Coaripolis

sexta-feira, julho 30, 2004

Baú Velho

“Nos dias 27 e 28 de outubro (de 1973) o Centro Cívico do Colégio Estadual de Tefé, recebeu a visita do Centro Cívico São Clemente da vizinha cidade de Coari. Houve jogos e festas, tudo num clima de amizade e esportividade”.
Fonte: Boletim da Prelazia de Tefé – No 05 – outubro de 1973.

Ega*

Ega era o nome de Tefé, antes de se tornar cidade, vila de Ega. A cidade de Tefé fica no Médio Solimões (516Km de Manaus em linha reata e a 663Km por via fluvial), à margem do lago de Tefé, cujas águas espelhadas refletem a vegetação, o céu, a paisagem, os grandes e pequenos barcos, ou alguém que sobre elas se debruce. A vida da cidade gira em torno do comércio ribeirinho: o porto está repleto de barcos de pequeno, médio e grande porte.
A cidade cresce em direção à beira do lago de Tefé, onde se nota a constante reconstrução de barracos de tipo palafita, residência típica de uma população em contato direto com o rio e o movimento de suas águas, caracterizado por inundações freqüentes de acordo com a intensidade das chuvas, as luas ou o fluxo diário das correntes.
As distinções étnicas estão relacionadas com as distinções sociais, verificando-se clivagem sócio-políticas. Uma minoria local exerce cargos técnicos ou políticos, ensina nas escolas, administra as grandes casas comerciais, etc. Outros que vieram de fora e não deixam de ser familiares à população são os mineiros, em geral técnicos do governo, estudantes e professores do Campus Avançado de Tefé da Universidade de Juiz de Fora, e mais recentemente, os pesquisadores do projeto Mamirauá.
* Esses dias estou em Tefé tentando aprender com o povo dessa cidade tão acolhedora

quinta-feira, julho 29, 2004

Coari para Todos

Em Coari nos dias 24, 25 e 26 de julho aconteceu o “Encontro dos Ribeirinh@s do Médio Solimões”, promovido pela CPT – Norte1, tendo como tema: ‘Meio Ambiente e Agricultura Rural e Sustentável’. Os participantes eram trabalhadores rurais, coordenadores e líderes das comunidades rurais, povos indígenas, agentes ambientais voluntários e órgãos do governo, de modo particular o IBAMA.
Muitos convidados, poucos participantes, porém o povo do interior estava bem representado, visto o tema, são os que mais precisam se organiza e correr atrás de situações que dizem respeito ao seu modo de viver ou melhor sua sobrevivência, no sentido literal do termo.
Participei da manhã do dia 24. O trabalho desta manhã, era em grupo, fazer uma avaliação da Preservação do Meio Ambiente e Agricultura Rural. Divididos os grupos, fiquei no grupo da Preservação do Meio Ambiente, que incluía lagos, igarapés e praias (quelônios). A maioria dos membros do meu grupo eram das comunidades que estão localizadas na ‘Costa do Jussara’, segundo eles, são ao todo 16 e sofrem de um problema comum, a ‘invasão de lagos’, feita por gente de Coari e Manaus, pescadores de toda espécie, da pesca esportiva até grandes barcos de empresas de pesca.
Como gente que está vivendo de fora de onde estão acontecendo os problemas tentei ouvir o que eles estão vivendo. Fazia tempo que não tinha uma aula de zona rural do nosso mundo amazônico.
Ouvi que nosso homem do interior, como sempre, está abandonado, por tudo e por todos, claro, lembrado em época de eleição, como é o caso desse ano. Estão desorganizados e sofrem por causa disso, em alguns casos de invasões de lagos, conta com o envolvimento dos próprios membros da comunidade, onde o lago está sendo invadido.
Aqui vai um levantamento da situação feita pelos ribeirinhos participantes do encontro:
* invasão de lagos por pescadores de todo tipo;
* falta de apoio dos órgãos competentes;
* falta de estrutura do IBAMA;
* falta de união entre os comunitários;
* isolamento do mundo de fora dos lugares onde eles estão
-         não tem telefone
-         não tem rádios;
* corrupção dos órgãos do governo;
* falta de formação e informação;
* comunidades ribeirinhas sem projetos.
De modo geral são essas as situações colocadas por eles, claro que ainda tem outras, porém já dar para ver que essa gente tem um longo caminho a percorrer em busca de ‘tempos melhores’.
Sem sombra de dúvidas que algumas coisas estão acontecendo, o encontro acontecido já é um exemplo disso, outra é que algumas pessoas de várias comunidades se organizam, tentando fazer guarda nas entradas dos lagos, vigiando durante 24 horas, às vezes são respeitadas, às vezes não, tem muito interesse de gente grande por trás de tudo isso. Assim mesmo estão levando adiante suas lutas; mas importante é saber, como nos diz o poeta Tiago de Melo, “apesar de ser escuro, amanhã haverá”.
Parabéns CPT-Norte1, parabéns coarienses que participaram deste encontro, pois estão construindo de fato, um Coari para todos.

