Coaripolis

quarta-feira, fevereiro 28, 2007


Máquinas fotográficas
Minha relação com as máquinas fotográficas vêm de longe. Lembro com alegria a primeira que tive, era uma love, prática, fácil de ser usada e descartável. Na hora de revelar as fotos, junto com o cadastro se entregava também a máquina; depois com as fotos se recebia uma nova e daí era recomeçar tudo outra vez. Click. Não sei que fim ela levou.
Minha segunda era uma kodak, chata, usava um filme com dois cilindros e cumprido. Me deu alegria, troquei por uma bicicleta. Isso aí pelos meus 13 anos. Fui muito mais feliz com a bicicleta do que com qualquer máquina fotográfica. Depois dessa passei vários anos sem ter uma câmera.
Voltei a fazer fotos quando as oportunidades de viajar apareceram. Tive várias desses modelos mais simples, dessas de mirar o alvo e apertar. Quase não tem erro de fazer uma foto.
Em 1996 estava na cidade de Urbania, no nordeste da Itália, onde fiz uma boa amizade com um fotográfo, apaixonado pelo Brasil que me presentiou a melhor máquina que tenho até hoje, uma Yashica reflex FX-3000, manual (a máquina que aparece na foto é automática).
Depois dessa começaram a aparecer as digitais. Minha primeira veio em junho de 2004, uma Cassio, excelente. A coitada não aguentou o tranco das viagens e das quedas, definhou-se. Depois veio Nikon, esta antes de completar três meses, sem ter terminado de pagar, veio a falacer impressada entre as duas poltronas do carro.
Antes de vir para essa viagem, estava sem máquina, resolvi comprar outra Nikon, para minha tristeza, esqueci no ônibus que me trouxe de São Paulo ontem.
Hoje cedo estive na rodoviária, no balcão de vendas da empresa, atrás de qualquer notícia sobre a máquina e nada, eles ligaram para a garagem e nada. Me pediram para ligar mais tarde, já liguei e nada. Lá vai mais uma máquina.
Agora o jeito é dar um tempo sem elas. Ao menos enquanto não passar a chateação ou se alguém por aí quiser fazer uma doação, será bem vinda!

Gasoduto Coari - Manaus, nem tudo está perdido!
Arqueologia e desenvolvimento sustentável
O Amazonas tem o maior patrimônio arqueológico do país. Isto significa que os nossos antepassados indígenas deixaram objetos e vestígios que datam de mais de sete mil anos. Temos aí uma enorme oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável a partir da valorização do patrimônio arqueológico do Amazonas.
Para transformar esta oportunidade em políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento sustentável, está em andamento uma iniciativa de articulação e planejamento estratégico, a partir das Programa de Compensações Ambientais do Gasoduto Coari-Manaus.
Os trabalhos de arqueologia na Amazônia seguem duas grandes linhas de pensamento. A primeira defende que as culturas indígenas da Amazônia eram pouco desenvolvidas e com baixa densidade populacional. Seriam sociedades periféricas em relação àquelas que se desenvolveram nos Andes, como os Incas. Outra linha de pensamento defende que as culturas indígenas da Amazônia não eram periféricas das andinas e foram densamente ocupadas e possuíam sociedades complexas. Este debate acadêmico é importante para entendermos a história dos nossos antepassados e das suas relações com os ecossistemas amazônicos e a sua sustentabilidade.
Os trabalhos em desenvolvimento na área de influência direta do gasoduto Coari-Manaus já identificaram 40 sítios arqueológicos, com uma enorme riqueza. Leia mais.

Será que cai?
O juiz federal Ricardo Augusto Sales rejeitou o recurso apresentado pelo prefeito de Coari Adail Pinheiro (PMDB) na semana passada. Por meio desse recurso (que é um embargo de declaração), Adail tentava suspender o prazo de apelação da sentença que lhe foi aplicada no dia 15 de janeiro.
A punição prevê a perda do mandato, a devolução aos cofres públicos de R$ 40 milhões e o pagamento de R$ 10 milhões de multas. O prefeito foi condenado por não ter repassado ao INSS verbas previdenciárias de 5 mil servidores. Ler mais.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Da Janela
A vista que tenho da janela do quarto onde estou hospedado em São Paulo é linda. Olhando essa visão nem dar para acreditar nas imagens que temos na maioria das vezes sobre a cidade, é a mídia mostrando sempre as favelas e a violência que invade a maior parte da terra da garoa. Por falar em garoa, a chuva aqui não tem dado trégua, vocês devem está acompanhando a queda desse dilúvio pela televisão. Muitas áreas alagadas.
Admirando a paisagem de uma cidade limpa e de gente de bem com o bolso, me vêm a lembrança do que não vejo por aqui, da São Paulo dos miseráveis. São dois milhões só de sem tetos, de moradores de ruas. Esses ao contrários dos que moram nos prédios aí das fotos, moram em buracos, em prédios abandonados, sem nenhuma estrutura, debaixo de viadutos e por aí vai.
Quem dera se a cidade pudesse ser toda assim e todos os seus moradores tivessem as mesmas oportunidades. Sonhar não custa nada!
Mais fotos aqui.




segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Feira mostra produtos da Amazônia no Japão
A maior feira de alimentos que acontece no Japão vai mostrar que as micro e pequenas empresas amazonenses faz parte do grande espelho mundial no setor. Um dos atrativos será a mostra de produtos fitocosméticos e fitoterápicos. Leia mais.

domingo, fevereiro 25, 2007


Masp


Este é um dos monumentos símbolos da cidade de São Paulo. Sempre tive vontade de visitar o Museu. Nas outras vezes que estive por aqui não tinha dado para ir lá. Agora já não podia passar por Sampa e não ir num dos principais centro de arte da América Latina.

Há atualmente uma exposição do que tem de melhor da França. É um show de arte e o homem não vive só de comida, mas também de tudo que a arte produz em nós!



MASP
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sábado, fevereiro 24, 2007

Fotos de São Paulo
Meu espaço no flickr está ficando pequeno, por isso criei um espaço só para as fotos de São Paulo. Está do lado, é só ir . Vou me esforçar para atualizar assim que puder!

