Coaripolis

terça-feira, outubro 31, 2006

CODAJÁS II
Aspectos Históricos
Da aldeia dos índios Cudaiás, primitivos habitantes da região, originou-se a atual cidade de Codajás, fundada em 1892, por José da Rocha Turi, um dos mais famosos pioneiros do povoamento do Solimões. (“História do Amazonas” – A C. Ferreira Reis).Em 30.06.1862, pela Lei Provincial nº 175, é criada a freguesia de Nossa Senhora das Graças de Codajás.
Em 01.05.1874, pela Lei Provincial nº 287, dá-se a elevação a vila, sendo o município instalado em 05.08.1975. Em 10.04.1891, pelo Decreto Estadual nº 95-A, é criado o termo judiciário de Codajás, subordinado à comarca de Coari. Posteriormente, foi o município dividido em quatro distritos: Codajás, Badajós, Anori e Anumã.Em 27.09.1911, pela Lei Estadual nº 682, é criada a comarca de Codajás, que se instala em 25.01.1912.
Em 30.10.1913, pela Lei Estadual nº 141, é extinta a comarca.Em 25.11.1921, pela Lei nº 1.126, ocorreu a instalação de Manacapuru, o termo de Codajás passou a subordinar-se o termo de Coari.Em 07.02.1922, pela Lei nº 1.133, foi restaurada a comarca de Manacapuru a qual foi novamente anexado o termo de Codajás.Em 10.03.1924, pela Lei nº 1.220, passou o termo de Codajás a subordinar-se novamente à comarca de Coari.
Em 04.01.1926, pela Lei nº 1.223, voltou mais uma vez o termo de Codajás a integrar a comarca de Manacapuru.Em 28.11.1930, por Força do Ato Estadual nº 45, foi suprimido o município de Codajás, cujo território foi anexado ao de Coari.
Em 14.09.1931, pelo Ato Estadual nº 33, foi restaurado, ficando o termo judiciário subordinado a comarca de Manacapuru, e o município constituído de um só distrito.Na divisão judiciária de 1937, figura Codajás como termo único de comarca do mesmo nome.Em 30.03.1938, pela Lei Estadual nº 68, a sede municipal recebe foros de cidade.
Na divisão administrativa, fixada pelo Decreto-Lei Estadual nº 176, de 1º de Dezembro de 1938, figura o Município de Codajás com três distritos: Codajás, Anamã e Anori. Os dois últimos foram criados pelo mesmo decreto citado, com território desmembrado do distrito-sede, mantendo até 1956 a mesma composição distrital e é sede da comarca do mesmo nome.

Codajás
O barco que me trouxe até Codajás, o Fernandes II, aportou na cidade às 19h00, muito devagar, além de sofrer a baixa do rio solimões, fez diversas paradas. Durante a viagem aproveitei para ler, dormir e apreciar a paisagem. Fiquei impressionado com a vazante e a beleza das praias.
Algumas informações sobre o município:
Fundação : 1875
Área Total : 18.988,4 km²
Dens. Demográfica : 0,84 hab/km²
População: 17.455
Distância Manaus-Município: 240 Km.
O cyber onde estou postando vive cheio, desde que entrei não pára de entrar e sair pessoas, na sua grande maioria adolescentes que curtem o msn e o orkut.
Obs.: o mapa é da localização do município dentro do estado do Amazonas.

Para inglês ver
Projeto Amazonense Uma Certa Amazônia será apresentado em Conferência Internacional
"Uma Certa Amazônia", projeto elaborado pelo produtor Sérgio Andrade, da Rio Tarumã Eventos e Produções, empresa produtora de eventos e filmes estabelecida em Manaus, é o único representante brasileiro selecionado e convidado para uma apresentação durante o evento CRIATIVE CLUSTERS 2006, conferência internacional das Indústrias Criativas, que acontece em novembro na cidade britânica de Newcastle.
A platéia será composta de investidores e empreendedores das industrias criativas do Reino Unido e de todo o mundo.
A Conferência Creative Clusters 2006 acontece de 5 a 8 de novembro, 2006 - Uma Certa Amazônia será apresentado as 14h do dia 7 de novembro, no Northern Rock Foundation Hall.