Coari para o Mundo

Outro dia coloquei por aqui um post sobre o curso de fé e política promovido pela Prelazia de Coari. Tendo acompanhado de perto este curso, tive duas surpresas, a primeira foi de ver um excelente relatório das aulas por um dos alunos a outra foi de ver como esse curso está andando pelo mundo afora.
Tanto eu como D. Gutemberg encaminhamos o material para a 'Comissão Episcopal Especial para a Amazônia' e eles colocaram o material no site da amazonianet, confira. E assim Coari vai sendo conhecida pelo mundo afora.

segunda-feira, julho 26, 2004

Sant'Ana - Padroeira de Coari

Ana era filha de Mathan, um sacerdote que vivia em Belém, e tinha outras duas irmãs: Sobe, que foi mãe de Santa Isabel e avó de São João Batista, e Maria, que foi mãe de Maria Salomé.

Os raros escritos dizem que Joaquim seu esposo é que nasceu em Nazaré, e casou-se com Ana, sendo ambos muito jovens. Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Ele era um fazendeiro muito rico, e possuía um enorme rebanho, mas como não tiveram filhos durante muitos anos, eram publicamente debochados (na época, não ter filhos representava uma punição divina, sinônimo de inutilidade).

Entretanto, passado um longo período de esterilidade, Santa Ana, aos 40 anos de idade, obteve de Deus a graça do nascimento de Maria. A fim de cumprir o voto que havia feito, aos três anos levou a menina ao Templo, deixando-a ao serviço divino. Neste local Maria foi educada, ficando aí até o tempo do noivado com São José.

A devoção a Santa Ana chegou a ser atacada por Martinho Lutero, especialmente as imagens com Jesus e Maria, favoritos dos pintores da Renascença. Em resposta, a Santa Sé estendeu a sua festa para toda a Igreja em 1582. Os cultos a São Joaquim começaram no Oeste, nas colunas e nos arcos em Veneza, por volta do século VI. Tal devoção estendeu-se por todo Ocidente e atingiu seu desenvolvimento a partir do século XVI.

Hoje às 17:30 sairá a procissão de Sant'Ana pelas ruas da cidade de Coari.





sexta-feira, julho 23, 2004

Queimadas

Você já entrou em uma área que era floresta e foi recém-queimada? A queimada aguça seus sentidos. A boca está seca. Há um gosto pálido sem saliva. O odor é cinza, forte, cheira à morte. O desconforto o faz procurar uma saída, as narinas abertas são invadidas pelo sofrimento e desconfiança, ao expirar você desabafa a incompreensão e a inquietude. Você é todo alerta, o calor intenso, brota da terra calcinada. Os pêlos do braço eriçam. A sola do sapato gruda nas brasas entocadas por baixo das cinzas. O palmito virou pudim. O cupinzeiro, um metal bruxo. É o fogo de chão que se repentina e rebrota, consumindo o oco do pau, o pedaço que sobra. Está quente, abafado, desconfortável. Não há onde colocar a mão, os pés precisam escolher por onde caminhar. Carvão parece que você penetra na grande churrasqueira. Os troncos em chamas expõem sua nudez. As cascas caem, revelando a pele das árvores. Um suspiro de fumaça abandonado. A castanheira em pé admira a sua passagem, os braços abertos, crucificados. A outra castanheira deitada, 600 anos de vida. Estalos, rangidos, zunidos. O chichichi das madeiras verdes. Cobras e sapos secos, não escapam. Gaviões urubus caçam os últimos animais, semimortos, cegos. O fogo prossegue, procura a beira da mata. Palpita, consome o vento, aspira e foge. É um funeral lento, distante. No riacho, as labaredas diante da vida. Há um gosto de escuridão, de sombra, do amargo. Resignação, dessacralização, pavor, perda, abandono, lamento, desperdício, descuido. E você sai batendo as cinzas da calça para a estrada empoeirada que o levará a próxima queimada.

