Coaripolis

terça-feira, maio 31, 2005

É dando que se recebe
A notícia que o senador Gilberto Mestrinho vai apoiar o governador Eduardo Braga e o Presidente Lula nas suas respectivas campanhas eleitorais para se reelegrem nem chegou a esfriar e os frutos já começaram a aparecer: Mestrinho assume comissão e coloca em prática novas regras. No governo Lula, o partido que mais tem ganho força e cargos é o PMDB. Provavelmente ele não sairá com candidato para presidente da República. Se ele (PMDB), manda no país não precisa ter o presidente.
"O senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) assume hoje, pela terceira vez, no mesmo mandato, a presidência da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, fato considerado inédito no Parlamento brasileiro".
Só para lembrar que escrevi um post com o título: essa foi para doer; onde falava nessa relação dar cá, toma lá.

Depois da reportagem de capa da "Revista Veja" sobre corrupção, vale conferir esse site O combate à corrupção nas prefeituras do Brasil, esse é um cancer que está a consumir o nosso país e só será curado com a participação de todos nós que queremos um Brasil melhor.

Tem que doer no bolso
Lorenzo Aldé, Carolina Elia, Eduardo Pegurier e Ana Antunes
Vender a Amazônia para os gringos até que não é mau negócio. Se for para preservar melhor do que a gente (o que não é difícil), por que não? Ronaldo Serôa da Motta, um dos pais da economia ambiental no Brasil, já foi idealista, nacionalista, mas agora está convicto de que o caminho é ser prático: vivemos numa sociedade mercantilizada, então o único jeito de preservar o meio ambiente é dar valor econômico aos recursos naturais. Ou seja, para usar seu termo técnico preferido, o segredo é mexer no direito de propriedade. Preserva-se 70% da Amazônia em parques nacionais e os outros 30% concede-se para a exploração privada, mas bem regulada. Isso permitiria até desmatar mais um pouco a maior floresta tropical do mundo, que afinal pode render bons dividendos.
O discurso pode soar, literalmente, frio e calculista. Mas os ambientalistas não deveriam se esquivar das diretas deste economista do IPEA. A mesma lógica que defende a valoração da Amazônia condena a hidrelétrica de Barra Grande. Segundo ele, a usina nascida de fraude ambiental, mesmo estando pronta para entrar em operação, poderia ser abandonada e se tornar um símbolo de aplicação da lei. No fim das contas, o que Serôa faz é oferecer uma carapuça para cada um de nós: as leis de mercado só existem porque há consumo, e quem responde por ele é você. Quer salvar a natureza? Tudo bem. Quanto está disposto a pagar por isso?
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segunda-feira, maio 30, 2005

Nesse mato tem coelho... ou melhor tem petroreais
Dinheiro tirado de Manaus para Coari poderia pagar as intervenções para desafogar o trânsito da capital
Lendo essas seis notícias acima Versus essa abaixo:
Se pode chegar as seguintes conclusões:
1. O governador Eduardo Braga, homem experimentado na política estadual e que não mete prego sem estopa, está querendo dinheiro para sua campanha eleitoral. Visto que está sem o apoio econômico do seu padrinho Amazonino Mendes, que também sairá candidato a governador;
2. Tendo Adail Pinheiro como o seu vice, já se sabe que tem dinheiro, o dos coarienses... ou melhor o dos royalties que a Petrobras repassa para o município de Coari;
3. Repassando para Coari o dinheiro que era para ser de Manaus, mata dois coelhos de uma cacetada só. Mina a adminstração municipal de Serafim que Juntamente com Jefferson Peres tem chances visíveis de derrotá-los e faz seu caixa dois, seu caixinha.
Assim vai ficando fácil de ganhar, com o dinheiro dos outros... é empurrar bebo na ladeira!

Coari em Cana
Safra anual de cana em Coari está ameaçada, alguém me mandou por e-mail essa notícia, agora vi que está lá no Coari.Blogger. Fiquei cá pensando com meus botões, vasculhando a caixa pensante e me lembrei que alguém já tinha prometido arrumar, asfaltar, iluminar e fazer não sei mais o que nesses ramais por onde a cana tem que passar... o negócio é plantar cana na praça da catedral, fica perto das águas do lago, portanto fácil de transportar e é iluminada.
Acreditar em promessas? (...) Até N. S. de Fátima está meia desconfiada!

Notícias do Velho Continente

Ontem Portugal estava agitado, era a final do campeonato português. Em dois fins de semana tive a sorte de acompanhar a final de dois campeonatos nacionais, o da Itália e o daqui de Portugal.
Na Itália, no fim de semana retrasado, a Juventus sagou-se campeã por antecipação, uma vez que o campeonato é por pontos corridos, seu adversário mais próximo, o Milan, mesmo ganhando o último jogo, não tinha condições de alcançar os pontos necessários para ganhar o campeonato.
Já em Portugal, deu zebra. O Benfica, um dos maiores times do país, muito rico e com uma torcida monstruosa, perdeu para o Vitória, um time que sempre esteve da metade da tabela para baixo por vários anos. Aqui em Fátima a maioria dos carros chegavam enfeitados de bandeiras, os torcedores fiéis de N. S. de Fátima e do Benfica vinham pedir o título à Santa, mas não era esse o desejo dela, o Vitória Venceu.

Sinais de Morte
Vivi cinco dos dez anos da década de oitenta em Manaus, três desses no curso de filosofia. Um dos temas em debate naquela época era a "Calha Norte", como se falava do seu processo destruidor. Em Manaus a panfletagem era grande, seminários, debates, palestras; de nada adiantou os militares levaram adiante o projeto "protetor - destruídor". As índias daquelas áreas eram engravidadas e largadas ao Deus dará. Os molestamentos sexuais eram acompanhados de estrupos, as denúncias eram muitas.
O projeto prosseguiu como uma unha encravada, o tempo o cobriu e nós com nossa curta memória histórica já não lembramos. Esses dias ele está de novo dando as caras, do mesmo modo, Negativamente!
Longe do grosso do desmatamento na Amazônia Legal, a região conhecida como Calha Norte do Amazonas - formada pelos Estados de Roraima e Amapá, além do norte de Amazonas e Pará - apresenta sinais de aumento de atividades exploratórias. Ainda que nem façam sombra ao índice de derrubada registrada em outras partes do bioma, principalmente no sul da Amazônia, madeireiros, grileiros e produtores de soja começam a se instalar na área. As queimadas formam um colar de focos de calor, atingindo principalmente Roraima e Amapá - Estado que já percebeu um aumento da taxa de desmatamento, a despeito de possuir mais de 50% de seu território em unidades de conservação. Clareiras se proliferam e pontuam o que antes era um íntegro cobertor verde. Leia+

Amazônia em destruição

Depois da enxurrada de notícias sobre a cruzada que está sendo realizada na Amazônia com a finalidade de destruí-la, agora é a vez dos analistas dizerem as coisas. Trago aqui uma dessas análises, a do professor Ozorio Fonseca, que no meu entender é das melhores. Apesar de ser longa vale conferir. Aliás, esse atual momento pelo qual passa nosso planeta verde deve ser entendido da melhor maneira possível por nós amazonidas. E para isso, nada melhor saber de quem entende do assunto.