Gasoduto Urucu - Manaus
Sexta feira por ordem do Ministério Público Federal a construção do Gasoduto Urucu - Manaus foi suspensa. Claro que uma obra de mais de um bilhão de reais e envolvendo interesses de grande grupos econômicos e principalmente da Petrobras, não ia e nem vai ficar suspensa.
Um motante de dinheiro dessa altura dar para encher muitas malas e bolsos de vários indívduos e instituições. Por isso o governo do estado está recorrendo a justiça para suspender a liminar que está "impedindo" a construção da obra.
Ninguém está interessado de saber como vai ficar o estrago na natureza que essa construção vai causa. É força da grana que destrói coisas belas!

Viajante
Estou quase de saída para Codajás, nossa capital do açaí, até mais!

segunda-feira, outubro 30, 2006

O dia-a-dia do povo coariense



Na marca do Pênalti
Apesar dos ingleses terem inventado o futebol, é o Brasil o país do futebol. Esse façanha é devida a enorme quantidade de craques que nascem por aqui, na sua maioria de famílias pobres, Pelé, Garrincha, Ronaldinho, Ronaldo, Romário, esses são alguns exemplos, mas, se fosse me extender a lista seria sem fim.
É comum ver em toda parte do Brasil crianças chutarem bola e elas começam desde cedo. Esse febre do futebol também se vê em toda nossa Amazônina, desde as comunidades mais distantes dos centros urbanos, até as nossas grandes capitais: Belém e Manaus.
Nesses últimos anos a moda futebolística que tem ganhado força por aqui é o torneio de pênaltis. De dupla ou individual, você se inscreve num torneio e vai para a marca, coloca a bola e chuta, depois é sua vez de ir para o arco, fechar a trave, defender. Quem mais gols fazer e menos levar é o campeão. Os premios são bem variados, na maioria das vezes são porcos ou garrotes.
A foto que ilustra esse post foi feita hoje de manhã às 06h00 de um torneio de pênaltis que começou ontem de manhã, atravessou a noite e veio terminar hoje às 07h00.
Bola na marca, batador preparado, goleiro debaixo da trave. Agora é correr, bater e... goool... ou... defendeu o goleiro!

Outra Coari é possível
Hoje realizamos mais uma reunião da Comissão de Coordenação da Campanha "Natal Solidário". Fizemos a avaliação da festa de abertura e tocamos os novos trabalhos para frente, coisas que vieram fora na abertura:
* distribuição do arrecadado
* data da distribuição
* local
Entre outras coisas. Tudo somado tivemos um saldo muito positivo da reunião. Vamos para frente!

Maravilhoso Mundo Novo
Há uma Amazônia a ser descoberta que não é geográfica, mas, sim antropológica. Nesses últimos 40 anos foram centenas os antropólogos e pesquisadores que estiveram vivendo nas culturas indígenas, conhecendo suas línguas e culturas. Já a cultura cabocla até hoje pede um estudo mais detalhado, ela é a nossa cultura, tão desprezada até por nós mesmo.
Vou postar aqui no blog um jornal comunitário do Camará, uma comunidade do município de Coari. O texto está do jeito que recebi. Como ele é grande, irei colocar aos poucos.
Pai bate demasiadamente no filho, avó intervém no caso, e sobrou para a própria avo.
Pai e filhos embriagados, se dezintenderam e quase deu em tragédia de morte
Pantera imbriagado, apoderou-se de um terçado 128, e desafiou os próprios conhecidos
Jovem foi detido por difamação e ameaça
Carpinteiro bebeu demas Catauaba`que ficou embriagado, alagou-se perdeu as ferramentas, e quase morre.
Líder, convocou comunitário e professores, para uma reunião, que terminou em bete-boca. Líder não soube responder as acusações e saio decepcionado.
líder quis ensacolar professores e saio ensacolado
Professora fugio da voz de um estranho e escapou do estrupo
Apozentado embriagado, fez comercial de uma cobra morta
Jogador agredio juiz de futebol, a socos e a ponta-pés
Marido deixou esposa, por acha-la muito feia, magra e dezajeitada
Primos embriagados, se dezintederam e pucharam ate faca
Mãe ficou em coma, por depressão nervosa
jovem limpando sitio cortou com tanta força,que cortou a bota, e também o pe.

