro do ano passado, por solicitação do deputado Washington Régis (PP), mas não tinha sido entregue por impedimento do próprio bispo. Na solenidade, além dos parlamentares, a presença do reverendo Manoel Soares, provincial redentorista do Amazonas e do diocesano da prelazia de Coari, Francisco José de Lima da Silva. De acordo com o deputado Whashington Régis, a homenagem faz justiça ao bispo que por muitos e muitos anos tem dedicado sua vida a ajudar os irmãos e a Igreja Católica pela presença no trabalho de evangelização no interior do Estado. “Tenha certeza, é uma homenagem sincera de todos os deputados”, assegurou o parlamentar. A Medalha Ordem do Mérito Legislativo, de acordo com o deputado Lino Chíxaro, foi instituída por iniciativa do deputado Belarmino Lins (PPS), e é concedida a soberanos, chefes de estado, políticos, militares, diplomas, escritores, funcionários públicos, desportistas e a pessoas merecedoras de distinção por relevantes serviços prestados. Para o bispo Gutemberg, a medalha que lhe foi conferida, é o reconhecimento pelo trabalho, em prol da cidadania e na organização das pessoas para uma vida melhor, mais democrática e mais justa. Na região do Médio Amazonas, o trabalho religioso da prelazia de Coari é referência. “Essa medalha me ajuda a entender que essa é também preocupação desta Casa. De gente que acredita no amor como a força da transformação. Essa homenagem nos encoraja e representa pessoas que acreditam na força da gratuidade”, disse.
Conferir fotos

terça-feira, setembro 14, 2004

Alegria e Tristeza

Temos a necessidade humana da alegria, porém, a tristeza também é uma condição humana, infelizmente, e, é uma realidade que não conseguimos extinguir da existência humana.
Nesses dias, nós coarienses, vivemos estas duas realidades humanas expressas na mídia, se por um lado os jornais elogiam nosso Grêmio e todo seu potencial de jogo, por outro lado, mostram uma realidade triste da nossa cidade, a corrupção é um mal que avançou no município, conferir reportagem no Jornal Maskate... esperamos que seja um tempo de aprendizado.

segunda-feira, setembro 13, 2004

Maskate

A gente chega cansado, querendo descanso, banho, água fria, carinho, alegria, acolhimento, felicidade, boa notícias. Infelizmente a vida não é do jeito que a gente quer. De mochila, rebocando o corpo, louco para chegar em casa, tomar um banho, um hiper café e cair na rede, sou surpreendido com um jornal sobre Coari.
O jornal "Maskate" de ontem, mostra uma realidade coariense, que desanima qualquer um que nasce na cidade, uma pena, mas, infelizmente é onde estamos, cada povo tem seus governantes merecem...

Medicina da selva já cura 800 doenças

Pesquisas científicas mostram que, na Amazônia, doenças são tratadas com cerca de 1,8 mil animais e plantas da floresta.
Ainda se pode duvidar da nossa riqueza?

Confest

Hoje parece que estou com quase 100 kilos, meu corpo está muito pesado depois de ter vivido três dias em Manacapuru. Três dias intensos, estive desde quinta feira por lá. É esse o motivo do sumiço. Durante esses dias participei do Confest (Congresso e Festival de música cristã da Prelazia de Coari). Haviam 45 jovens da cidade de Coari, fiquei impressionado como eles não aceitam a corrupção da nossa cidade, querem uma Coari melhor.
Devagar vou passar o que foi esse encontro em fotos...

quinta-feira, setembro 09, 2004

tempo de eleições

Da cidade grande de Manaus, a notícia que tenho de Coari, é que o barulho feito pelos candidatos, está ensudecedor. Por falar em eleições dos candidatos de Manaus, leia essa...

Pé na estrada

De novo arrumando as bolsas, dessa vez rumo a Manacapuru. Vou participar de um grande encontro de jovens, onde estarão presentes 45 jovens de Coari... quando chegar, trago notícias, até mais.

Empregadas domésticas - babás

Já faz tempo que gostaria de escrever alguma coisa sobre empregadas domésticas, de modo particular as que vem do interior para Manaus. Não é fácil desenvolver um tema, seja ela qual for, e torná-lo atraente ao público, por isso aqui rabisco algumas linhas e o resto vai por conta de uma crônica que enconrei girando na net.
As meninas simples que chegam na cidade grande de Manaus, vindas do interior, são tratadas na sua maioria das vezes como pessoas de segunda categoria. Muitas além de arrumar a casa, ainda tem de dar carinho como nos diz nosso cantor poeta Chico Cezar na música "Mama Africa". Deixo o espaço aberto para que cada um tire suas conclusões. Eis a crônica