quinta-feira, julho 22, 2004

Mundo deve pagar pela Amazônia

O mundo deve deixar de apenas falar e começar a ajudar o Brasil a pagar a conta da conservação da Floresta Amazônica, afirma em editorial a revista britânica The Economist desta semana. A revista diz que países tropicais, e em geral mais pobres, devem ter o direito de se beneficiar economicamente por meio de algum tipo de deflorestamento.

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quarta-feira, julho 21, 2004

Festa de Sant' Ana

Às 17:00s em ponto saiu do cais de Coari a carreata com a imagem de Sant’Ana. Milhares de pessoas participaram do evento religioso que percorreu as ruas. Os fiéis lotaram dezenas de carros, caminhonetes e até caminhões. Impossível pensar um acontecimento desse sem contar com nossos motoqueiros que devotamente seguiram o cortejo, fazendo a festa mais alegre e encantadora.
A imagem de Sant’Ana percorreu as cidades da Prelazia de Coari cumprindo um programa especial das comemorações dos 40 anos de Igreja Católica instalada no coração do Amazonas. Em 1963 foi desligada da Arquidiocese de Manaus e foi entregue à Congregação do Santíssimo Redentor, os “Padres Redentoristas”, que não mediram esforço para responder ao chamado do Senhor Jesus para evangelizar o povo desta região.
Durante esses 40 anos a Igreja Católica deu prosseguimento a um trabalho que já vinha sendo feito de se preocupar com o homem amazônico e buscando cumprir sua missão, sempre olhou as pessoas em todas as suas dimensões, principalmente nas suas necessidades mais básicas, por isso entrou de cheio na vida do dia-a-dia das pessoas. Construiu olarias e serrarias para emprego; Escolas para ajudar na educação e postos de saúde para cuidar da saúde.
No processo de evangelização buscou caminhar com o povo, respeitando sua liberdade e participando pelo processo de uma sociedade democrática na construção de cristãos cidadãos em busca de um mundo melhor rumo ao Reino de Deus definitivo no Cristo que nos ama e dar sua vida por nós. Missão encantadora, marcada por momentos desafiadores e por momentos felizes, tentando entender cada momento da história e a ela dar uma resposta de amor e justiça. 
Dia  19 de julho de 2004, os fiéis católicos rezavam, cantavam e se alegraram, pedindo cada vez mais a intercessão da sua padroeira, tão carinhosa, mãe de Maria, Mãe de Jesus, Nosso Salvador. E as ruas de Coari foram testemunhas de mais esse ato público de fé, numa hora em que a cidade tanto precisa de bênçãos que traga dias melhores de amor, paz e justiça.

Conferência discute papel da Amazônia na mudança do clima

Brasília será palco, a partir do dia 29, de uma conferência internacional que analisará a influência do desmatamento da Amazônia no processo de mudanças climáticas e sua conseqüência para a perda de biodiversidade e o aumento do aquecimento global.
Conferir reportagem completa em Carta Maior                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

segunda-feira, julho 19, 2004

Curso de Fé e Política

Do dia 05 ao dia 17 de julho aconteceu em Coari o curso fé e política. Este é um sonho da nossa Igreja que se torna realidade. A primeira etapa do curso aconteceu em janeiro, estamos na segunda etapa num total de quatro etapas e terminará em julho de 2005. São dezoito os participantes vindo de vários lugares da Prelazia.