Eleições na Amazônia
Essa foto da eleição do município de Manaquiri é uma pequena amostra de como acontece o dia eleitoral pela imensa amazônia. Tendo uma expressiva população rural espalhada na floresta e vivendo na beira dos rios, lagos e igarapés, move-se nas águas para chegar até a urna mais próxima. Urnas que quase sempre estão nas cidades.
No primeiro turno, como havia interesses locais, diversas urnas foram colocadas em comunidades rurais, onde a população vizinha se dirigia para apertar as teclas e confirmar. Terminada a voração todo material era transportado para a sede do TRE na cidade. Pense lá todo a logística necessária para isso acontecer.
No segundo turno, visto que nosso estado não necessitava votar para governador, não houve muito interesse das urnas chegarem nas comunidades que chegaram no primeiro turno. Os eleitores que puderam ou tiveram oportunidades vieram votar na cidade.
Vieram de barco, lanchas, rabetas, canoas... do modo que deu para vir!

domingo, outubro 29, 2006

sábado, outubro 28, 2006

O PT e a Amazônia

No debate dos presidenciáveis, surgiu a pergunta feita por uma jovem de Belém sobre a devastação da Amazônia.
Durante o governo Lula, a Amazônia viveu seu pior momento e agora vive um pouco melhor. Fomos ao inferno e estamos imergindo ao purgatório, ainda falta muito para chegarmos ao paraíso. Com o PT no governo a floresta amazôica teve seu recorde de devastação.

Os índices alardeados pelo governo do maior rebanho do mundo, a enorme exportação de soja, só fizeram a floresta sangrar, escorreu sangue.

O poior ainda está para vir, quando a lei da "utilização das florestas públicas" acontecer, a chamada "concessão das florestas públicas", onde uma empresa pode utilizar uma determinadada quantidade de hectares por 60 anos. A finalidade é evitar a grilagem da terra. O PT diz que haverá marcação de perto às empresas, fiscalização, o IBAMA será o órgão do governo responsável por essa empleitada.

Sejamos realista, em Coari o IBAMA conta com uma funcionária que tem a sua disposição uma minúscula sala, funcionando nas dependências da UFAM, não tem um carro, um telefone, uma lancha, muito menos combustível, como é que vai fiscalizar um município maior do que alguns estados brasileiros, com 52 mil kilometros.

Tá na hora de colocar o pé no chão!

Justiça Federal suspende obras do Gasoduto Urucu-Manaus
Com o embargo, as obras do gasoduto podem atrasar em mais de um ano, já que voltam aos estágios iniciais. "Uma previsão otimista é que ela ficaria interrompida por 90 dias, pois os estudos de impactos ambientais serão revistos e reavaliados". Leia mais.
Está claro que isso não vai acontecer!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Coragem
A decisão do juiz federal substituto Ricardo Augusto de Sales determinou a suspensão das obras do gasoduto Coari - Manaus, ele considereou inválido o licenciamento ambiental feito pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Essa é uma decisão de muita coragem e pegou a todos de surpresa. O valor da obra é monstruoso, mais de um bilhão, exatos R$ 1.437.600.000,00. A ousadia do juiz mexe com interesses político e econômicos. Tanto Lula, como Alckimin quando estiveram em Manaus, tiveram como centro de seus discursos a Zona Franca e essa construção do Gasoduto.
Provavelmente gente do primeiro e segundo escalões, secretários, assessores do governo e das empresas envolvidas irão passar o fim de semana sem dormirem. Centenas de ligações telefônicas irão serem feitas entre o norte e Brasília.
Suma juiz, suma, venha para Coari... aqui ninguém lhe conhece!
A foto foi feita quando Lula veio em Coari e deu o primeiro pingo de solda na construção do gasoduto. Naquele tempo o presidente não sabia quanto iria custar e nem quem iria fazer o gasoduto, muito menos os estragos que ele vai deixar na floresta Amazônica.