Engana marido

Durante minha vida de aprendiz, tive que comprar alguns livros. Como não podia levá-los comigo para Roma, ficou por aqui aos cuidado de um amgio. Visto o trabalho de pesquisa que estou fazendo, precisei de alguns deles, porém não sabia bem em que caixa tinha deixado. Me deu muita mão de obra, abrir, procurar e depois fechar as dezoito caixas.
Nesse abre e fecha caixas, encontrei uma relíquia, um livro de "Receitas Caseiras da segunda Festa da Banana de Coari", na curiosidade, comecei a virar suas páginas, quando meus olhos encontram essa curiosa receita, ENGANA MARIDO, sabendo que não sou o único curioso deste mundo, disponho dela para todos:

INGREDIENTES:
* 1/2 Kg de arroz
* 01 lata de seleta
* 03 bananas pacovão maduras
* tomates, temperos verdes e cebolas
* 01 Kg de pirarucu
* 1/2 litro de farinha de mandioca
* 01 côco
* óleo, alho e sal.

MODO FE FAZER:
* limpe o arroz
* coloque em uma caçarola: óleo, alho socado e sal
* leve ao fogo para fritar
* acrescente água aos poucos
* depois de pronto, retire a panela do fogo e acrescente seleta, misturando bem
* corte o pirarucu, escalde para retirar o sal e faça um desfiado, temperando muito bem com todas as verduras
* passe o côco no liquidificador para tirar o leite e misture com farinha, de modo que fique uma farofa
* em um pirex, arrume da seguinte maneira:
* uma camada de arroz
* uma camada de banana
* uma camada de desfiado
* uma camada de banana
* uma camada de farofa
* por último, uma camada de arroz
* enfeite com rodelas de ovos cozidos, tomates, azeitonas e alface cortadinhas.
Sirva à vontade.
Gosto de boa comida, principalmente comidas regionais; infelizmente não sei cozinhar, por várias vezes tive vontade de fazer um curso de culinária, sempre aparece alguma coisa que não me permite. Não sei o porque do nome dessa comida, só sei que, 'o marido se ganha também pelo paladar, pela barriga'. Capriche e bom apetite.

quarta-feira, setembro 08, 2004

Grito e pajelança dos "excluídos"

Foi bom ver a reportagem do jornal Diário do Amazonas, reproduzida no site do Portal Coari. Deve ser um sinal para que os coariocas pensem em fazer acontecer algo dessa natureza na cidade. É preciso aprender a gritar as nossas alegrias, esperanças e sonhos; dor e sofrimento, desilusões e barriga vazia. Se faz mais do que necessário, talvez, obrigação ter outros desejos, e o "grito dos excluídos", é esse desejo de um mundo melhor.
Até a foto da bela índia está lá. Confira. Valeu!

terça-feira, setembro 07, 2004

07 de Setembro

Hoje comemoramos mais um dia da nossa independência. A pergunta aqui é: que tipo de liberdade é a nossa. Não estou me referindo a liberdade apregoada pelos cristãos e igrejas, e sim a verdadeira liberdade da pessoa.
Liberdade de se sentir livre no direito de ir e vir, então eis a questão, como vou se não tenho como ir? Ou de ser dono da minha própria situação, de repente me vejo sem poder fazer isso ou aquilo, visto que a minha situação econômica não permite. Nas cidades pequenas, há uma exclusão gritante por parte de uma pequena classe 'burguesa', se podemos usar essa palavra, diante do conceito dela em si que implica riqueza e nem ricos são, mas para se manterem onde sempre pensaram que estão, preconceituam, excluem.
“Enquanto houver exclusão o Grito vai continuar gritando". É por essa e outras razões que sempre se tem necessidade de um dia como o "07 de setembro".

segunda-feira, setembro 06, 2004

Grito dos excluídos

O "Grito dos Excluídos", que neste ano completa 10 anos de existência, será realizado em Manaus nesta terça-feira, dia 7 de setembro, com o tema: "Brasil: mudança pra valer, o povo faz acontecer". A concentração terá início na Praça do Congresso, a partir das 9 horas. Deverão participar, representantes de movimentos sociais, populares, sindicatos, Igrejas e a população de uma maneira geral.

De acordo com os organizadores, ao longo destes 10 anos, o "Grito dos Excluídos" se tornou e se firma como um importante instrumento de agregação das forças de mobilização da Igreja e sociedade, dando visibilidade pública e política aos clamores existentes nos porões das cidades, praças, becos e campos.

O "Grito dos Excluídos" procura marcar posição frente à esmagadora exclusão social, denunciando e manifestando a indignação das pessoas contra a violação dos direitos à vida e à dignidade de muitos. É também um espaço de encontro, de esperança da mobilização popular, de pessoas que sonham e buscam alternativas novas e viáveis para termos o Brasil que queremos.
A moçada de Coari pode ficar atenta que irá acontecer aí também ... Participe!