O curso tem como finalidades:

* incentivar e capacitar para a participação política os cristãos leigos;

* dar aos cristãos leigos, uma maior compreensão da sua fé católica e coerência em sua prática política.

quinta-feira, julho 15, 2004

Ascensão do populismo coariense

No ano de 2001 e um novo grupo político sobe ao poder,oriundo de uma média burguesia que mistura comeciantes locais,pequenos empreeiteiros, profissionais liberais entre outros, sendo financiados pelas tradicional oligárquia que domina o Estado à 20 anos.
Este grupo foi representado na pessoa de Adail Pinheiro(PL) ,que mesmo não residindo no municipio há tempos consegue derrotar o grupo politico mais tradicional na época reprentado por Roberval rodrigues, líder já sexágenario e sem muita ambição futura. Além destes participaram da disputa um ex-vereador, Iran Medeiros(PST),evangélico, consegue reunir em sua coligação dois grupos antagonicos, comunistas(PC do B) e representantes evangélicos, além de sindicalistas filiados ao PSB.
O partidos do trabalhadores prefere lançar uma chapa "puro-sangue", representados pelo Professor Feliciano Parente,o PT não possuidor de muitos quadros,fica impossibilidado de fazer uma campanha competitiva.Devemos destacar também, a participação do ex-prefeito Evandro Aquino,que um ano antes da eleição era o grande favorito, mesmo possuidor do apoio de uma parte da classe média e alguns comerciantes, não firma boas alianças nem bons financiamentos de campanha, o que o faz "perder fôlego" gradativamente.
Estes eram os prinipais grupos politicos do municipio.Sendo que mostrando mais organização e dinheiro durante a eleição Adail Pinheiro é eleito prefeito, assumindo a cadeira em 1° de Janeiro de 2001.
Seguindo a "cartilha" do governador do estado na época Amazonino Mendes, Adail pinheiro começa um periodo de implementações de grandes obras e politicas assistencialistas.Financiados pelos royaltes da petrobras e grandes convênios federais e estaduais, Adail cria grandes obras na cidade, como :urbanização de bairros periféricos, construção e reformas de escolas, ampliação das ruas, construção de um novo hospital dentre outras valendo destacar a participáção do secretário José lobo(que ganhará grande destaque ao longo do tempo). Os serviços asistencialistas também ganharam muito destaque, como:bolsa-escola,vale-gás, bolsa alimentação, kit-maternidade, dentre muitos outros.
Com um grande aparato de propaganda, seja nas rádios locais, tvs e jornais Adail ganha enorme apoio popular. E para diminiur o descontentamento da classe trabalhora(lembrando que esta classe devemos consirar como classe em si e não por si)! "incha" a prefeitura com 7.000 funcionários, tendo com isso o dominio sobre várias familias outra parcela é empregada na construção civil e o que sobrar não era dificil o ver o prefeito despachando milhares de pessoas do prédio da antiga CIBRAZEM (atual secretária de obras)com dez reais para cada um para "diminuir" a pobreza.
Porém devemos nos perguntar, e os comerciantes e os finananciadores da campanha?Estes vão ter lugar especial a mesa do prefeito, grande parte ou vira fornecedor da prefeitura ou empreeiteiro, já que grandes obras e licitações obscuras não vão faltar na cidade.
O prefeito irá amarrar tambem o legislativo, diminuindo o salário dos vereadores e pagando gordas comissões por fora, Adail não tem oposição na câmara. Outros seguimentos também são amarrados, como as associações de moto taxistas e motoristas que também passam a receber ajuda financeira da prefeitura. As associações de moradores dos bairros, passam a ser palco de grandes disputas eletorais,já que a prefeitura paga um bom salário para os presidentes e também garante seu apoio. E o campo?o campo é lembrado somente na pessoa dos líderes comunitários, que também ganham um salário da prefeitura e tem o poder de escolher professores e agentes de saúde.
A hegemonia de poder é consumada em 2002 quando Adail faz uma campanha milionária para o atual governador, envolvendo todos os acima citados numa grande campanha onde o mesmo consegue uma grande quantidade de votos para seus candidatos. Nesta época funcionários municipais tinham como escolha ou trabalhem para o prefeito ou a demissão. É dessa forma que Adail mostra seu lado opressor e comanda uma democracia dirigida, onde têm-se a liberdade de falar desde que não seja contra a administração. Parte da população demonstra seu descontentamento votando como forma de protesto em Arnaldo Mitouso, por este periodo não era díficil ouvir nas ruas"_prefiro votar num cachorro à votar num forasteiro"_com isso Arnaldo consegue mais de 5.000 votos.
Os interesses da classe dominante irão ficar bastante claros nos debates públicos sobre a implantação do gazoduto, quando a prefeitura irá dar apoio total as implantações da Petrobrás, sem levar em consideração o problema dos ribeirinhos,que não tem documentos de posse da terra e que na criação do poliduto Urucu-Solimões, apenas 10% das familias foram indenizadas. Aliás devemos tambem destacar a vida fácil que a Petrobrás tem na Amazônia, onde encontra governantes corruptos e ambiciosos e sem visão de futuro, entregando sem a maior dificuldade os recursos minerais de nossa terra.
Mas voltemos para o Populismo Coariense,nada é abalado até uma disputa judicial que retira Adail do cargo por crime eleitoral no final de 2003, foi aí que percebeu-se como a economia do municipio estava nas mãos de Adail, devido sua saida não foi pago os fornecedores, estes por sua vez não pagaram os trabalhadores, estes não puderam comprar no comercio,gerando uma crise que não se via há tempos, sem contar atrasos de salário e 13° dos funcionários municipais.
Adail consegue se manter no poder atrvés de liminares financiadas pelo dinheiro público até o começo de 2004, onde através de um grande acordão, coloca indiretamente como prefeito seu homem de confiança José loboapós sua renuncia, seu mandato termina sem grandes reformas sociais, agrárias, economicas e com um tremendo descaso com o funcionalismo municipal.
Agora novamente é tempo de campanha, a proposta ainda é a mesma e se concretizar a vitória do mesmo grupo, o que nos resta saber é quanto tempo os cofres públicos irão aguentar o assistencialismo, o paternalismo, a centralização de poder, o descaso com o campo eo aumento de uma já enorme exclução social(Coari é 33° em IDH).Por enquanto paro aqui , sem respostas e com mais dúvidas ainda....