São Paulo
Hoje cedo coloquei o pé na estrada e deixei Aparecida. Estou postando da rodoviária central de São Paulo. Aqui da Central do Brasil.




sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Por Aparecida

Aparecida
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Aparecida
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Aparecida
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Aparecida

A cidade de Aparecida não vive só do Santuário Nacional de Aparecida. Hoje tive um tempo de folga e aproveitei para perambular um pouco pela cidade. Dizem que se conhece uma cidade andando a pé.

Quando cheguei na praça central foi grande a minha surpresa quando me deparei diante de uma grande placa expondo a prestação de contas do ano de 2005, apesar de ser do ano retrasado já vale o sinal de transparência!

Excelente matéria da Revista National Geográfica. Vale conferir!
"O dilema do Brasil: permitir que a destruição ampla - e lucrativa - da floresta tropical continue ou intensificar iniciativas de preservação".


Por Coari
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Campanha da Fraternidade

Tentando cumprir a missão de falar da Campanhada Fraternidade para pessoas aqui da Arquidiocese de aparecida - São Paulo, estou mostrando todo o mundo Amazônico, não só nos seus desafios e problemas, mais também no seu modo de ser, sua cultura.

Quando essa foto aparece no telão, todos ficam com um ar de surpresa e logo percebem que de fato vivemos num outro mundo, outro Brasil. Como pensar no mundo de água se vivem no mundo das estradas.

A foto mostra um posto de gasolina sobre as águas, um pontão como chamamos e uma canoa funcionando com o pau-de-arara.

Essa é a nossa Amazônia, o nosso Coari. Outro mundo, outro Brasil!

A demanda por soja para a fabricação de biodiesel ameaça acelerar o desmatamento da Amazônia brasileira, segundo afirma reportagem publicada nesta quinta-feira pelo diário espanhol El País. Leia mais.

Aquecimento global: Qual o futuro da Amazônia?
Transformação da floresta amazônica em savana, aumento da temperatura em 4%, acima da média do planeta, com picos de mais de até 50º C até 2070, diminuição da quantidade de chuva na região e períodos de seca mais longos.
Leia mais.

Temporada de Caça
Pela matéria de A Crítica de hoje: Em cinco anos TSE cassou 203 políticos, parece que há algo de novo no ar, algo está mudando. Nem tudo está perdido e isso é bom. A idéia de que todo político é corrupto e impune, começa a não ser tão verdadeira.
Aliás a corrupção corre solta no país pela clima de impunidade, se rouba em todos os tempos e modos, e ninguém é punido. As cassações feitas pelo TSE está começando lentamente a mudar a história.
Os vereadores de Coari instauraram uma CPI com a finalidade de caçaar o atual prefeito Adail Pinheiro. Eles não estão querendo caçar o prefeito só porque ele é ruim, ditador, corrupto ou porque seria um bem para Coari, nada disso, eles querem caçar o homem porque querem o seu lugar, querem mamar nas grandes tetas de R$ 168 milhões esse ano.
Nem adianta criar ilusões de mudanças... pode ser até pior!

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

CPI em Coari
As fotos não estão bem claras, mas, lá no Diário do Velho Lobo do Mar Internético estão postadas umas imagens com o títula de Reunião da Implantação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Será que agora vai?
Obs.: ultimamente os Meios de Comunicação estão num silêncio sepulcral sobre o que está acontecendo em Coari. Temos o prefeito que está cassado (recorrendo, é claro) e agora a Instalação de uma CPI. O que está acontecendo com a nossa mídia?
Só o nosso Velho Lobo do mar internético que ainda colocou umas fotos. Bastante escura, mas, colocou!