A Justiça Federal considerou inválido o licenciamento ambiental do Gasoduto Urucu-Manaus, feito pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), órgão do governo estadual, e determinou a suspensão imediata das obras do gasoduto.
A decisão do juiz federal substituto Ricardo Augusto de Sales foi divulgada hoje (27) e é fruto de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. Ela determina que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assuma a competência pelo licenciamento ambiental do empreendimento, sob pena de multa diária de R$ 20 mil para seu superintendente regional, Henrique Pereira. Além disso, estabelece uma multa diária de R$ 2 milhões para a GásPetro (subsidiária da Petrobras), caso a empresa não suspenda as obras.
"Decisões judiciais cumprem-se", declarou Pereira à Radiobrás , minutos após ter recebido a intimação judicial. "As questões de licenciamento no âmbito federal são de competência exclusiva da direção do Ibama, não há delegação de competência para as superintendências. Por isso, só me resta notificar a gerência de licenciamento ambiental do Ibama em Brasília dessa decisão", explicou.
O superintendente regional do Ibama disse que o licenciamento ambiental do gasoduto foi realizado pelo Ipaam porque as obras estão exclusivamente dentro do Amazonas. "O Ibama entendeu que o licenciamento era de competência do órgão estadual. A magnitude dos impactos do empreendimento não é significativa em nível nacional", justificou. "Eu quero crer que esse entendimento técnico-jurídico será mantido. Provavelmente a Advocacia Geral da União apresentará recursos.
" O coordenador regional da Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Rubens Gomes, afirmou que recebeu a decisão de suspensão das obras com "surpresa e tranqüilidade". "Nós não podemos ser a favor de nenhum ato ilegal”, opinou. “O licenciamento ambiental é um processo que precisa ser feito de fato, para que haja compensação efetiva das comunidades impactadas." A Rede GTA reúne cerca de 600 organizações não-governamentais, sindicatos e movimentos sociais de toda a Amazônia.
Com 671 quilômetros, o gasoduto vai atravessar oito municípios do Amazonas: Coari (município onde fica a província petrolífera), Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba e Manaus.
As obras foram distribuídas em três trechos, designados por letras: A, que vai da província petrolífera à sede de Coari (285 quilômetros); B1, que vai da sede do Coari à sede de Anamã (196 quilômetros); e B2, que vai de Anamã a Manaus (190 quilômetros).
Os trechos A e B2 foram orçados em R$ 770,6 milhões e serão executados pelo consórcio OAS e Etesco e pelo consórcio Camargo Correa e Skanska, respectivamente. O trecho central, B1, orçado em R$ 667 milhões, ficou a cargo das construtoras Andrade-Gutierrez e Carioca.
Fonte: Radiobras

Ladroagem
Enquanto a maioria dos trabalhadores do Brasil ganham R$ 350,00; os vereadores de Manaus não estã contentes com o que ganham, além de terem um salário de R$ 7.100,00, ainda querem mais.
22 dos 24 vereadores da capital votaram a favor de um Projeto de Lei garantindo o retorno do pagamento oficial do 15º salário.
Vote, vote nessa gente e veja o quanto eles vão roubando de nós!