Amazonidades- Motosserra de ouro -o prêmio
Ozório Fonseca
O Greenpeace, entidade internacional ambientalista, lançou o concurso “Motosserra de Ouro: um prêmio ao exterminador do futuro da Amazônia”, cujo vencedor receberá a “estatueta da madeira ilegal”. A idéia é reconhecer a personalidade brasileira “cujo talento, ação ou inação foram decisivos para os incríveis índices de desmatamento na Amazônia”.
A escolha será feita em duas etapas, sendo uma popular através do “site” www.greenpeace.org.br, e a outra por um júri composto por “jornalistas especializados, pesquisadores, representantes de ONGs e formadores de opinião”.
Entrei no “site” e votei em Lula da Silva, pela sua falta de interesse real com a problemática ambiental amazônica, a não ser quando ela pode promover mais uma viagem ao exterior.
Jamais vou esquecer o presidente, em uma de suas visitas à Manaus, dizendo que só os que não entendem de Amazônia, podem falar em destruição durante seu governo. A cena ficou ainda mais hilária porque ao seu lado, um grupo de políticos, que também não entendem nada de Amazônia, aplaudia, com entusiasmo, aquela declaração vazia.
A prova está aí
Lula da Silva, muito mais preocupado em cuidar de sua imagem internacional (cada dia mais desgastada), deixou a governabilidade do país nas mãos de dois ou três mi-nistros, muito mais interessados na balança comercial e no superávit primário do que na Amazônia.
Digo, sem medo de errar, que os ministros do crescimento econômico não conhecem a Amazônia, nada sabem sobre ela, não se interessam e não a situam no rol de suas preocupações e muito menos de suas prioridades.
E, ao transferir o governo para essa gente, Lula da Silva deixou a frágil ministra Marina Silva, com um enorme problema que ela não tem condições de resolver, por não ter força política e por ter orientado sua vida no sentido do ambientalismo emocional, muito mais ligado aos movimentos ufanistas da sociedade civil, do que às verdades científicas, ou às obrigações de Estado definidas na nossa Carta Magna.
O resultado é que, em dois anos de governo Lula, uma área equivalente a dois Estados de Sergipe, sumiu do mapa florestal amazônico. No primeiro ano (2002-2003) foram 23.750 km2 e no segundo (2003-2004), 26.130 km2.
Lembro que a ministra comandou um verdadeiro carnaval, quando os dados da última avaliação do governo Fernando Henrique (2001-2002), tiveram um inexplicável problema numérico.
Ela mandou reavaliar os números que, na realidade, atingiram 20.695 km2, uma área considera-da escandalosamente grande por Lula e seu “staff”.
Agora o governo tenta explicar, de forma bizarra, o aumento de 14,7% no primeiro período e de 10,0% no seu segundo de mandato.
A ministra e seus assessores - declarações
Segundo a mídia, o desmatamento foi 6% maior que no período passado e até agora não consegui en-tender essa matemática, pois nas minhas contas, 26. 130 km2 (2003-2004) é 10,0211% maior que 23.750 km2 (2002-2003), e não 6%, como divulgado.
Seja qual for a aritmética, o fato é que as tais “medidas estruturantes” anunciadas no início do governo, até agora, não deram em nada.
No dia 16 de março último, a ministra revelou à imprensa, sua expectativa de “uma queda significativa no desmatamento este ano” (www.estado.com.br).
Dois meses depois, com a divulgação dos dados reais, Sua Excelência, na abertura da Semana da Mata Atlântica, em Campos de Jordão, SP, declarou que a “culpa pelo aumento das queimadas na Amazônia é o desempenho da economia brasileira em 2004”.
E, não satisfeita com essa bobagem, acrescentou: “a sociedade também é culpada pela devastação da floresta”.
Para completar as declarações sem nexo das autoridades ambientais do governo Lula, o presidente do Ibama revelou estar “surpreendido com o crescimento de 6% (sic) do desmatamento da Amazônia”. (www.ambientebrasil.com.br-26/05/05).
A meu juízo, a maior surpresa de Marcus Barros deve ter sido constatar a desobediência de sua ordem inútil, exarada em portaria conjunta com o órgão ambiental de Mato Grosso, proibindo queimada de floresta naquele Estado.
Uma enciclopédia de equívocos e erros
Para ser fiel ao modelo Lula da Silva, Marina Silva resolveu discutir a Amazônia no exterior. Ela fará uma visita, aos Estados Unidos onde tentará minimizar os efeitos do desmatamento (sic) fechando um acordo bilateral na área do meio ambiente.
Só para não esquecer, registro o fato de que o Brasil tinha um acordo com o G-7, gerenciado pelo Banco Mundial e destinado à pro-teção das florestas tropicais, que foi destruído, no segundo mandato de FHC, por pessoas ideologicamente ligadas à ministra.
Diz o noticiário que a ministra vai conversar com especialistas americanos na área de meio ambi-ente, reafirmando sua posição de não dar importância aos competentes cientistas ambientais brasileiros.
E, entre os pesquisadores americanos que serão ouvidos, está Thomas Lovejoy (meu amigo pessoal), que implementou, no Inpa, um excelente projeto sobre proteção florestal e que foi dura e injustamente caluniado pelos partidários da ministra.
O PPG (Programa de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil) tinha elementos fundamentais para diminuir o desmatamento e abrir caminhos para a construção de um modelo de desenvolvimento fundado na sustentabilidade.
Ozorio Fonseca é professor da UEA e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA

domingo, maio 29, 2005

No Caminho da soja
Semana passada a Amazônia esteve no centro das atenções da imprensa internacional, uma infinidades de notícias em todos os jornais importantes do planeta. Este sábado o "Jornal Português o Público" publicou duas de suas caras páginas sobre o assunto, com o tema: "A Amazônia no caminho da soja". Este é um dos jornais mais vendidos por aqui pela terra dos nossos patrícios.
Segue textos do jornal: "As acusações sobre os responsáveis pela destruição da grande floresta têm variado ao longo doa anos. Nos tempos mais recentes, os dedos apontam-se insistentemente para os produtores de soja, que tentam desbravar terras florestais para expandir as suas culturas.
O último levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais aponta para o arassamento de 26.130 quilometros qudrados entre 2003 e 2004. Cerca de 48% deste total ocorreu no estado que mais produz soja no Brasil, Mato Grosso.
A soja tem sido apontada como a grande culpada pela destruição da Amazônia. Mas será mesmo assim? Segundo um estudo concluído no início deste ano, a sua responsabilidade direta é de 50% das áreas deflorestadas. Mas o fato de ocupar as terras de pastagens, empurrando a pecuária para dentro da floresta, faz com que a sua culpa seja maior, ainda que indiretamente".
A Amazônia é nossa, isto também nos coloca como responsáveis por tudo que nela está acontecendo. Porém, ao contrário do que se esperava, estamos de braços cruzados enquanto a floresta pega fogo para que pequenos grupos de pessoas engordem suas contas bancárias. Até quando isso vai continuar acontecendo?

sábado, maio 28, 2005

A revista Veja dessa semana traz como reportagem de capa o tema da corrupção. No decorrer de sua história, a revista tratou diversas vezes dessa temática como reportagem principal. O conteúdo do tema é motivado pelos escândalos acontecido atualmente nos correios e que está sendo instaurada uma CPI para verificar o tamanho do rombo. Digo verificar, porque quase nunca o Brasil pune seus corruptos, muito pelo contrário com o dinheiro faturado vivem com o melhor que o país pode produzir, são tratados como estrelas e para a nossa pior desgraça continuam exercendo cargos públicos. Devem rir de nós que ainda continuamos votando neles.
A reportagem mostra o mal que a corrupção faz nos países, mostrando com dados o tamanho da roubalheira. Como por exemplo: “A economia brasileira perde com a corrupção de 3% a 5% do PIB. Isso equivale sessenta vezes mais que o valor que o governo investiu em todo o setor de transporte no ano passado”. É um câncer que está destruindo o país, diz a revista.
A corrupção “parece” que já entrou na cultura brasileira. Em quase todos os setores ela está presente. Nossa Coari não está isenta desse mal, o
Acorda Coari, traz em sua página o que o Jornal Maskate tem publicado. O município com o dinheiro arrecado com os royalties repassados pela Petrobras deveria ter o melhor sistema educacional do país, com excelentes salários para os professores, escolas modelo, isso só para começar, não quero me alongar com esse assunto, é de conhecimento público.
Confira as Contas e veja como a revista razão!

sexta-feira, maio 27, 2005

Chegando na rodoviária central de Lisboa, para esticar as pernas, fui curiosiar e logo encontrei uma banca de revistas, um dos meus locais para gastar o tempo, tinha aproximadamente uns 40 minutos até a hora da partida do ônibus.
Estavam expostas várias revistas do Brasil, na sua maioria de moda. Comprei a “Veja” e a “Super Interessante”, uma versão portuguesa.
Valeu ter comprado a Veja, foi minha companheira de viagem até Fátima.
Na sessão Radar
Justiça
Ação Bilionária
Chegou ao STJ uma ação de indenização bilionária contra a Petrobras, capaz de preocupar até a maior empresa brasileira. A ação remonta à privatização da Petroquisa, subsidiária estatal. Um acionista minoritário questionou o valor da venda da subsidiária, num processo que se arrasta há treze anos. Se perder, a Petrobras desembolsará 2,4 bilhões de dólares. Mais impressionante: ainda terá de pagar ao escritório de advocacia Lobo & Ibeas, que representa o minoritário, quase 700 milhões de dólares em honorários.