O que era para ser alegria se transformou em lágrimas. O que era para ser arte se transformou em morte. Infelizmente!
O Carnaval de 2007 em Manaus foi o mais violento dos últimos dois anos. Até o encerramento desta edição, pelo menos 32 pessoas haviam morrido vítimas de assassinatos e acidentes automobilísticos e outros tipos de violência. No ano passado, foram 18 mortes. Leia mais.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Campanha da Fraternidade
Campanha da Fraternidade sobre a Amazônia é lançada hoje no Pará
A onda de discussões sobre temas ambientais, iniciada há três semanas com a divulgação de um estudo internacional sobre o aquecimento do planeta, ganha um novo reforço nesta quarta-feira (21), com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2007. Neste ano, a Igreja escolheu como tema 'Fraternidade e Amazônia - Vida e missão neste chão'. Pura coincidência. O tema estava definido havia dois anos.
A idéia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é revelar a seus fiéis a realidade da Amazônia, as dificuldades em que vivem seus habitantes e, sobretudo, mostrar como a mudança de hábitos pode trazer benefícios para a região.
"A revisão dos padrões de consumo e a ênfase para que governos adotem políticas que proporcionem o desenvolvimento sustentável da Amazônia são uma forma de fraternidade", diz o secretário-executivo da campanha, cônego José Carlos Dias Toffoli, o padre Carlão.
O texto básico da campanha é um verdadeiro libelo. Traz desde as estatísticas que retratam as desigualdades entre os habitantes da Amazônia e o restante do país à lista das conseqüências nefastas da militarização, do tráfico de drogas, os problemas da ocupação de terra e a disputa por territórios.
No trecho sobre os objetivos da campanha, o documento recomenda: "Denunciar as situações que agridem a vida, ameaçam os povos e projetos de dominação que perpetuam modelos econômicos colonialistas".
LEANDRO BEGUOCIda Folha de S.Paulo
A Igreja Católica retoma após oito anos o embate frontal com o governo e com empresários em uma Campanha da Fraternidade. O tema deste ano é a Amazônia e, entre as propostas, está o fim da concessão de liminares de reintegração de posse a fazendeiros que têm terras invadidas. O lançamento nacional, que pela primeira vez ocorre fora de Brasília, será em Belém (PA), às 12h de hoje.
Nas décadas de 80 e 90, as campanhas falavam de fome, falta de moradia e não era rara a troca de farpas com os governos. Mas, desde 2000, o eixo mudou. Foram feitas campanhas pelos direitos dos idosos, dos deficientes físicos.
O último tema apimentado foi o de 1999, quando o mote era o desemprego na gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) --que chamou as críticas de "ingênuas".
A campanha surgiu em 1964, começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina na quinta-feira anterior à Páscoa. O objetivo é discutir um problema com a sociedade e propor soluções.
Família humana
Dom Odilo Scherer, secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), diz que a igreja não teme novos embates: "O fundo da questão é antropológico e ético. A Amazônia está na perspectiva da família humana. É preciso cuidar do que é de todos".
Apesar da cautela de d. Odilo, o texto que orienta os fiéis para a campanha é contundente. Em um dos trechos, diz que os cristãos devem denunciar e se opor a "projetos de dominação político-econômica que perpetuam modelos econômicos colonialistas" na região.
Segundo a igreja, "o Estado foi omisso no cumprimento de suas funções", pois "deixou de fazer a regularização fundiária, foi incapaz de fiscalizar cartórios e grileiros e de controlar a corrupção". O texto-base da campanha diz ainda que "os latifúndios, na Amazônia, têm origem esdrúxula, quando não ilegal, e que "a concessão de uma liminar de despejo, num conflito com o latifúndio, parece, pelo menos, temerária".
Três fatores, segundo a Folha apurou, pesaram na escolha do tema: os alertas mais freqüentes sobre o desmatamento, a necessidade de mobilizar os católicos a contribuir com os projetos da igreja na Amazônia e a perda de fiéis na região.
O conteúdo do texto se explica porque o catolicismo amazônico é fundamentado, sobretudo, na Teologia da Libertação. Esta corrente sustenta que a igreja deve se empenhar na transformação social.
O conteúdo do texto se explica porque o catolicismo amazônico é fundamentado, sobretudo, na Teologia da Libertação. Esta corrente sustenta que a igreja deve se empenhar na transformação social.
Sobre a destruição das florestas, D. Orani Tempesta, arcebispo de Belém, afirma que a campanha pedirá, sobretudo, uma mudança de mentalidade: "Não vemos a Amazônia como uma região a conquistar, mas como espaço para dialogar".
Em relação aos outros dois motivos, predomina a cautela, mas a explicação é simples. Metade das dioceses da Amazônia possui bispos estrangeiros. Eles pertencem a congregações religiosas de países como França e Itália, que, por sua vez, enviam dinheiro ao Brasil. "Os fiéis me perguntavam se brasileiro podia ser padre", lembra d. José Maria Pinheiro, bispo de Bragança Paulista (SP), que morou 20 anos em Rondônia e no Amazonas.
Mas estes recursos não são suficientes. A diocese de São Gabriel da Cachoeira (AM) tem uma área semelhante à da Itália continental e conta com apenas 24 padres. O bispo é chinês.
Para piorar o quadro católico, há o crescimento evangélico. O censo de 2000 aponta que 19,2% da população do Amazonas é evangélica. Em Roraima, o índice sobe para 23,6%, e, em Rondônia, chega a 27,7%. "Há áreas em que já não há mais católicos", lamenta d. José.

Brasil recupera registro da marca "açaí"
O açaí é, de novo, brasileiro. A frutinha típica da Amazônia estava desde 2003 registrada no Japão como marca de propriedade da empresa K.K. Eyela Corporation. No início do mês, o Departamento de Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente informou que o registro da marca “açaí” foi cancelado por ordem do Japan Patent Office, o escritório de registro de marcas do Japão. A decisão não é definitiva - cabe ainda um recurso da empresa em 30 dias. Caso a empresa não reivindique a marca, o caso estará encerrado. Leia mais.

Vida de viajante
Atualmente estou em Aparecida do Norte, terra do Santuário Nacional de Aparecida. Até agora a vida me ofertou a oportunidade de conhecer três grandes centros de romaria católica no mundo. Espero, mais não sei se haverá outros. Quem sabe as coisas da vida?
Em 1996, passei todo o mês de junho na cidade de Assis - Itália, onde está a Basílica de São Francisco de Assis. Um mês fantástico da missa vida. A cidade está situada no fim do monte Subásio, com uma vista impressionante para a parte plana da região e localiza-se a nova Assis e as Plantações de trigo e girasol.
Durante esse mês conheci cada pedaço da pequena e bela cidade, como também conheci boa parte da sua área rural. Na área urbana toda arquitetura medieval, cuidada, tratada como uma jóia de raro valor. A área rural complementa a beleza do município com suas platações de trigo, girasol e oliva. Diz-se que as olivas de Assis estão entre as melhores do mundo. Fazendo jus ao padroeiro da ecologia, os moradores, todos devotos do santo, enchem a cidade com flores e outras plantas ornamentais.
Durante os 04 anos que vivi pelo outro lado do oceano, visitei infinitas vezes esta terra. É uma terra mística. A gente sente que tem algo no ar.
Entre maio e junho de 2005 fiquei 26 dias na cidade de Fátima - Portugal, terra do Santuário de Fátima. Ali como em Assis, são milhares os peregrinos que vão lá para rezar. A diferença está que em Fátima tudo é novo. Cidade pequena, limpa e de clima acolhedor. Nos dias que fiquei ali me esforçei para ser também um peregrino, viver a experiência junto com os outros que lá iam, vão para fazer uma experiência diferente do dia-a-dia.
Por falar italiano, estava junto com as pessoas que vinham da Itália, foi um oportunidade de conhecer um pouco mais os italianos. Esse povo tão festivo e criativo. Nas minhas horas de folga perambulava pela cidade e seus arredores, vivendo cada tempo para aproveitar e conhecer bem a cidade, seus moradores, costumes, principalmente a comida e o bom vinho de Portugal, o famoso vinho do Porto.
Agora está sendo a vez de Aparecida do Norte com o Santuário Nacional de Aparecida. Todos os dias são milhares de brasileiros por aqui, vindos dos lugares mais distantes desse país que é um continente. Gente do sul e do Norte, do Leste e do Oeste. Gente do Oiapoque ao Chuí. Ainda estou conhecendo a cidade e os seus arredores. Mais para frente falo mais!