Cai 30% o desmatamento da Amazônia
Esta é a melhor notícia do ano
O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apresenta a estimativa de desmatamento na Amazônia Legal para o período 2005-2006, realizado pelo “Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal” (PRODES), parte da Ação 4176 “Monitoramento Ambiental da Amazônia Brasileira por Satélites”.
A estimativa foi produzida para que o Brasil possa apresentá-la na Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas. Esta conferência acontece em Nairóbi, Quênia, no início de novembro. Na conferência, o Brasil vai defender sua proposta de criação de um fundo internacional para redução do desmatamento nas florestas tropicais.
O INPE analisou 34 imagens, onde ocorreu 67% do desmatamento na Amazônia no período de 2004-2005. A taxa calculada nestas imagens foi 8.836 km2. Com estes dados, o INPE estima que a taxa de desmatamento da Amazônia para o período Agosto 2005 – Agosto 2006 seja de 13.100 km2, com uma margem de erro de 10%. Esta projeção indica uma queda de 30% em relação ao período 2004-2005. É a segunda menor taxa de desmatamento na Amazônia verificada desde que o INPE iniciou este tipo de levantamento anual em 1988.
Fonte: Inpe
Saiba mais sobre a Amazônia com o livro de Marcelo leite: A Floresta Amazônica
A Amazônia contém pelo menos um terço das florestas tropicais do mundo e dá ao Brasil o título da biodiversidade do planeta, com seus 5 milhões de quilômetros quadrados e 5 mil espécies de árvores. No entanto, a insistência num modelo predatório de ocupação e de exploração econômica vem destruindo a floresta ao ritmo de 20 mil quilômetros quadrados por ano.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Os novos (velhos) companheiros do PT

Esta é a imagem do ano e nem precisa muito palavreado para dizer isso. Quem conhece um pouco da história recente do país, sabe muito bem disso.
Quando o PT era um partido de esquerda, isto é, se algum dia chegou a ser de esquerda, o PMDB era seu arquiinimigo. Hoje como demonstra a foto estão de mãos dadas para chegarem juntos ao poder.
Para isso o PMDB renunciou de colocar um candidato a presidente da república, mesmo tendo alguns pretendentes dentro do seu quadro: Garotinho e Itamar. Com absoluta certeza o PMDB vai eleger Lula, de quebra o PT. Só com a força da turma do Sarney Lula chegará lá.
O PMDB partido mais do que passado na casca do alho não está entregando as coisas assim de graça. Essa faixa presidencial deve está valendo muitas malas cheias de dinheiro. O pior de tudo é saber que esse dinheiro é do povo brasileiro!
Obs.: com esse post não quero dizer que sou PSDB. Vejo que no momento estamos naquela situação de se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.

V... de Vitória
Dias atrás postei aqui um post sobre a luta dos moradores da minha rua contra a "Movelaria Araújo", situada no nosso mesmo quarteirão. Esta 'movelaria' já está há muitos anos funcionando neste terreno, quando tudo começou era um espaço praticamente fora do perímetro urbano, hoje com o crescimento da cidade se encontra no centro, entre dois bairros.
O funcionamento desse tipo de empresa coloca a saúde das pessoas em risco, coloca no ar muito pó, vários tipos de substâncias químicas e fumaça das caieiras. Para completar há o barulho das máquinas, as vezes elas chegam a funcionar uma média de 18 horas por dia.
Os moradores aqui da rua depois de anos sofrendo prejuízos na saúde, fizeram um abaixo assinado e entregaram a diversos órgãos públicos. Ontem soubemos que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente visitou a Movelaria Araújo, fez várias vistorias e determinou que as caieiras que funcionam com sobras de madeira que não servem para fazer nenhum tipo de móvel, fossem suspensas, já é alguma coisa, muito.
Essas caieiras expeliam no ar uma famaça sufocante, era como no estivesse no ar pó de madeira, mais ou menos como um talco negro e quente, sem controle a tudo invadindo.
Para nós foi uma vitória, uma grande vitória. Vamos ver o que vai acontecer daqui para frente!