Es Análise sobre Coari, me foi enviada pelo Galeano.
Obrigado, o blog é de todos!

Coari

Depois de muito perambular por esse nosso belo Brasil, estou em Coari. Foram 20 dias entre Rio de Janeiro, Brasília e Belém. Não está sendo fácil atualizar o blog; são vários os motivos que nem sempre colaboram para usar a internet.
Aqui em Coari, o portal Coari, funciona e não funciona, como é isso? O acesso só pode ser feito na sede do provedor, a internet não chega as nossas casas ... o que se pode fazer!?

quarta-feira, julho 07, 2004

Belém

Essas são minhas últimas horas de Belém. Foi bom demais o tempo que estive aqui, infelizmente foi pouco ... e como foi pouco. Belém no mês de julho, entra de férias, poucas coisas funcionam por aqui. O povo vai para as cidades de veraneio.
Domingo, como ninguém é de ferro, também fui com a turma para Mosqueiro ... uma boa praia, faz sempre bem ...
Até mais Belém, até quando Deus quiser!

Sossego

Na sexta-feira (02. 07.), o presidente Lula inaugurou a primeira usina do Rio Doce a beneficiar o minério de cobre em território paraense. As televisões paraense passaram o fim de semana divulgando esse fato, agora o Brasil passa a ter autonomia total em cobre.
A jazida do Sossego, um complexo formado por dois corpos de minério de cobre: Sequeiro e Sequeirinho. Começou a ser explorada em agosto do ano passado. A Vale já embarcou para o mercado europeu, dois carregamento de cobre, totalizando cerca de 35 mil toneladas de concentrado.
A produção da mina do Sossego, prevista pela Companhia Vale do Rio Doce, é de 140 mil toneladas de cobre contido no segundo semestre deste ano, devendo chegar até 2010 a um volume de 650 mil toneladas.
No pique das obras, o empreendimento chegou a empregar cerca de 5 mil trabalhadores. Hoje, já em operação, ele mantém cerca de 500 funcionário da própria vale e 400 terceirizados, além de gerar aproximadamente 3 mil empregos indiretos. E o melhor disso: 70% da mão de obra permanente é PARAENSE.