Amazônia para sempre
Nem só de televisão vivem os atores globais da minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes" lançaram o manifesto "Amazônia Para Sempre". Pegando carona da Campanha da Fraternidade, eseperamos que alcançe seu objetivo.
Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.
Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.
Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.
Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.
Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!
É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.
SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

Blogesfera coariense
Nasceu um novo blog para a blogesfera coariense, o COEVY ORÉ RETAMA. Seja bem vindo!

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Este post devia ser repetido todos dos dias deste carnaval. Vai a pedidos!
Coari Folia - A Morte do Carnaval Coariense
O Brasil é o país do carnaval. Nesse tempo a folia toma conta da pátria do futebol. Por toda parte o brasileiro fantasiado ou não, rebola no pique do clima carnavalesco.
O mundo assiste abismado a criatividade dos desfiles das escolas de samba do Rio. A bateria, as fantasias, os passes sincronizados do mestre sala e da porta bandeira, o charme das rodadas das baianas, enfim o luxo e encanto do carnaval que se popularizou pelo mundo afora como símbolo do Brasil.
A Bahia com seu gingado, sua beleza e com os filhos da mãe Africa, a cada ano tem achado seu espaço com o axé music. A multidão que se aperta atrás dos trio-elétricos é cada vez maior.
E assim algumas regiões do Brasil foi caracterizando o seu carnaval, o nordeste com o frevo, o maracatu e outros ritmos próprios daquela região.
Em Coari o carnaval foi se configurando lentamente, levou muitos anos para ser o que foi. O Carnval de Rua. Ele tinha o seu jeito próprio, mas, era feito pelo povo.
Na sua evolução foi nascendo timidamente os blocos, isto, sem eliminar os brincantes individuais e pequenos grupos. Os blocos cresceram, com letras e músicas carnavalescas de autoria dos próprios coarienses. Estavam se organizando como agremiações.
Era um carnaval forte e pronto para os turistas.
Era um carnaval com o rosto coariense, feito pelos coarienses. Estava dentro do conceito próprio desse tempo, Carnaval é arte e acima de tudo ele é feito por aqueles brincam. Não só ir brincar, mas, fazer a brincadeira. Preparar a música, o ritmo, as fantasias, as alegorias, os carros-alegóricos, enfim, sentir o suor e o sabor de fazer com as próprias mãos o que é nosso.
Nesses últimos anos as coisas mudaram, com secretários de cultura vindos de fora que não conhecem nossa história e nem querem conhecer porque isso não interessa para eles, o que interessa é o bom salário que ganham, nosso carnaval mudou, agora chama-se Coari folia. Foi o que sobrou, a folia paga com o dinheiro do nosso gás e do nosso petróleo.
Não temos mais o prazer de fazer nosso carnaval, outros fazem para nós, são bandas ou mesmo cds que tocam para nós dançarmos. Não precisamos mais fazer nossas músicas, nossos blocos, nem nossas fantasias, pois, compramos uma blusa e pronto.
Estão levando nosso dinheiro e ainda destruindo nossa cultura. E nós coarienses assistindo a tudo isso pulando atrás do trio-elétrico de músicas que não são as nossas!

Viajar é preciso...
Pelo projeto da Campanha da fraternidade desse ano, Fraternidade e Amazônia, estou em Aparecida do Norte - São Paulo. E como disse Fernando Pessoa num dos seus poemas: "viajar é preciso, viver não é", aqui vão algumas fotos da viagem.
Coari

Aeroporto de Manaus... essa foto não ficou muito boa, para não dizer: ficou ruim mesmo!

Dentro do avião. O aeroporto estava uma bagunça. Quando cheguei lá fui até o balcão de informação da TAM, o moço me disse, a fila da TAM é aquela lá, a segunda e eu perguntei qual era a segunda visto que não via fila nenhuma, era um aglomeração de pessoas. Fui pra lá, ficando de qualquer jeito. Não é que deu tudo certo mesmo!

São Paulo do do avião. Saindo das nuvens o piloto anunciava que íamos pousar. A cidade se abriu diante de nós. Uma coisa monstruosa, a maior cidade da América Latina


Aparecida. Cidade de romeiros, cidade do Santuário Nacional de Aparecida.

Movimento ecológico
A preocupação com as questões ambientais atinge, diariamente, novas parcelas da sociedade. O que antes era assunto exclusivo de reuniões entre especialistas, hoje tem migrado para grupos de artistas, músicos e personalidades globais. Com a meta de interromper imediatamente o desmatamento da Floresta Amazônica e garantir, de forma contundente, a preservação da maior floresta tropical do planeta, o elenco da minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes" (exibida pela TV Globo) lançou o manifesto "Amazônia Para Sempre". Leia mais.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

São Paulo
Nesses últimos dias em Coari estava ficando cada vez mais difícil de postar algo no blog, a conexão andava a passos de jabuti.
No momento que faço este post estou na cidade de Aparecida do Norte, São Paulo. Aqui está o Santuário Nacional de Aparecida, padroeira do Brasil.
Estou aqui dentro do projeto da Campanha da Fraternidade desse ano que tem como tema: Fraternidade e Amazônia. Minha missão é falar da nossa realidade amazônica durante a quaresma e a semana santa. Serão 50 dias. Amanhã falarei com o bispo de Aparecida para acertamos o programa desses meus dias por aqui.
Sobre a Campanha da Fraternidade 2007: "Ouvindo o clamor dos povos da Amazônia, a Igreja Católica no Brasil promove a Campanha da Fraternidade de 2007, com o desejo de provocar uma reflexão que desperte na sociedade brasileira e no mundo a necessidade de conhecer os valores presentes nesses povos, sua maneira secular e criativa de viver e de se organizar e sua história de resistência diante das agressões dos modelos econômicos e culturais que lhes impuseram". Leia mais.