domingo, setembro 05, 2004

Do Jaraqui ao Chimarão

Falar de jaraqui aqui nesse blog de coariense, é o mesmo que chover no molhado, sendo assim, vamos ficar no chimarão.
O chimarão é uma bebida típica do Rio Grande do Sul. Também conhecida como mate amargo, simboliza a amizade e a hospitalidade do povo gaúcho desde muito tempo atrás. Basicamente, é um mate cevado sem açúcar, que é preparado em um recipiente (cuia) e sorvido por meio de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas. Conforme registros históricos, o hábito de sorver o chá foi herdado dos índios guarani. O costume de passar a cuia de mão em mão significa a manutenção do espírito democrático e fraternal vivido nos ranchos daquela época.
Os gaúchos são os maiores consumidores de chimarão, daí o apelido de barriga verde.
Alguém poderia está se perguntando o que tem um blog coariense com o chimarão e os gaúchos? Vou dizer porque postei esse post aqui. É que o Grêmio 'coariense', time que ra genuinamente coariense, atualmente tem seis jogadores titulares gauchos e mais o técnico, já poderíamos até dizer, era Grêmio 'coariense'.
Perdemos os jogadores e agora vamos perdendo nossas características culturais. Espero que depois dessa ida dos nossos gaúchos a Coari, eles tenham a oportunidade de comer jaraqui, acreditando do ditado dos antigos: 'quem come jaraqui, não sai mais daqui'. Jaraqui nele!

sábado, setembro 04, 2004

Fantasmas

Meu envolvimento com fantasmas é de longa data. Qunado era criança, um dos meus gibis prediletos era os do fantasminha e o do fantasma da caverna. A gente vai crescendo e os fantasmas vão mudando, vieram os caças fantasmas, comédia tri-legal que fazia todo mundo rir das palhaçadas dos caçadores e das espertezas dos fantamas. E quem não amou com a música trilha sonora do filme Ghost?
Hoje é duro ter que aguentar todos os fantamas que a Prefeitura de Coari emprega, a gente envelhece, muda e os fantasmas também.

Para não dizer que não falei das flores

Dia 08 de julho cheguei em Manaus e no mesmo dia fui para Coari, de onde fui para Tefé. Depois viajei para Itacoatiara, Parintins, Borba e Caapiranga, sem sombra de dúvida não dar para dizer o quanto a cidade de Coari está muito mais arrumada do que estas cidades.
Escolas, quadras de esporte, ruas asfaltadas e seus belos jardins, bem alinhados, arrumados, encantando a cidade. É um sinal de como a cidade está sendo bem tratada e acima de tudo limpa! Claro que sempre haverá mais o que embelezar, o que cuidar, normal que seja assim, nosso condição de pessoa, impõe essa dinâmica, do novo, do diferente.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Migalhas

Manaus, quinta-feira, 02 de setembro de 2004 - Jornal a crítica: Grêmio disputa amistoso em Coari - Partida contra Tefé marca reencontro do time com a cidade. De folga na rodada do fim de semana, o renovado Grêmio Coariense pretende conhecer a cidade que lhe empresta nome neste domingo.
Esta notícia nos dar a certeza que o Grêmio Coariense é um time estrangeiro na sua própria terra. E Visto a condição do nosso estádio, nos dar apenas o que pode sobrar, isto é, migalhas de esporte, marcando um amistoso contra Tefé.
Com o dinheiro do nosso petróleo e do nosso gás devíamos ter um estádio que zelasse pelo nosso nome, como coarienses merecemos. Pelo time ser nosso ou ao menos por levar o nome dos corienses, deveria no mínimo ter algum jogador coariense no time principal e se o time é pago com o nosso dinheiro, em algumas coisas teríamos direitos...
Bem, por enquanto nos resta umas migalhas do seu futebol, migalhas de pão, sobra do dinheiro do município... ao menos queremos jogo, arte, futebol. Que o circo seja bem armado!

quinta-feira, setembro 02, 2004

Temos grana

O jornal acritica do dia 31 de julho anunciou a seguinte notícia:
Petrobras recolhe R$ 311 milhões
A empresa Petróleo Brasileiro S/A recolheu R$ 311,674 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no período de janeiro a julho deste ano aos cofres do Amazonas. A companhia é a maior contribuinte do Estado. Em termos de Imposto Sobre Serviços (ISS) , a Petrobras pagou ao Município de Manaus R$ 2,159 milhões, de janeiro a julho. Para Coari (a 370 quilômetros de Manaus) foram R$ 2,835 milhões de ISS.
Em royalties, o sistema Petrobras disponibilizou até julho de 2004, para o Estado do Amazonas, R$ 59,33 milhões. Manaus recebeu R$ 5,45 milhões. Para a cidade de Coari foram convertidos R$ 19,57 milhões. Outros 16 municípios no Estado do Amazonas receberam R$ 400 mil nesse mesmo período. Os royalties constituem uma das formas mais antigas de pagamento de direitos.
Não é por falta de dinheiro que somos pobres, talvez seja como o dinheiro está gasto ou com quem o dinheiro está sendo gasto? São várias as perguntas que poderíamos fazer e com certezas várias respostas que nos dariam.
Alguém poderia me dizer para onde foram esses R$ 19, 57 milhões?