Com certeza se perde não pagará tudo isso. A empresa atualmente está no auge de suas pesquisas e de seus lucros, como veremos mais adiante. Mais é um sinal de que ela não é tão transparente como aparenta ser.

Na Sessão sobe e desce, entra nos dois lados:
Sobe
A Petrobras produziu pela primeira vez o mesmo volume de petróleo que o país consome: 1,8 milhão de barris por dia.
Desce
A Bolívia nacionalizou o setor de gás e petróleo e aumentou os impostos, afetando a Petrobras, a maior investidora daquele país.

Nós coarienses devemos está atentos a todos os acontecimentos com a Petrobras, a mola propulsora da economia do município. Uma gripe da empresa em qualquer lugar do planeta, pode significar uma pneumonia em Coari!

O Maskate é Crau!
RECORDISTA
Adail Pinheiro administra, graças aos royalties da Petrobrás, o município mais rico da Amazônia, proporcionalmente ao número de habitantes. E o mais aquinhoado em mazelas sociais. Coari reúne ainda a maior taxa de processos de corrupção no portal do Tribunal de Contas da União. Um vice desse equivale a um navio de nitroglicerina.

Descobrimento
Terça-feira, dia 24 de maio, às 11:00h sai do colégio Pio Brasileiro em direção ao aeroporto internacional. Às 13:15 o avião decolou com destino a Lisboa. Chegamos em Portugal às 15:30 horário local, sendo uma hora de diferença em relação a Roma, agora estou uma hora mais perto do Brasil. No aeroporto peguei o ônibus até uma estação de metrô e de lá para a estação central de ônibus, onde embarquei para Fátima.
O vôo foi tranquilo e tudo ainda era em italiano, estava numa companhia italiana, a Alitalia. Descendo no aeroporto encontrei uma Lisboa quente e uma nova língua, o português mãe do nosso português, digo isso pela diferença que existe nos dois modos de falar a mesma língua. Muito me impressiona o português aqui, as vezes tenho a impressão que é uma outra língua.
Nos caminhos de que fiz de ônibus duas frases me chamaram a atenção. A primeira ainda no ônibus do aeroporto e dizia: "Viva a libertação dos dos escravos", escrita desse jeito que está aí. A segundo no caminho que me trouxe até Fátima, porém, ainda dentro de Lisboa, era uma placa de rua: "Rua Men de Sá", Governador do Brasil. Também vi pelo caminho muitos nomes que usamos no Brasil.
Está sendo interessante essa experiência de está na terra dos que "colonizaram" nosso país. Como eles pude dizer da janela do avião: "nova terra - novo mundo", descobri Portugal!

quinta-feira, maio 26, 2005

É o que sobra para nós - o bagaço da laranja
Município de Anori realiza Festa da Laranja
O Forró e brega vão animar a 15ª Festa da laranja em Anori,município localizado a 195 quilômetros de Manaus. O evento começa amanhã, 27/05 e vai até sábado.
A festa contará com palestra sobre agroindústria da laranja, teatro sobre a lenda da laranja, Dança dos Citricultores, escolha da Rainha da Festa e ainda shows.
As bandas Louka Tentação, Essência e Rasga Calcinha vão tocar durante a festa. O principal show será do grupo amazonense OS ESPECIAIS.

quarta-feira, maio 25, 2005

Excelente texto do escritor Walcyr Monteiro sobre a lenda do guaraná, vale conferir.
A Lenda do Guaraná não escapa à regra e explica também a gênesis da nação Saterê-Mawé, índios que habitam o sudeste do Estado do Amazonas, mais precisamente o município de Maués. O lendário do guaraná, apesar de ser pouco difundido no Brasil, possui várias versões. Historiadores só passaram a mencioná-lo a partir do fim do século XIX, quando os poderes medicinais do fruto do guaraná ficaram conhecidos na comunidade científica e através do folclore apresentado em diversas cidades da Amazônia, particularmente em Maués, durante a Festa do Guaraná. Leia+

A importância do contraponto
"revolta" de Márcio e a revolta dos cabanos
Adital - Márcio Souza lançou em Belém, no final do mês passado, com patrocínio oficial do governo do Estado, o terceiro livro da tetralogia Crônicas do Grão-Pará e Rio Negro. O título, Revolta (Editora Record, 301 páginas), ficaria mais coerente se fosse algo como "O garanhão do Grão-Pará". Do início ao fim, Maurício Vilaça traça quase todas as personagens do romance, desde uma ninfeta de 13 anos, mas já prostituta experimentada, até pudica senhora integrante de uma associação de novas amazonas, uma precursora liga feminina que atuou no período dos "motins políticos" no Pará (1821-1835), que constitui o eixo da sagra do escritor amazonense. O romance termina como alguns daqueles filmes sangrentos, no qual o enredo se exaure no matadouro geral. Quase não havia mais mulher para o apetite voraz (e sempre eficiente) do jovem comerciante.
Lúcio Flávio Pinto - Jornalista

terça-feira, maio 24, 2005

Malas arrumadas, vamos para Portugal.

segunda-feira, maio 23, 2005

Notícia do Boletim da Prelazia - Maio
Projeto Telecentro da Petrobrás
No Centro Juvenil São Geraldo já foram escolhidos dois agentes para coordenar o curso do Telecentro. Os mesmo viajaram para Brasília para participarem do Curso de Capacitação, em breve será realizada uma Assembléia para formar o Conselho que irá ajudar na coordenação do Telecentro. Ainda não há data para começar o Curso de Informática, pois será preciso fazer algumas reformas para instalação dos computadores.
Obs. É nesse tipo de invetimento que deve ser investido o dinheiro da Petrobras, nas pessoas, o maior patrimônio de Coari.

Quem entender... explique a quem não entender

Até que enfim o Blogger Coari tirou a cabeça do chão, bom para todos!
A instalação da Petrobras em Coari, cidade a 336 km de Manaus, transformou a riqueza do município do interior da Amazônia. A estatal, que extrai petróleo na região, fez subir o salário médio da cidade para R$ 2.635,65, a quinta maior média do Brasil. Mas, ao mesmo tempo que levou riqueza, ampliou a desigualdade. Enquanto 9,14% dos trabalhadores formais ganham mais de R$ 10 mil, 66% deles têm rendimento mensal de até R$ 500. O salário médio é puxada por contracheques da Petrobras. O Jornal do Terra apurou com base na Relação Anual das Informações Sociais de 2003 (Rais) que 294 trabalhadores - entre eles, engenheiros, geólogos e técnicos em mineração - ganham mais de R$ 10 mil por mês.

Desmatamento generalizado
Esse foi o tema da semana em todos os jornais do mundo, principalmente no que diz respeito a Amazônia. É um ponto a menos para o PT na comunidade internacional. Parece que só vamos correr atrás do prejuízo quando o estrago estiver grande!
Queimadas e desmatamentos estão ocorrendo em todas as regiões do Brasil, e não apenas nas fronteiras agrícolas. A conclusão está no primeiro levantamento ambiental, em nível de municípios, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo traz também informações relevantes sobre contaminação do solo, recursos hídricos e associação destes e de outros problemas com a qualidade de vida da população.

Vale a pena trazer aqui esse post do Querido Leitor
Corrupção
Corromper vem do latim corrumpere, cor+rumper. E é isso o que o excesso de poder e dinheiro fazem, rompem, esgarçam a moral da pessoa. A tentação de ser sobre-humano, de ter mais do que todo mundo, de poder tudo sem limites, de ter o mundo a seus pés dizendo 'sim,senhor' desmancha o tecido ético, corrói a estrutura da maioria das pessoas. Claro, para alguns é mais fácil, a barreira já está rompida há tempos. Para outros demora mais. Mas poucos cedem à tentação tendo a oportunidade. O que fazer então? Aceitar a corrupção e o 'tudo por dinheiro'? Não. Acho que tem jeito, e é esse que tomamos aqui, como povo. Se o poder corrompe quem está lá porque a tentação é grande, então, quem está aqui, longe do poder, tem mesmo que vigiar para evitar a corrupção.