Realidade Coariense
Enquanto esbanjamos no Coari Folia, o povo mais pobre chega ao desespero de colocar placas na tentativa de trocar asfalto por votos!



sexta-feira, fevereiro 16, 2007

O Jornal A Crítica de hoje coloca o carnaval coariense em destaque com uma matéria que leva o título de "Folia atrás dos trios elétricos na telinha".
O Jornal deixa claro que o carnaval coariense - o Coari Folia é uma imitação do carnaval da Bahia quando diz: "Aos moldes do carnaval de Salvador, com trios e bandas, o Carnaval de rua traz, entre atrações regionais, Edílson Santana, Piteco e Banda, Banda Impacto e, fechando o evento, no dia 20, a banda de axé nacional Terra Samba".
Deixamos o nosso modo de fazer carnaval para imitar o carnaval dos outros, assim vamos nos confimando como Coari - uma terra que copia, copia e copia. O que era nosso, original, deixou de ser importante para fazermos o dos outros.
Até quando?

O Amazonas é privilegiado pela natureza. Com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, o Estado é detentor do maior campo de reserva privada de petróleo e gás natural em terra no Brasil. Concentrada na Província Petrolífera do Urucu, no município de Coari, sua produção de petróleo e gás o torna o terceiro colocado no ranking nacional dos produtores destes recursos energéticos. Na base de operações em Coari, a Petrobras opera o maior conjunto de UPGN (Unidades de Processamento de Gás Natural) do país. Como se isso não bastasse, o petróleo extraído de Urucu é de alta qualidade, adequado à produção de derivados nobres como a gasolina, diesel e a nafta. Leia mais.

A falta de chuvas e o calor intenso sentidos pela população de Manaus em fevereiro foram detectados pelos satélites do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o órgão, em 2007 choveu apenas 10% da média pluviométrica prevista para o mês de janeiro, que é de 300 milímetros. A estiagem deve permanecer até abril. Leia mais.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Reconhecido especialista em aquecimento global, o cientista Philip Fearnside é pesquisador titular do Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus onde trabalho há muitos anos. O ecólogo tem cerca de 400 artigos publicados, boa parte com dados sobre a emissão de gases causadores do efeito estufa, que indicam como a Floresta Amazônica tem papel fundamental nesse processo. De acordo com o pesquisador, a Floresta presta um serviço inestimável ao planeta e o mundo precisa ajudar a preservá-la. Leia a entrevista aqui.

Esse é o caminho para a economia da Região

A partir de recursos de R$ 1,038 milhão do governo federal, a Fucapi fez um trabalho de adequação de 68 produtos de 37 empresas locais ao mercado externo, que no ano passado atingiu um montante de US$ 900 mil em exportações. Num quadro comparativo a 2005, quando a comercialização atingiu o montante de US$ 550 mil, as vendas dos produtos preparados pela Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica apresentou um crescimento de 63,63%. Leia mais.

Coari Folia - A Morte do Carnaval Coariense
O Brasil é o país do carnaval. Nesse tempo a folia toma conta da pátria do futebol. Por toda parte o brasileiro fantasiado ou não, rebola no pique do clima carnavalesco.
O mundo assiste abismado a criatividade dos desfiles das escolas de samba do Rio. A bateria, as fantasias, os passes sincronizados do mestre sala e da porta bandeira, o charme das rodadas das baianas, enfim o luxo e encanto do carnaval que se popularizou pelo mundo afora como símbolo do Brasil.
A Bahia com seu gingado, sua beleza e com os filhos da mãe Africa, a cada ano tem achado seu espaço com o axé music. A multidão que se aperta atrás dos trio-elétricos é cada vez maior.
E assim algumas regiões do Brasil foi caracterizando o seu carnaval, o nordeste com o frevo, o maracatu e outros ritmos próprios daquela região.
Em Coari o carnaval foi se configurando lentamente, levou muitos anos para ser o que foi. O Carnval de Rua. Ele tinha o seu jeito próprio, mas, era feito pelo povo.
Na sua evolução foi nascendo timidamente os blocos, isto, sem eliminar os brincantes individuais e pequenos grupos. Os blocos cresceram, com letras e músicas carnavalescas de autoria dos próprios coarienses. Estavam se organizando como agremiações.
Era um carnaval forte e pronto para os turistas.
Era um carnaval com o rosto coariense, feito pelos coarienses. Estava dentro do conceito próprio desse tempo, Carnaval é arte e acima de tudo ele é feito por aqueles brincam. Não só ir brincar, mas, fazer a brincadeira. Preparar a música, o ritmo, as fantasias, as alegorias, os carros-alegóricos, enfim, sentir o suor e o sabor de fazer com as próprias mãos o que é nosso.
Nesses últimos anos as coisas mudaram, com secretários de cultura vindos de fora que não conhecem nossa história e nem querem conhecer porque isso não interessa para eles, o que interessa é o bom salário que ganham, nosso carnaval mudou, agora chama-se Coari folia. Foi o que sobrou, a folia paga com o dinheiro do nosso gás e do nosso petróleo.
Não temos mais o prazer de fazer nosso carnaval, outros fazem para nós, são bandas ou mesmo cds que tocam para nós dançarmos. Não precisamos mais fazer nossas músicas, nossos blocos, nem nossas fantasias, pois, compramos uma blusa e pronto.
Estão levando nosso dinheiro e ainda destruindo nossa cultura. E nós coarienses assistindo a tudo isso pulando atrás do trio-elétrico de músicas que não são as nossas!

TRF notifica Adail de perda de mandato

Somente ontem o prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PMDB), foi notificado oficialmente da decisão judicial que determina que ele será afastado do cargo e que terá de devolver R$ 45 milhões aos cofres públicos. Adail Pinheiro tem agora 15 dias para apresentar recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF). O prazo começa a contar a partir de 13/02/2007. Leia mais aqui.

Por Bernardo Cabral
O problema da escassez da água está obrigando o mundo a voltar os seus olhos, cada vez mais, para a Amazônia. E quem não a conhece, com certeza se surpreenderá ao visitar a região pela primeira vez e, com espanto, exclamar: “É muita água”.
De fato, nela se encontra a maior bacia hidrográfica do planeta, responsável por 20% da água doce que chega aos oceanos. Como o seu clima é permanentemente quente e úmido, com uma alta taxa de precipitação, as chuvas ainda contribuem para a formação de pequenos rios e igarapés. Esses pequenos rios formam, como afluentes, alguns dos maiores rios da região: Amazonas, Negro, Solimões, Tapajós, Araguaia, Tocantins, Trombetas, Xingu e Madeira. Leia mais.