Cabanagem

Chamou-se cabanagem a rebelião que, marcada por enorme violência, irrompeu na provínvia do Grão-Pará (Pará e Amazonas atuais) logo após a abdicação de D. Pedro I e mobilizou as camadas mais pobres da população contra o poder central e as elites, sobretudo os portugueses. O primeiro levante ocorreu em 2 de junho de 1831, liderado pelo cônego João Batista.
No auge de sua revolta, os cabanos proclamaram a república, em agosto de 1835, e declararam o Pará separado do império do Brasil. O último chefe cabano, rendeu-se em 25 de março de 1840.
A cabanagem foi a maior luta pela liberdade na América Latina, calcula-se que morreram mais de 100 mil.
Neste dias que estou em Belém, vi que os cabanos continuam sua luta por vida melhor. O pecuarista Adilson Prestes de 28 anos, que vinha denunciando o crime organizado no sudoeste do Pará, principalmente a grilagem de terras, pistolagem e extração ilegal de madeira, foi assassinado na manhã de sábado (03. 07), com seis tiros na cabeça e no peito por dois pistoleiros. Ivanilde Preste, irmã do falecido, declarou, "Nós não temos a proteção da polícia, do Ministério Público, da justiça, de ninguém. Estamos sozinhos, orando para Deus por nossas vidas".
Fonte: Jornal 'O Liberal', domingo, 04. 07. 2004.

terça-feira, julho 06, 2004

Riqueza Amazônica

Os profissionais de odontologia podem contar com um novo material no tratamento de canais radiculares. Trata-se de um cimento odontológico produzido à base de plantas amazônicas com propriedades antibacteriana, antiinflamatório e cicatrizante, desenvolvido pela professora, especialista e mestra em Endodontia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Ângela Garrido.
Observamos as diversas propriedades antibacterianas, antiinfalmatórias e cicatrizante das plantas amazônicas e desenvolvemos uma fórmula que foi aprovada em todos os testes internacionais, diz Ângela. O material vai oferecer aos profissionais da endodontia e o paciente excelentes banefícios, principalmente nos preços.
Fonte: Jornal Amazonas em Tempo - 04.07.2004

A Amazônia tem uma riqueza enorme a ser explorada. Temos que cuidar dessa riqueza para que possamos aproveitar!

segunda-feira, julho 05, 2004

A câmara municpal de Coari está mais triste

Em 15 dos 62 municípios amazonenses, a disputa por uma vaga nas câmaras de vereadores tem um componente extra para se tornar mais acirrada nas eleições deste ano. A exemplo do que ocorrerá em quase metade dos 5,5 mil municípios brasileiros, as 15 cidades amazonenses terão as vagas para vereador reduzidas em decorrência de critérios definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. Infelizmente Coari foi penalida ... uma pena mesmo!

sábado, julho 03, 2004

Operação Matusalém

A 'Operação Matusalém' foi resultado de três anos de investigações feitas a partir de denúncias do INSS de Brasília. A ação foi realizada por cem policiais federais, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. Em menos de seis meses de investigões, os federais descobriram um rombo de mais de R$ 3 milhões em verbas referentes a restituições do Fundo de Participação do Municiípio.
As 13 pessoas envolvidas no esquema de fraude e desvio de verbas públicas do INSS irão responder por nove creimes, segundo a Polícia Federal: prevaricação, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva e ativa, advogacia administrativa, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha ou bando.
Novidades:
Dez dos 13 acusados de envolvimento em um esquema de fraude aos cofres do Instituto Nacional de Segurança Social do Amazonas (INSS), presos há 77 dias, foram colocados em liberdade no início da madrugada de ontem.
Curiosidades ou coincidências bíblicas
* 3: número da Santíssima Trindade (R$ 3 milhões foi o valor do rouobo;
* 13: número da sorte (13 foram as pessoas envolvidas);
* 77: número da perfeição (77 dias, ficaram presos);
* Matusalém: homem que mais viveu.
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O que Coari tem a ver com isso?
A 'Operação Matusalém' prendeu e soltou o sr. Emídio Rodrigues, que é candidato a vereador em Coari.

Obs. Coari merece!

Fonte: Jornal acritica - 02 de julho de 2004

sexta-feira, julho 02, 2004

Cabanos

Ontem às 15:00hs desembarquei no aeroporto de Belém, depois de duas horas de atraso lá em Brasília.