Se a corrução é uma tentação, devemos tratar o corrupto como se trata um viciado. Votar em corrupto é embriagar o alcoólatra. E embebedar o país.

sexta-feira, maio 20, 2005

Infância Perdida
Era domingo estava em casa meio sem fazer nada, quando o telefone tocou, um grupo de amigos me convidando para ir ao arraial de Sant'Ana. Julho em Coari é assim, novena e arraial da padroeira. E eu, ali de férias, meio sem fazer nada, disse: não tem outra opção? Veio uma nova proposta: praça do Itamarati; vamos lá.
Cheguei primeiro que o grupo. A praça quasse vazia, sentei em um dos lanches (bar), pedi uma cerveja e fui bebendo devagar. O moço do bar, sem ter o que fazer, veio chegando, sentou sem pedir liçença. Perguntou se eu era novo na cidade, respondi que sim. Ficou querendo puxar assunto, fiquei na minha. Tendo passado alguns minutos, apontando para uma casa disse:
- aquela é a "casa das sete mulheres"
perguntei
- e o que isso significa?
- ali tem uma meninas... se quiser chamo uma para você?
Querendo explodir de rir, não disse que sim, nem que não. O coitado ficou meio sem jeito percebendo que tinha me desconcertado!
O silêncio continuou... passados alguns minutos, chegou minha turma.
* * * * *
Num outro dia, fim de tarde, peguei minha máquina fotográfica e fui lá para praça central. Sentei perto da "casa de material de construção do Said", minha intenção era fazer fotos do fim de tarde no lago. A paisagem estava linda, o lago exibindo beleza.
Abri a bolsa onde estava a máquina e comecei a fotografar. Logo chegaram duas meninas de mais ou menos 12 ou 13 anos, vieram para meu lado pensando que fosse turista, uma vez que estava com aquele tipo de material e ser novo por ali.
A conversa delas era clara, direta, queriam se vender, e barato. Tive pena, que outro sentimento poderia ter?
* * * * *
Agora leio uma notícia sobre prostituição, prostituição infantil no Brasil. Essas cenas coarienses vieram como um filme...
O problema atinge principalmente municípios pobres e pequenos. De acordo com o estudo da UnB, 74% dos municípios que aparecem na lista registram a prática do crime têm população entre 5 mil e 100 mil habitantes.
Dos 930 municípios brasileiros incluídos na lista, mais de um terço (31,8%) fica na região Nordeste, a mais pobre do país. Em seguida, vem a região Sudeste 25,7%, o Sul com 17,3%, Centro Oeste, 13,6%, e o Norte onde estão 11,6% dos municípios.
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quinta-feira, maio 19, 2005

Os Novos Cabanos

Passeata contra violência
Estudantes de escolas públicas e representantes do Fórum Municipal e Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e o Adolescente chamaram a atenção dos populares do centro comercial de Belém com uma caminhada ontem de manhã pelas ruas em combate ao abuso e à exploração sexual de jovens e crianças. Programas vinculados a secretarias executivas do município e do Estado que promovem ações voltadas para as vítimas da violência sexual estiveram presentes no ato (PróPaz Integrado, Jepiara, Sentinela) para reforçar o apelo. Leia+

Durante os últimos 500 anos a cultura amazônica é tratada com preconceito, como vida de segunda categoria. Nós amazônidas temos muita culpa em tudo isso, quantas vezes denominamos o que somos no pejorativo dizendo que é coisa de índio, coisa de caboclo?
Só quando reconhecermos o que somos é que iremos dar o verdadeiro valor a nós e ao nosso mundo. Uma das pessoas que tem feito de sua vida uma reconstrução do mundo cultural amazônico é Márcio Souza, autor de Mad Maria e tantas outras obras que resgatam a riqueza cultural da nossa terra.
Agora ele vem nos mostrar através da arte do palco uma de suas obras primas: Dessana Dessana, sobre o mundo mitológico dos índios Dessana. Imperdível!

quarta-feira, maio 18, 2005

Um mar de lama

A situação em Rondônia anda complicada e cada vez se complica mais. Os senhores deputados daquele estado, escolhidos e pagos pelo povo; estão achando que ganham pouco. Primeiro negociaram com o PT a construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho, em troca eles apoiarão a candidatura de Lula a presidente.
Acontece que esse é um projeto a médio e longo prazo. Enquanto o dinheiro dos coarienses não chega até o bolso dos senhores deputados, eles tomaram a iniciativa de ir pedir ao governador, querem dinheiro e o mais rápido possível... foi aí que se complicaram.
Tirem suas conclusões:
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Parece que alguma coisa começa a mudar!

É o que sobra para nós!
A Petrobras já anunciou que as empresas que prestam serviços à ela, irão começar a contratar trabalhadores para trabalharem na construção do gasoduto Coari-Manaus. O governo por seu lado, juntamente com diversos órgãos de sua estrutura está propagando nos quatro cantos da terra o "trabalho de preparação a esses trabalhadores" para as empresas prestadoras de serviços a Petrobras. Depois de bem preparados vejamos os serviços que sobram para nós:
"De acordo com o Consórcio de Empresas, as primeiras ocupações a serem preenchidas são de ajudante de obras, barqueiros, cozinheiros, camareiras, eletricistas, encanadores, motoristas e pedreiros e a prioridade será dada para os formados pelas ações do Governo do Amazonas. “A prioridade é o homem do interior".
É o que temos, é como podemos dar nossa parcela de colabaroção na construção dessa obra... aliás, esse é o único modo de sermos incluídos. A esperança seria o futuro. "Se" o dinheiro dos royalties fossem investido em educação de base, bom salário e boa formação dos professores para que no futuro os coarienses pudessem entrar na universidade em cursos que depois de formados tivessem condições de assumir funções significativas, onde ganhariam melhor e assim, ter uma qualidade de vida melhorada!

Nem tudo para a Petrobras são só flores... e nem todo lugar do mundo é igual a Coari!
O presidente boliviano, Carlos Mesa, decidiu não vetar nem sancionar a Lei dos Hidrocarbonetos --que propõe um aumento da tributação sobre a exploração de gás--, abrindo caminho para a promulgação do projeto aprovado pelo Congresso há 11 dias.
A Petrobras, que passou a operar na Bolívia em 1996 e é atualmente a maior empresa do país, com investimentos de US$ 1,5 bilhão, será prejudicada com a nova lei.
Os investimentos em exploração e produção incluem a participação em cinco blocos em terra (San Alberto, San Antonio, Monteagudo, Ingre e Rio Hondo).
Nos campos de San Alberto e San Antonio foram descobertas as maiores reservas de gás natural do país. A empresa tem 35% de participação, junto com a Andina (50%) e a Total FinaElf (15%).
Na última sexta-feira, uma banana de dinamite explodiu no estacionamento da Petrobras em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, sem deixar feridos. Leia+

terça-feira, maio 17, 2005

Uma Coariense em Paris
Maria Creuza de Souza
A escritora amazonense Maria Creuza de Souza vive na França ha quase vinte anos. Sua obra de ficção é inspirada na tradição oral, nos contos e lendas dos povos da floresta amazônica.
Oficialmente, Maria Creuza de Souza tem 54 anos mas ela afirma ser dois anos mais nova. Como era costume na sua juventude num vilarejo às margens do rio Amazonas, sua idade foi aumentada para que ela pudesse se casar. Maria Creuza nasceu na ilha de Botija, que fica a três dias de barco rio acima de Manaus, numa família mista e numerosa. O pai caboclo era viúvo e tinha três filhos quando se casou com a mãe, também viúva e com sete filhos. Do novo casamento, nasceram mais três filhos. A ilha da Botija pertencia ao avô materno de Maria Creuza, de origem européia. Ele emigrou para o Brasil na virada do século vinte. Foi primeiro para o Ceará, onde conheceu a mulher também de origem européia, antes de se instalar na Amazônia na época do ciclo da borracha. Maria Creuza desconhece a origem exata dos avós maternos mas reivindica ser fruto dessa mestiçagem cabocla/nordestina/européia que ajudou a colonizar as regiões ribeirinhas do Amazonas.
Um imaginário formado pela mistura da cultura cabocla e européia.