Ressarcindo o erário
A 2ª Vara da Seção Judiciária Federal do Amazonas solicitou na sexta-feira (9/2) o ressarcimento aos cofres públicos federais de R$ 45,1 milhões, pelo prefeito de Coari, Manoel Adail Pinheiro (PMDB), além de pedir a cassação de seu mandato e a suspensão de direitos políticos por oito anos, por atos de improbidade administrativa. Coari, a 370 km de Manaus, tem a segunda arrecadação de ICMS do Amazonas, informa O Estado de S. Paulo.

OGasoduto Coari - Manaus visto pela Petrobras
Gasoduto Urucu-Manaus significa mais economia e menos poluição no estado do Amazonas
A Petrobras, através de sua diretoria de Gás e Energia, conseguiu viabilizar a construção do Gasoduto Urucu-Manaus. Era o trecho que faltava para escoar o gás natural produzido na bacia do rio Solimões, no município de Coari, até a capital do Amazonas, numa distância total de 682 quilômetros.
Este empreendimento contribuirá significativamente para o desenvolvi-mento do país. O gás natural é um insumo de menor custo para uso na indústria, no comércio e também nas residências. Mais econômico e menos poluente em comparação com os óleos combustíveis derivados de petróleo, o gás tem a vantagem de ser extraído e consumido dentro do próprio estado do Amazonas.
A implantação do gasoduto Urucu-Manaus está sendo feita com extrema atenção ao meio ambiente, adotando técnicas e procedimentos que preservam a fauna e flora da região em todas as fases da construção. As recomendações do Estudo de Impacto Ambiental e das equipes técnicas que o analisaram vêm sendo seguidas na íntegra.
Em outra iniciativa voltada para a conservação do meio ambiente, a Petrobras orienta todas as equipes envolvidas na construção a não caçar, pescar ou mesmo alimentar os animais que encontram nos locais onde passa o gasoduto. Com isso a intervenção da obra na floresta equatorial terá impacto mínimo, mas seus benefícios para a sociedade e economia da região serão de grande alcance.
O uso do gás natural diminui a emissão de gases poluentes para a atmosfera, contribuindo para a geração de uma energia mais limpa. Essa redução da poluição atmosférica, especialmente do dióxido de carbono (CO2), atende ao Protocolo de Kioto, acordo de que o Brasil é signatário junto com outros países, para eliminar o efeito estufa no mundo.
O gás natural será utilizado principalmente na produção de energia elétrica, através de termelétricas, para atender Manaus e os municípios Coari, Anori, Anamã, Codajás, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba onde passará o gasoduto, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Na construção e montagem do gasoduto a Petrobras assumiu o compromisso de contratar no mínimo 60% da mão de obra na própria região. Além disso, a Companhia firmou Convênio de R$ 42 milhões com o governo do estado do Amazonas, para execução de projetos de compensação ambiental.
Dentre eles destacam-se a recuperação de postos de saúde, construção de escolas, instalação de equipamentos de raio-x e ultra-sonografia, aparelhamento de um barco chamado Zona Franca Verde, para levar às comunidades atendimento ginecológico, oftalmológico e pediátrico, além da emissão de documentos como carteira de identidade, carteira de trabalho e certificado de reservista. O convênio foi concebido para garantir a geração de emprego e renda após o término das obras, para os habitantes das comunidades da área de influência do gasoduto. Ronaldo Pimentel Mannarino é coordenador de Relações Institucionais e SMS da Transportadora Amazonense de Gás.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O vôo da Garça

Enquanto os homens se gladeiam para ver quem é o dono do poder em Coari, as garças chegam cedo no Iagarapé do Espírito Santo para a pescaria da vida.

Silenciosas, elas não cobram pela beleza e nem pelo espetáculo que dão nos seus vôos acrobáticos e sincronizados. Misturam a paciência com a velocidade para pegar suas presas e após se alimentarem do peixe e dos encantes do Igarapé, quando as horas avanças, elas se retiram.

Deixando para trás, na cidade, a ambição consumindo vidas e esperanças!

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem uma “visão colonial” sobre a região norte, na opinião do Amigos da Terra, grupo ambientalista. Para a entidade, os megaprojetos destinados à Amazônia visam apenas a exploração dos recursos naturais, deixando de lado a defesa ambiental e a geração de emprego e renda.
"O PAC é um exemplo de que o olhar sobre a Amazônia é ainda tipicamente colonial. Uma visão de exploração dos recursos, que é sempre renovada e reforçada. Continuam enxergando a Amazônia como solução para os problemas econômicos do país”, sublinha Smeraldi. Para ele, o programa não prioriza a defesa ambiental, paralelamente ao desenvolvimento e ao crescimento local, atendendo apenas os interesses das empreiteiras “que se beneficiaram com os megaprojetos”. Leia mais.
Juscelino Kubitschek com o pé sobre uma árvore na Amazônia. Eis a imagem que ponteia quando se espia o retrovisor da colonização recente na região que concentra a maior biodiversidade do planeta. Um vazio aos olhos dos burocratas e executivos de então foi o diagnóstico.
Grandes porções de terras foram submetidas ao capital privado, selando a associação com o estado. Na prova dos nove os "nativos" não passaram (passam) de meros detalhes ou entraves a serem sanados. Continua aqui.
O PAC foi apresentado como um programa totalmente costurado, com seu diagnóstico e seu cronograma físico-financeiro, embora o quadro de usos e fontes seja metafísico. Mas esse é um detalhe irrelevante: o que interessa é encher de palavras e números a forma de sempre desses projetos de impacto. Uma de suas grandes marcas é colocar no papel tudo que desejam aqueles que têm poder suficiente para transformar seus desejos em realidade. A inovação e a criatividade não foram chamadas ao convescote palaciano. Mais.

o9 de Fevereiro - O dia que não acabou
Desde de Sexta à noite que procuro esta informação no seu modo oficial, só hoje consegui. Coloco aqui para que não venha causar qualquer dúvida ou dizer que é invenção de qualquer meio de comunicação. O fato é verdadeiro. Claro, pode-se recorrer da sentença, mas, até que a situação não seja revertida...


O prefeito de Coari, M.A.P., foi condenado pelo Juízo da 2ª Vara da Seção Judiciária do Amazonas, a perder a função pública de prefeito e a ressarcir aos cofres públicos federais a quantia de R$ 45.129.594,61 (quarenta e cinco milhões, cento e vinte e nove mil, quinhentos e noventa e quatro reais e sessenta e um centavos) por atos de improbidade administrativa.
A sentença foi exarada no bojo da Ação Civil Pública autuada sob nº 2005.32.00.003817-0, na qual o Ministério Público Federal – embasado em informações colhidas por Força Tarefa que apurou o recolhimento de contribuições previdenciárias dos servidores do referido município – pugnou pela condenação do Prefeito de Coari por ato de improbidade, alegando em sua petição inicial que o condenado contratou em sua administração mais de cinco mil pessoas sem concurso público e promoveu o desconto de contribuições previdenciários na remuneração desses servidores, sem, contudo, repassar esses valores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que foi reconhecido pelo Julgador.
O Requerido, Alcaide de Coari, foi condenado à perda da função, a reparar os danos causados ao Erário Federal, no importe atualizado que supera a cifra R$45.000.000,00 (quarenta e cinco milhões). O Prefeito foi condenado, ainda, a pagar multa civil no valor de R$10.000.000,00 (dez milhões reais), cujo montante foi fixado com observância das disposições legais pertinentes.
A condenação impôs, também, a suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de 8 (oito) anos, ficando proibido de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos ficais e creditícios pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Com vistas a assegurar o efetivo cumprimento da sentença, que foi publicada em 15 de janeiro de 2007, foi determinada, em sede de provimento acautelatório, a indisponibilidade de todos os bens e valores pertencentes ao Prefeito condenado. Essa indisponibilidade de bens, direitos e valores já foi implementada, possibilitando, com isso, a intimação das partes quanto à sentença. Cópia da sentença foi encaminhada à autoridade que preside o Inquérito Policial nº 306/2004, instaurado pela Polícia Federal do Amazonas.
Da sentença exarada cabe recurso.

domingo, fevereiro 11, 2007

Se um prefeito já é muito, dois é...
Nesses dias, desde sexta, o município de Coari têm dois prefeitos no comando. Um dos prefeitos foi ativado pela justiça, este é o prefeito legal, já o outro prefeito, o que teve seus direitos caçados, este de fato é o prefeito, o que manda, mesmo caçado, é o prefeito de fato.