Aos seis anos, Maria Creuza se mudou com a família para a cidade vizinha de Coari, onde passou sua infância e adolescência embalada pelos contos tradicionais e lendas orais da Amazônia. Estórias encantadas do boto, da cobra grande, jibóias e outros animais estranhos, da Mãe d'água, Mãe do mato, Curupira que ela ouvia ao mesmo tempo que fábulas de La Fontaine e romances europeus sobre príncipes e princesas de reinos longínquos, orientais, desconhecidos e irreais que eram contados pela mãe. «As estórias de um mundo tão próximo, misturadas às outras de um mundo impalpável, aumentaram meu horizonte imaginário», gosta de repetir Maria Creuza. Suas duas vocações : professora de letras e escritora, revelam a busca de um denominador comum entre essas duas culturas. Maria Creuza é a única de todos os seus irmãos a ter feito um curso superior. Ela é formada em Letras Modernas, pela Universidade de Manaus, cidade para onde se mudou e viveu até 1986, quando veio para a França. Ela dava aulas de francês na capital amazonense quando recebeu uma bolsa de estudos para fazer uma especialização pedagógica de um ano em Sèvres, subúrbio parisiense. Leia+

Estrada será construída em pleno coração da floresta amazônica equatoriana e enfrenta a oposição dos índios Huaorani e de cientistas e entidades ambientalistas do mundo todo.
A Petrobras deu início às obras de construção da estrada no Parque Nacional Yasuní, no Equador. A rodovia dará acesso ao Bloco 31, área concedida à Petrobras para exploração de petróleo e território ancestral dos índios Huaorani. O Bloco 31 também é uma das áreas mais preservadas do Parque, que foi nomeado Reserva da Biosfera pela Unesco. O projeto de exploração também previa a construção de um porto no rio Napo, que foi concluído recentemente. A empresa brasileira agora dá prosseguimento à construção da estrada de 36 km que já avança cerca de 500 metros na floresta.
Leia +

Enquete
O Jornal Acritica está realizando uma enquete para saber sobre a riqueza da cidade... Participe!
Segundo o IBGE, Manaus é a quarta cidade mais rica do País. Você acredita que essa riqueza está bem distribuída ?
Veja o resultado.
Usuários têm rotina de risco na Manaus Moderna. Para onde vai todo esse dinheiro que não serve para cuidar da segurança dos moradores da cidade?

segunda-feira, maio 16, 2005

Enquanto isso no Iraque!

Esses dias recebi o jornalzinho da Paróquia Nossa Senhora das Graças de Codajás. Este é o segundo número, simples, mas, muito bem feito. Na sua produção conta com um coariense que está morando na terra do açaí. Repasso seu excelente artigo, feito para a passagem do aniversário da cidade:
A Musa do Solimões
Um sonho que foi apagado pelo tempo, que agora são apenas lembranças para um povo pobre e sem esperança, que olha o presente sem perspectiva de ter um futuro promissor. Essa é a Musa do Solimões, que tantas vezes elogiada pelos seus poetas pessoas que fizeram história. A cidade de Codajás que no dia 31 de março completou 67 anos de sua emancipação política, deveria ter algo para comemorar. O povo deveria ter pelos menos um bolo para dividir suas fatias, mais nem isso é possível porque simplesmente tiraram os ingredientes para fazer o bolo dos aniversariantes.
A cidade que parecia ter um futuro brilhante, o povo que sonhava com uma cidade de progresso, agora só os resta conformar com a cidade que se apresenta diante de seus olhos. Poderíamos até comemorar o seu aniversário se o povo fosse pelo menos tratado com dignidade e respeito, se tivéssemos um sistema educacional de qualidade e os seus professores recebessem salários justos como merecem. Poderíamos até comemorar se os funcionários públicos não fossem ameaçados nos seus empregos, quando tentam lutar por bons salários e melhores condições de vida.
A cidade de Codajás nos últimos anos fez o que nenhuma outra conseguiu fazer, “regredir”. Com um dos piores índices de desemprego, com uma população cada vez mais pobre e um aumento de prostituição infantil que cresce cada vez mais. A pergunta que se faz é: vale a pena comemorar? Quando pessoas passam fome, quando existem pais de família desempregado, professores maus remunerados adolescentes se prostituindo, ruas cheias de buracos e um sistema de saúde precário. Eis a musa do Solimões!!
Jacson Felizardo
Parabéns Jacson e continue escrevendo e firme!

Ontem foi a festa de Pentecoste, ultimamente definida como "Festa do nascimento da Igreja Católica", com ela terminou o tempo litúrgico da Páscoa.
Também o Coaripolis teve suas mudanças. O post lateral pascoa coariense ganhou autonomia e se manterá como uma forma de mostrar a história recente de Coari, nele foi incorporado a reportagem do Jornal Acritica que está no Acorda Coari. Este novo blog, substituiu o Damas da Câmara. O Damas da Câmara foi o post e blog mais polêmico do Coaripolis. Rendeu umas centenas de acessos tanto aqui, como para o Acorda Coari, que o reproduziu. Infelizmente não tinha o contador instalado no blog aqueles dias.
O sistema de comentários também foi mudado, ele é feito através de contatos. Infelizmente tive que tirar a modalidade direta de comentários, uma vez que os comentários estavam fugindo, tanto aos assuntos dos posts como do blog. Penso em trazê-lo de volta no futuro e vamos ver o que acontecerá!

O Querido Leitor publicou o post Rondônia para falar do nível de corrupção dos deputados daquele estado:
"
Vai ser bom para o Brasil todos nós, o povo, dermos uma trégua no interesse exclusivo pelas celebridades e voltarmos nossos olhares para os problemas de corrupção do país. Essa reportagem de Rondônia é um bom exemplo da necessária urgência. Imagine, dez deputados pressionando um governador pedindo 50 mil reais por mes para cada um para 'garantir a governabilidade'. E uma deputada, exibida na reportagem, pedindo propina e dizendo que isso 'é de praxe'.
Tem jeito de zerar tudo e redescobrir o Brasil?
"
Ps: são esses mesmos deputados que negociaram com o PT, seu apoio político na eleição da campanha eleitoral para presidente da república do próximo ano pela construção do Gasoduto Urucu - Porto Velho.
Cada vez mais fica claro o que eles querem do Urucu!

domingo, maio 15, 2005

Porta Portese
Um dos programas dominicais de Roma é a Porta Portese, uma feira antiga que vende de tudo. Esse domingo andei por lá, entrei pela parte onde estão as coisas novas e de modo particular roupas, de todas as marcas e preços, falsificadas. Tudo parece muito original, contrabando da China


Chegando ao final, voltei pela parte antiga da feira, onde fiz estas fotos. O local é uma verdadeira babel de mil línguas. Gente de vários lugares do mundo, uns vendendo, outros comprando. Bom lugar para comprar barato, ver curiosidade e de quebra passear!

sábado, maio 14, 2005

Boas notícias
As notícias estão a nosso favor. O Governo Federal preocupado com a questão energética do país tem investido tempo e dinheiro na Amazônia, nela está a maior riqueza do Brasil. Para isso não está medindo esforços de fazer conchaves, até contraditórios a política do PT. Nesse semana se encontrou com o governador Eduardo Braga. Juntos estão somando forças para a grande batalha pela Pátria e para se reelegerem.
O fruto desse encontro foi a declaração de Eduardo Braga pedindo pressa para a construção do gasoduto Coari-Manaus, não disse isso atoa, já sábia da notícia que saiu hoje no Jornal Acritica: O governo federal está "preocupado" com o avanço do consumo de gás natural veicular (GNV) no País, as atuais reseservas de gás não respondem ao consumo do mercado. Nesse caso nada melhor do que apressar a chegada do gás coariense na capital do Estado. Isso é bom, muito bom.
Mais dinheiro para a Petrobras, que já lucra R$ 5 bilhões no 1º trimestre, mais dinheiro para Coari, mais dinheiro para o Estado do Amazonas e para o Brasil. Infelizmente muito desse dinheiro será gasto nas campanhas eleitorais do governador do Estado e do Presidente Lula... e ainda outro tanto, nem Deus sabe para onde irá!

sexta-feira, maio 13, 2005

Campanha Eleitoral

Eduardo Braga afirma: construção do gasoduto na Amazônia deve ser abordada, com urgência. Se lermos bem esta notícia vamos perceber qual a urgência do governador na construção dessa obra... o próximo ano, é ano eleitoral... e ele precisa de dinheiro para fazer sua campanha! Quando é um hospital ou uma escola... ou se fosse a biblioteca de Coari... claro, construir hospitais, escolas ou bibliotecas não geram dinheiro para campanhas eleitorais!

A lição dos Tupinambás

O Festival Folclórico de Parintins está ensinando muito aos parintinenses, acima de tudo saber que o Boi não é só barunho. Que é preciso saber de história e de cultura. E uma coisa é certa quanto mais sabemos da nossa história e da nossa cultura mais vamos tentar preservar essas áreas de nossas vidas, seja no nível pessoal como no nível coletivo.

Estudantes de história lutam pela preservação de prédios, notícia do Acritica de hoje. Essa é uma das funções do curso de história: ensinar quem nesse curso estuda a valorizar a história local; e isso se aprende, conhecendo o conceito de história, as teorias da história, o valor da fazer história e compreender como a história acontece no presente.

Em muitos cursos de história, o aluno tem que "decorar" a história do mundo, do império Romano, do Brasil, mas não sabe a história do seu município e nem sabe como a história está se dando com ele, ali, agora, no presente!

É por isso que a casa mais histórica de Coari, pode cair. Ela não significa nada para os alunos de história, nem para os professores e não dar votos!

Segue o texto do Jornal Acritica:

"Dos prédios históricos existentes na sede de Parintins, apenas a igreja da padroeira Nossa Senhora do Carmo, com 47 anos de fundação, localizada no marco que divide a cidade ao meio, no Centro, tem tombamento homologado, segundo pesquisa levantada pelos estudantes do oitavo período de História da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
E a imponente Catedral, o monumento que expressa a fé do povo parintinense, é bem mais nova, se comparado ao prédio da antiga Cadeia Pública, que foi demolida, há duas semanas, pela Prefeitura, cujo espaço servirá para a construção de bares e de um restaurante.
“Os demais prédios, à exceção do da Catedral, não possuem tombamento histórico. Então, é necessário despertar as novas gerações, o interesse pela preservação da memória coletiva de Parintins”, disse a acadêmica do curso Tereza Rocha, que participou do protesto dos estudantes contra a derrubada da antiga edificação
".

Será que iremos esperar que o sobrado caia para fazermos como os parintinenses? Fazer protesto depois do leite derramado não vai adiantar muito!

Como faz falta conhecermos a nossa história. Porque quanto mais se conhece, mais se ama e quem ama, cuida!

quinta-feira, maio 12, 2005

Escravidão... até quando?



Por muitos anos no Brasil se praticou a escravidão. Nossos irmãos negros vindos da Mãe África eram submetidos a trabalhos forçados, desumano. Quem não fizesse o que lhe era mandado fazer; sofria os piores castigos, castração, dentes destruídos a marteladas, olhos furados, queimaduras por ferro em brasa. Alguns eram até emparedados, atirados, às caldeiradas ou passados em moendas. Às negras que não queriam parir, amputavam-se-lhes os seios, ou recebiam coices na barriga. Às vezes, passavam mel em seus corpos, pendurando-os em árvores, deixando-os expostos aos mosquitos e às formigas. Como ditava a lei, o escravo não se distinguia de um animal.
Em 13 de maio de 1888 o Brasil aboliu a escravidão. Na verdade quem era escravo continuou escravo. Ser humano sem casa, terra, trabalho, educação e nem um outro tipo de patrimônio, negro e pobre, o que poderia ser? Escravo... o que mudou foi a forma. Empregados em engenhos e fazendas, ganhando salários de misérias, voltavam a ser escravos dos seus patrões.
A história da Escravidão na Amazônia teve começo no século XVI com a chegada dos Europeus e não se sabe quando terá fim. Os índios, primeiros habitantes da floresta tinham transformado o seu ambiente de vida em paraíso e nele tinham se adaptado, o trabalho era para o necessário e não para o acúmulo; o mais importante era o bem estar, a arte, a dança, a beleza; o viver em plenitude. Tudo acabou com a chegada da 'Espada e da Cruz'.
No final do século XIX, nordestinos foram para os locais mais distantes da Amazônia, que viveram na floresta o inverno verde. Longe de qualquer aparente "civilização", eram escravos antes de chegar aos seringais e por mais que trabalhassem, nunca conseguiam saldar o que deviam. Qualquer sinal de fuga ou organização eram coargidos com métodos cruéis: tiras da costa, surra com banho de sal, amarrar em troncos e soltar nos rios, desovar e até atear fogo. Foram décadas de escravidão.
Esses dias somos surpreendidos com a notícia de que o foco da exploração de mão-de-obra escrava no Brasil está no arco de desenvolvimento econômico da Amazônia. E isso é novidade? Alguma vez já fomos livres? Se levarmos em conta que na Amazônia as maiores empregadoras são as prefeituras, como pensar em liberdade quando não podemos pensar diferente? Como pensar em liberdade quando não podemos expressar o que pensamos?
Liberdade se conquista e ainda pagaremos um preço muito alto até que conquistemos a liberdade na Amazônia!

Rica Manaus... Pobre Manaus!

Uma situação um tanto injusta. Enquanto Manaus é considerada a quarta cidade mais rica do país, de acordo com dados divulgados esta semana pelo IBGE, a realidade da maior parte da população é a pobreza.
A miséria está por todos os lados, mas principalmente no bairro Puraquequara, apontado como o mais pobre da capital do Amazonas.
O contraste social é visível. De um lado belas casas, com vista para o encontro das águas. Do outro casebres, onde os moradores mal têm um colchão ou uma rede para o descanso.
As crianças encontradas pela reportagem, mesmo tão pequenas mostram no olhar a condição de quem vive em situação de extrema pobreza. Uma pesquisa do IBGE apontou o Puraquequara como o bairro consolidado mais pobre de Manaus. A renda média mensal das famílias é de R$ 284, uma realidade difícil de se compreender, já que a capital do Amazonas foi considerada a quarta mais rica do país ou com o maior produto interno bruto.
É fácil observar que apesar da riqueza, a má distribuição de renda em Manaus revela um grave problema social. Um cenário onde os pobres ficam cada vez mais pobres.
Rica Coari... Pobre Coari...
A mesma coisa acontece em Coari. Enquanto o Fotolog Turma de Coari reproduz uma reportagem do Jornal Acritica dizendo que Coari é o município mais rico do país o Deputado Risonildo Almeida (PSL) não entende o porque de tanta pobreza!

quarta-feira, maio 11, 2005

Estamos quase no fim da Páscoa e como post final desse tempo fica a “Carta de D. Gutemberg” sobre o que aconteceu em Coari no dia 26 de março:
“A celebração da Páscoa é um hino a Vida. Mas hoje quero pedir a oração de vocês pela situação de morte acontecendo em nossa cidade.
A Páscoa da Ressurreição de Cristo é Alegria, pela vida nova que Cristo nos dá. Mas hoje estou triste e a cidade de Coari deveria está chorando com o confronto que está acontecendo entre um grande número de pessoas e a polícia do Estado do Amazonas aqui na periferia de nossa cidade. A ironia é tão imensa quanto a vastidão amazônica. Nesse mundão de terras sem gente, há briga por causa dum pedaço de chão. Será que já globalizaram a guerra como “produto” para ser chique...
No final da Campanha da Fraternidade pela Paz, testemunhamos uma violência em Coari praticada por ambos os lados em conflito. Após tantos dias de apelos por solidariedade como instrumentos da Paz, presenciamos uma demonstração de força, que vira espiral de múltipla violência.
A Igreja sofre com estes acontecimentos. A situação da Igreja é a situação do povo. A Igreja não se cala, quando as pessoas humanas, criando uma Babel, ficam carentes de Paz e Solidariedade.
“Bem aventurados os que promovem a Paz”
Não promove a paz a ausência de autoridades importantes na cidade nesta ocasião.
Não promove a paz a teimosia de muitos, em querer resolver injustiças sociais pela força; em se aproveitar da pobreza para ganhar dinheiro ou poder.
Não promove a paz, a violência das armas, da tortura física, psicológica ou política.
Não promove a paz, a perseguição política, econômica ou moral.
Não promovem a paz, a comercialização de drogas.
Felizes os que promovem a paz; eles serão chamados filhos de Deus Mt 5,9)
Apoio e encorajo as pessoas de boa vontade que estão procurando salvar vidas e promover a paz, conseguindo uma trégua para negociações jurídicas do conflito.
Acredito que esta é situação para ser tratada por advogados competentes e éticos.
Acredito que todos os acontecimentos precisam ser documentados para que a “Verdade nos torne livres” (Jô 8,32).
Em nome de Deus, digo que chega de briga. Chega de violência. Chega de brutalidade. A violência é cruz que mata jovens, destrói família e promove a dizimação sem piedade.
Queremos a paz justa com dignidade!
Vamos rezar na certeza que o Cristo Ressuscitado pode nos ajudar e ajudar a população coariense e suas autoridades a encontrar o entendimento e a paz”.

Essa é uma foto-montagem de Manhattan em 1609; imagine como é hoje! A partir dela podemos pensar como será a Amazônia em 2500 se continuarmos a destruir no ritmo que estamos destruindo.