Dez de fevereiro - Dia histórico em Coari
Desde ontem cedo tento colocar as notícias aqui abaixo no blog, não tenho conseguido. Nossa internet anda devagar, ao menos meu provedor.
Já na sexta a cidade entrou num clima de expectativa, ninguém sabia o que estava acontecendo. Houve carreata e muitos fogos. A notícia que corria pela cidade era que o prefeito Adail Pinheiro tinha sido cassado.
Essa notícia pegou muita gente de surpresa, era e é difícil de entender, mais aconteceu. Na sexta à noite circulou uma carta pela cidade falando do acontecido, eu mesmo não aceitei o que a carta colocava, fiz um post falando da pouca veracidade dela. Tire que tirar o post e reconheço que devia ter buscado mais informações antes de ter escrito qualquer coisa sobre ela.
Agora está aí para registro histórico nesse blog o acontecido colocado na internet pela mídia regionale nacional. Com certeza muitas coisas virão!
Justiça cassa mandato do prefeito de Coari
Do Jornal A Crítica - 10. 02. 2007
A Justiça Federal no Amazonas cassou o mandato do prefeito de Coari, Manoel Adail Pinheiro (PMDB), e condenou-o a devolver aos cofres públicos R$ 45,1 milhões desviados da Previdência Social. A sentença, proferida pelo juiz federal substituto da 2ª Vara da Seção Judiciária do Amazonas, Ricardo Augusto de Sales, no dia 15 de janeiro, foi divulgada ontem no site da instituição.
De acordo com a decisão judicial, Adail Pinheiro contratou, em seu primeiro mandato (2001 a 2004), mais de 5 mil servidores temporários sem concurso público. Descontou dos seus contracheques as contribuições previdenciárias, mas não fez os repasses aos cofres do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Adail foi condenado ainda a pagar multa de R$ 10 milhões. Teve também os direitos políticos suspensos pelo prazo de oito anos. A condenação prevê que ele e qualquer firma da qual seja sócio estão proibidos de fazer contratos com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais e creditícios, direta ou indiretamente, por um período de cinco anos.
Como se trata de decisão em primeira instância, cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região, sediado em Brasília. O recurso, segundo jurista consultado por A CRÍTICA, não impede a execução da sentença. A Câmara Municipal e o prefeito serão notificados para cumpri-la. A setença só será suspensa, se o desembargador federal que apreciará o recurso disser que o acolheu com efeito suspensivo.
Persistindo a condenação em segunda instância, o prefeito ainda poderá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso seja confirmada a decisão, assumirá o vice-prefeito Rodrigo Alves da Costa.
Coari de Adail – as reservas da corrupção! O maskate é crau...
Na última campanha para a prefeitura de Coari, após a publicação de um dossiê baseado exclusivamente nos processos extraídos do portal do TCU – Tribunal de Contas da União - contra Adail Pinheiro, então candidato à prefeitura, apareceu na redação do Maskate uma esdrúxula ordem judicial para mandar publicar a defesa do indefensável cidadão Adail. Como ordem judicial a gente tem que cumprir a despeito do desgaste que alguns magistrados têm sofrido com tantas derrapagens a ameaçar a credibilidade da instituição, publicamos a tal determinação. Fomos depois chamados para explicar o inexplicável e a estória parou por aí. O juiz deve ter ficado satisfeito, pois nunca mais deu as caras. Quem não está satisfeita é a opinião pública com tanta presepada e impunidade. A mutretagem é uma das mais cabeludas de que se tem notícia desde os tempos obscuros da família Nery, que responde pelos escândalos mais sombrios de desmandos na história do Amazonas. Perto de Adail, entretanto, Silvério Nery é um congregado mariano, dirigente do Rotary Club.
Desvio de equipamentos a luz do dia
O escândalo das notas frias, que ajudou a explicar o recente sumiço de algumas centenas de milhares de recursos públicos, denunciado por um de seus ex-assessores de Finanças, apenas reafirma uma trajetória de podridão e gatunagem. Nos registros policiais e de sindicância administrativa, a safadeza começou na SEDUC, onde Adail é acusado de desviar equipamentos públicos, já no início da década de 90. A impunidade motivou o felizardo a seguir transformando o bem público, preferencialmente em espécie, bufunfa mesmo, em patrimônio particular. Adail é hoje um homem dos mais ricos de toda a Amazônia.
Impunidade e estupor
Na listagem de delitos, imensa e diversificada, o leitor poderá deliciar-se com assédio, estupro e outras sevícias, todas devidamente abafadas pela força da grana que tem pago policiais, jornalistas, magistrados e parlamentares, sem falar no nepotismo, apadrinhamento e favor. Há uma lista de pagamentos salariais guardada a sete chaves na prefeitura de Adail. Tem muita gente que arrota caviar, mas se alimenta da carniça fornecida por Adail. E gente graúda, mana! A grana de Adail é tão poderosa que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União não escondem o estupor com tanta impunidade. E vão novamente pra cima.
Chuva no molhado
O senador Jefferson Péres, do PDT e o deputado federal Francisco Praciano do PT, foram à CGU - Controladoria Geral da União para solicitar uma auditoria nos repasses federais ao município. O equívoco de ambos é restringir a investigação nesse nível já que a corrupção maior, taluda e manteúda, está na grana que a Petrobras repassa, a maior fatia de pagamento de royalties, para município com prospecção continental. Entre 2005 e 2006, Coari recebeu da União R$ 160 milhões. Da Petrobrás, em royalties do petróleo, o montante já passou dos R$ 900 milhões. Quase 1 bi, meu irmão! E Coari é a capital nacional da prostituição infantil.
Pé de pica
A dupla pé de pica, Peres e Praciano, vai exigir a participação da Polícia Federal do Amazonas e do Ministério Público Federal. Nesses dois órgãos já existem dezenas de processos contra Adail. Nenhum deu em nada até agora, a não ser o de 2001, que o tornou inelegível por três anos. Tem processo recente de desvio de recursos do INSS. O prefeito descontava o pagamento dos salários e não repassava para a Previdência. Isso foi detalhadamente confirmado pelos agentes da Polícia Federal e quando chegou aos tribunais foi tudo mais uma vez abafado.
História recente
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região remeteu, em abril de 2005, à Justiça Federal do Amazonas (JFAM), os autos do processo contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, na época filiado ao PPS – sempre o mesmo partido do governador Eduardo Braga – em que ele é acusado de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 40 milhões oriundos das contribuições previdenciárias dos servidores do Município, recolhidas entre 2001 e 2004, em sua primeira gestão na prefeitura. Na ocasião, estranhamente o desembargador do TRF da 1ª Região, Ítalo Fioravante, em acordo com o parecer do Ministério Público, declinou de sua competência e determinou a devolução dos autos à JFAM, que já havia se declarado incompetente para julgar o caso em favor do tribunal de segunda instância.
Mumunhas jurídicas
A decisão do tal desembargador foi tomada à época depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei sancionada no final do Governo do então presidente FHC que concedia foro privilegiado a ex-autoridades. Com isso, a abertura de processo contra Pinheiro atrasou mais uma vez se arrastando por quase um ano desde que a Superintendência Regional de Polícia Federal do Amazonas concluiu as investigações que apuraram irregularidades na Prefeitura de Coari. Até a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB) pediu na ocasião que o Ministério Público propusesse o mais rápido possível o ajuizamento de ação contra Adail Pinheiro. “Pelas conclusões do próprio inquérito da PF, havia procedência na denúncia de desvio e apropriação do dinheiro da Previdência. O que ele fez é muito grave”, afirma a deputada. E até hoje, nada aconteceu.
A 2ª Vara da Justiça Federal do Amazonas condenou o prefeito do município de Coari (AM), Adail Pinheiro (PMDB), a perda do mandato político e devolver aos cofres públicos R$ 45,1 milhões por ato de improbidade administrativa.
A decisão é do dia 15 de janeiro, mas até anteontem o prefeito trabalhava normalmente. A decisão, que também indisponibilizou os bens do prefeito, atendeu a uma ação do Ministério Público Federal, com base em denúncias do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Coari.
Uma força-tarefa da Previdência Social apurou que o prefeito Adail Pinheiro recolheu em seu primeiro mandato, entre 2001 a 2004, contribuições previdenciárias de 5.000 funcionários contratados sem concurso público e não repassou os valores ao INSS.
Em 2003, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou o mandato do prefeito sob a acusação de compra de votos e abuso do poder econômico, mas ele renunciou, sendo eleito novamente no ano seguinte.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Coari, José Wilson Cavalcante (PFL), a decisão da Justiça Federal só foi informada anteontem ao cartório da Comarca da cidade. "O prefeito cumpriu a agenda de trabalho normal, o que nos causou estranheza, pois ele já sabia da sua cassação", afirmou o vereador.
O prefeito Adail Pinheiro é também investigado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Amazonas por supostas irregularidades em contratos com empreiteiras e na prestação do recebimento de royalties da Petrobras. Em 2006, a prefeitura recebeu R$ 43,6 milhões pelos royalties referentes a extração de petróleo e gás natural da Petrobras.
Procurado pela reportagem, Adail Pinheiro afirmou que vai recorrer da decisão de Justiça Federal na segunda-feira porque só tomou conhecimento da sua cassação pelo site da Justiça.
Sobre a denúncia, disse que, quando foi notificado pelo INSS, determinou uma auditoria na prefeitura e questionou o valor da devolução na Justiça. "Não foi o prefeito que se apropriou do dinheiro, foi a prefeitura. E vamos recorrer da decisão, não posso ser penalizado", afirmou.