Pesquisas... Esse é o caminho!

Piranhas unidas jamais serão vencidas
Ao contrário do que muitos filmes de terror mostram, as piranhas não se organizam em grandes cardumes para devorar as pobres vítimas que encontram pela frente. Pelo contrário, esse agrupamento se dá em busca de proteção contra seus predadores, como mostram experimentos realizados na reserva de Mamirauá, no estado do Amazonas.
Apesar da fama de carnívoras e assassinas, as piranhas se alimentam principalmente de material de origem vegetal. Pequenos invertebrados, insetos e pedaços de animais mortos são apenas uma parcela minoritária de sua dieta, que raramente inclui a ingestão de peixes pequenos. "Isto indica que esses animais são onívoros generalistas, e não carnívoros obrigatórios", afirma o zoólogo Helder Queiroz, pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e um dos autores do estudo. No entanto, as piranhas são presas de animais como biguás (pássaros mergulhadores), botos, jacarés e peixes maiores, como o pirarucu.
Leia+

Bemol online
Não é atoa que a Bemol é a principal loja de departamento genuinamene amazônica. Seu site muito bem feito, tem uma sessão de livros e melhor ainda, uma sessão totalmente amazônia. Para quem quer entender esse mundo do paraíso e do inferno verde já é um bom começo. Entre no site, vá até departamentos, escolha livros e aí temas amazônicos... e boa leitura!

terça-feira, maio 10, 2005

Uma parceria do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Estado do Amazonas criou verdadeiras máquinas de fazer votos. São os dois barcos que levam vários tipos de serviços à população ribeirinha. A idéia deu tão certo que até o fim do ano os governos Estadual e federal vão jogar mais dois barcos nas águas do Amazonas.
Fazer campanha eleitoral com o dinheiro público, com o nosso dinheiro... é empurrar bebo em ladeira. O pior de tudo isso é que tudo isso o "PT" condenava!

Excelente o testemunho de vida do arquiteto Severiano Mário Porto no Jornal Acritica, onde fala da importância de assumir nossa identidade Amazônica.

Passo aqui no blog um excelente texto, resultado de um simpósio sobre a Amazônia que aconteceu esses dias em Belém.
AMAZÔNIA QUE TEMOS! AMAZÔNIA QUE QUEREMOS!

A Amazônia para muitos ainda encerra o mito da terra liberta, sem males, pacifica e não subordinada à lógica capitalista e às regras econômicas liberais. O Brasil e o mundo, a não ser em curtos períodos históricos, como o ciclo da borracha, caminharam ignorando a existência da Amazônia.
A Amazônia que temos é fruto do modelo de desenvolvimento alheio aos interesses do povo da região. Sua inserção à economia sempre ocorreu em condições de subordinação e exploração. Os Planos de Desenvolvimento jamais consideraram a preservação dos recursos naturais e as tradições culturais dos povos da região. O processo de ocupação e exploração dilacerou a natureza e o homem amazônidas. Os grupos políticos e econômicos que criaram enclaves de desenvolvimento taparam os olhos diante dos vergonhosos enclaves de pobreza que proliferaram em sua volta.
A Amazônia que temos é de muitos rostos. A diversidade cultural, as sociabilidades construídas vão desde a beira dos rios e o meio da floresta até aos centros e conglomerados de espigões das suas metrópoles.
A Amazônia que temos não abandonou as práticas da histórica formação do espaço brasileiro. Somente nos Estados do Pará e Amazonas 58 milhões de hectares de terra são oriundas da grilagem. O desmatamento atinge patamares nunca monitorados pelos satélites, colocando municípios paraenses na liderança como é o caso de São Félix do Xingu, líder em desmatamento no Brasil, de trabalho escravo, de violência e de conflitos no campo.
A Amazônia que temos não abandonou as práticas coronelistas. No Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, 80% das terras estão concentradas nas mãos de poucas pessoas da velha oligarquia rural. Trabalho escravo, pirataria nas águas, superexploração do trabalho são realidades entre o povo marajoara. As condições de vida são precárias. Crianças morrem de fome em uma região tão rica em recursos naturais.
A Amazônia que temos tornou-se tristemente famosa pela violência, impunidade e os conflitos no campo e na cidade. Dos 772 assassinatos de trabalhadores rurais das últimas três décadas, em apenas três casos os mandantes dos crimes foram julgados: um deles cumpre a sentença em prisão domiciliar, os condenados de outros aguardam julgamento de recursos em liberdade.
A Amazônia que temos é manchada com o sangue de seus mártires. O assassinato da Irmã Dorothy Stang em 12 de fevereiro de 2005 chocou o Brasil e o mundo. A Irmã de 73 anos, 40 deles dedicado ao Brasil e à Amazônia, morreu porque defendia um paradigma de desenvolvimento baseado nas condições de vida e tradições culturais. Derramou seu sangue ao defender camponeses e os recursos da floresta.
A Amazônia que temos, com toda a sua riqueza também se esgota. A Amazônia Oriental é a região mais agredida pela exploração madeireira, pela pecuária, pela soja, pela mineração e pelo uso dos recursos hídricos.
A Amazônia que temos, saqueada e devastada, teve como principal agente impulsionador o Estado Brasileiro. O povo amazônida não é consultado. O Estado permite que as políticas neoliberais e capitalistas explorem todas as riquezas da região.
O povo da Amazônia sempre resistiu. A rapina ocorreu à custa de muitos confrontos das comunidades tradicionais, (ribeirinhos, povos indígenas, pescadores, extrativistas), do campesinato, do movimento social urbano.
A Amazônia que queremos deve preservar a história da resistência negra, cabocla e indígena, que coloca a pessoa humana e o mundo criado por Deus como centro e sujeito do desenvolvimento.
A Amazônia que queremos respeita os territórios indígenas e quilombolas e exige a democratização da terra e dos espaços urbanos.
A Amazônia que queremos gera emprego, disponibiliza moradia, zela pela educação, saúde e condições dignas de sobrevivência para todos os seus filhos e filhas.
Queremos uma Amazônia que seja verdadeiramente lar para seus povos!

segunda-feira, maio 09, 2005

Projeto Coari da Ufam é reconhecido como destaque nacional.
O objetivo do Projeto Coari é contribuir para o desenvolvimento das comunidades na região melhorando a saúde, a educação e a produção de alimentos. Para atingir as comunidades mais afastadas, foi construído o barco Mr. Kellog, que sai de Manaus e chega até as comunidades com medicamentos, assistência médica e educação.
Esse é o caminho!

Guaraná e açaí, duas das maiores potencialidades regionais do Amazonas, são destaque na Natural Tech - Feira Internacional de Produtos Naturais e Medicina Complementar.

sexta-feira, maio 06, 2005

Lá vem cobrança!
Átila leva reclamação dos prefeitos ao ministro Jucá
A reclamação dos prefeitos do Amazonas sobre a forma de cobrança das dívidas dos municípios com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chegou ao Ministério da Previdência Social.

IBGE 'tira' pedaço do Amazonas, que vai à Justiça
http://www.estado.com.br/
Para Estado, instituto se precipitou ao "doar" em mapas 1,18 milhão de km2 ao Acre
O governo do Amazonas entra com ação contra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima semana contra a decisão de mudança nos limites do território do Amazonas, que transferiu 1.184 quilômetros quadrados (quase duas vezes o tamanho de Ribeirão Preto) de sua área ao Acre. A Procuradoria-Geral do Estado entende que o IBGE se precipitou ao "doar" em mapas a área ao Acre enquanto está pendente no Supremo Tribunal Federal (STF), a disputa de território entre os dois Estados e Rondônia. "O Estado vai entrar com ação aliado aos dois municípios que mais perderam território, segundo os mapas do IBGE, Envira e Guajará", explicou o procurador Rui Marcelo Mendonça.

Novos Povos

Uma operação realizada pela 2ª Gerência do Ibama e Funai para detectar derrubadas ilegais e invasores de terras no Parque Nacional do Pacaás Novos resultou em uma descoberta inusitada. Leia+

Essa vem do Malfazejo... que Mal!
E então minha pujante, quase européia Manaus, uma das nove ilhas de riqueza do Brasil, é a quarta cidade mais rica do país. Espoquem os morteiros, aumentem a fonte das manchetes dos jornais, vamos celebrar! A construção do gasoduto Coari-Manaus, conquista de dez entre dez políticos amazonenses (comunistas, pefelistas, petebistas e pessedebistas, todos papais do tubão da Mamãe Petrobras), fica para escanteio. Injustamente; foi a exploração do petróleo, em todas as cidades com o maior PIB per capita do Brasil, a responsável pelos resultados da pesquisa do IBGE. Já são refeitos os scripts das propagandas partidárias locais. Vem aí os "Graças ao trabalho incansável do deputado [de quem é a vez?], Manaus é a quarta cidade mais rica do país!" e os "Essa é mais uma conquista do deputado [Vamos, pessoal, a fila é grande!], que tanto lutou, em Brasília, pela aprovação do gasoduto Coari-Manaus!".
Em sua recente boa-ação pela calha do Rio Juruá, Eduardo Braga distribuiu energia, médicos e hospitais. Silas Câmara ali, do ladinho, no programa do PTB, segunda-feira. Os ribeirinhos, agradecidos, louvavam o governador e seus peixes-piloto pela bondade e misericórdia de ter lembrado daqueles rincões do mais absoluto Nada Amazônico.
Não quero soar ingrato, mas mesmo vendo toda essa riqueza que transborda de nossas ruas, favelas e invasões de terra, escolas, postos de saúde, nossa Santa Casa e nossos hospitais universitários maravilhosamente equipados, ainda acho que poderíamos estar mais bem servidos. A despeito de termos à frente apenas São Paulo, Rio e Brasília e sermos esse oásis tropical, cheio de oportunidades, empregos, benfeitorias públicas e segurança pública invejáveis, suspeito que há muito mais dinheiro, mas muito mesmo, entrando nos cofres do Amazonas. Tudo bem, temos tudo do bom e do melhor. Carros alemães pra todos, casas populares no Jardim das Américas, charutos cubanos, bolsas Luis-Vitton, canetas Mont Blanc e contratões com o governo. Mas poderíamos ir além. Poderíamos deixar paulistas, cariocas e brasilienses pra trás e disputar, de igual pra igual, com os xeques sauditas. Rhiad é o limite, irmãos arigós e cunhantãs do meu Amazonas!
Combinemos assim, amazonenses. Vamos todos espocar o Don Perignon e abrir as latas do mais nobre caviar Beluga. Vamos tirar os Bentleys das garagens, comprar nossos bilhetes de trem-bala ou do metrô de superfície (lembram?), acionar nossos pilotos particulares e vamos, todos os ricaços da ricaça Manaus, comemorar em Urucurituba ou em Santo Antônio do Içá. Mas lembremos de levar nossa equipe particular de médicos especialistas para o caso de uma emergência. Por aquelas bandas a saúde do povo é tamanha que não se precisa de médicos e professores, essas regalias supérfluas. Além disso, Mamãe Petrobras também manda, de vez em quando, médicos e professores em barcos-escola - e melhor, não só durante campanhas eleitorais.
Arremate da receita: tome todos os complexos e detalhados números da pesquisa do IBGE, adicione duas colheres de sopa de dedução, uma pitada de noz-moscada e um copo de transparência, e teremos um país miserável, com nove manchas de óleo e o letreiro BR, além de uma dinheirama pra cada vag... servidor público de Brasília. Não somos 26 estados e um Distrito Federal. Somos 9 filiais da Petrobras e um Ralo Federal.

E quem explica?
Deputado Risonildo Almeida (PSL) quer que alguém explique porque o Município de Coari é tão rico e a população é tão pobre?... Alguém se habilita a dar essa explicação?

O povo paraense no decorrer da história têm se mostrado verdadeiro descendente dos guerreiros que habitavam aquela terra e toda a Amazônia, e tiveram seu momento maior na Cabanagem. Hoje os Novos Cabanos descem novamente à praça para lutar por uma vida melhor.

Para comemorar o Dia das Mães o Portal Amazônia está prestando uma excelente homenagem. Um site bem regional e de excelente qualidade visual, o Mãe Cabocla. Dez!

Um velho ditado diz que: quem não cuida do que é seu, não merece o que têm. E isso pode acontecer com nosso país diante dos descuídos com seu maior patrimônio, a Amazônia. Leia e entenda.

quinta-feira, maio 05, 2005

Para não dizer que não falei das flores

O município de Coari está investindo na agroindústria e diversificação da produção rural para superar os danos causados pelo fungo sigatoka negra, que dizimou as plantações de banana na segunda metade dos anos 90, e praticamente extinguiu as atividades do setor no município, ancorado até então na monocultura.
Além de visar a iniciativa privada, a produção das commodities, com destaque para o milho, mandioca, cana-de-açúcar e cacau, o município conta com parcerias para a comercialização do excedente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Agência de Agronegócios do Amazonas (Agroamazon). Para transferência de tecnologia conta com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (Seplac).
O carro-chefe do programa é a produção de grãos, em especial o milho, que mereceu o investimento de R$ 3 milhões para prover os produtores rurais de tratores, implementos, debulhadores, secadores e sementes. O objetivo é ocupar o mercado aberto pela demanda de ração por parte dos produtores de avicultura de postura instalados em Manaus, calculado pela administração municipal em 50 mil toneladas/dia.
A implementação do projeto, oficializado no último domingo, e previsto para deslanchar ainda neste mês, vai gerar ocupação para as 3.000 pessoas que vivem nas 20 comunidades rurais do município.
A produção de farinha de mandioca também faz parte das ações da administração municipal, que para isso investiu R$ 60 mil na construção de uma unidade para beneficiamento do alimento, com capacidade de produzir uma tonelada por dia e processar cinco toneladas de raiz no mesmo espaço de tempo.
Localizada na comunidade do Saubinha, no km 15 da estrada Coari/Itapeuá e inaugurado oficialmente também no 1º de maio, o empreendimento dispõe de 60 hectares para plantio, mas a meta da secretaria é chegar a 88 hectares.
A produção de farinha vai gerar 180 empregos diretos e 360 indiretos no primeiro ano de atividade em 2005.

quarta-feira, maio 04, 2005

Hoje é quarta, dia de texto novo lá no Coaripolis Textos. Texto de hoje:
O sol nascia e parecia que naquele dia nascia mais devagar, como uma criança saindo do útero da mãe. A ‘menina do interior’ com a mão na água sentia toda frieza que a temperatura da manhã trazia. Era seu aniversário, 13 anos, havia uma dor no pé barriga, não sabia o que era, algo errado no seu corpo. Uma coisa tinha notado, desde que chegou na tábua de lavar, havia por ali por perto um grupo de botos, geralmente eles não vinham assim tão perto, mas hoje, estavam ali, estranho, pensou! Leia+

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Grosso e brabo
Na disputa pela vice-governança, o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e sua abarrotada mala preta, entrou na parada com a força da grana que ergue - e no seu caso, destrói - coisas belas. Com os royalties do gás e petróleo, ele sentou-se à mesa da negociação para falar grosso e brabo.
Qual é, jacaré?
Campeão nacional de acusações de falcatruas, roubalheiras e maracutaias - abra o portal do TCU e caia pra trás ! - Adail Pinheiro não passa em qualquer teste elementar de moralidade no trato da coisa pública e o árabe Omar Aziz já avisou: pra cima de muá vem devagar!

terça-feira, maio 03, 2005

Os novos destinos são: Manaus, Porto Velho, Tefé, Tabatinga, Barcelos, Coari, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Carauari, Eirunepé, Fonte Boa, São Paulo de Olivença, Humaitá e Santa Isabel do Rio Negro; que terão conexão em Manaus para todo território nacional.

Para onde está indo o dinheiro coariense!
Dos 5.560 municípios do país, 70 eram responsáveis por metade do PIB em 2002, o que representa 33,3% da população. A pesquisa mostra também que muitos municípios têm uma participação inexpressiva na produção de bens e serviços: 1.272 unidades administrativas autônomas somam apenas 1% do PIB, o equivalente a 3,7% da população.
Maior PIB
Os nove municípios que agregam 25% do PIB são: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Duque de Caxias (RJ), Curitiba (PR), Guarulhos (SP) e São José dos Campos (SP).
Em relação a 1999, início da série histórica da pesquisa, Manaus passou Belo Horizonte e foram incluídos na lista Guarulhos, Duque de Caxias e São José dos Campos. Segundo o IBGE, o crescimento da economia de Manaus foi resultado do recebimento de royalties pelo tráfego de gás natural do poço de Urucu. Leia+