Peixes
Há várias anos, diversas instituições, comunidades rurais, secretarias municipais e estaduais, e outros tipos de organizações vêm tentando encontrar caminhos para o desafiante mundo da pesca na Amazônia.
Do modo que está num prazo de mais ou menos cinquenta anos deixará seca as principais reservas desse precioso e principal alimento dos amazonidas.
Há várias experiências sendo feitas, desde as reservas extrativistas, como criações particulares. Em algumas dessas iniciativas, órgãos do governo nas diversas esferas buscam juntos com os ribierinhos saídas para encarar a crise de frente, já em outras situações as próprias administrações locais estão contra qualquer iniciativa dessa natureza. Geralmente quando isso acontece, alguém com certo poder de financiar campanhas, gerar muitos votos ou vereadores estão envolvidos na empresa de pesca, de pesca predatória.
A questão da pesca que não respeita lei e nem tenta preservar para consumir e sempre ter, é mais complexa do que podemos pensar. Funciona numa aspiral que na maioria das vezes tem o envolvimento de diversas pessoas das comunidades rurais, tanto trabalhando nos barcos de pesca da capital, como dando informações onde se encontra o peixe. A complexidade de controlar esses barcos é enorme.
Mais a empresa da pesca não gira só com esses barcos. Pela imensa Amazônia há pescadores que fazem da pesca seu único ganha pão, pescam sozinhos em pequenas canoas, conhecem bem todos os espaços onde habitam os peixes. Alguns utilizam o argumento que eles pescam para sua sobrevivência, em prática se juntamos todos esses pescadores, iremos ter um número surpreendente, de milhares e milhares.
Na sua grande maioria eles vivem nas cidades, mas, vivem como vivessem na zona rural, vieram de lá.
É comum ver vendedores de peixes pelas ruas da cidade, vendendo em cambadas. Aqui, no caso das fotos, a venda estava sendo feita em carrinhos de mão. Como ajudá-los a entender que pote onde não se coloca água, um dia secará?

quarta-feira, outubro 25, 2006

Flores d'água
Escolher o caminho do manejo é o caminho para preservar a Amazônia. Seja o manejo da floresta como o da pesca, caso contrário no planeta verde não irá tão longe.
Curso de Manejo Comunitário de Pesca capacita integrantes da Unida no Pará

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ProVárzea promove, entre os dias 23 e 28 deste mês, em Alter do Chão, Santarém, no oeste do Pará, o curso de Manejo Comunitário de Pesca na Amazônia.
O objetivo do curso é capacitar os integrantes da Unidade Integrada de Defesa Ambiental (Unida) dos municípios de Alenquer, Santarém, Óbidos, Terra Santa, Oriximiná e Prainha, no baixo Amazonas, para que possam fazer a gestão conjunta dos recursos ser um instrumento eficaz no manejo dos recursos pesqueiros da região.
Os participantes são lideranças comunitárias, Agentes Ambientais Voluntários e técnicos, representando diversas entidades da sociedade civil, entre as quais Colônias de Pesca e Associações Comunitárias; e também a esfera pública, como prefeituras, Polícias e demais órgãos participantes da Unida dos municípios.
As questões da gestão participativa e da integração entre os atores sociais reunidos na Unida estão presentes em todos os temas do curso, que foi estruturado em seis módulos, abordando os seguintes assuntos: Ecossistema Amazônico, Recursos Naturais Renováveis na Amazônia, Biologia Pesqueira, Pesca na Amazônia, Organização Comunitária, e Manejo e Políticas Públicas.
A capacitação é importante para que possa haver maior participação das entidades na elaboração e implementação de normas complementares de caráter local, como os Acordos de Pesca.

Natal Solidário
É do conhecimento de todos que a Amazônia é a maior reserva biológica do mundo, portanto, rica em diversos tipos de vida. Em se tratando de grandeza podemos enumerar números que deixarímos países ricos para trás: maior reserva de água doce, maior floresta, infinidades de recursos naturais e minerais. Só isso já dar uma idéia da nossa riqueza.
Infelizmente qualquer um que percorrer nossa terra irá levar consigo uma imagem da imensa pobreza dos amazonidas. Pobreza extendida por todo esta vasto território, seja nas comuniades embrenhadas no mais profundo rincão da floresta, como nas cidades pequenas e nas nossas metrópoles: Belém e Manaus.
A cidade de Coari não foge a essa dura realidade. Rica pela exploração de petróleo e gás natural encontrada em suas terras, mais com seus habitantes passando toda tipo de necessidades geradas pela monstruosa pobreza. Conviver com essa gente que sabe que é rica , mas, vive na pobreza é um desafio encantador, até porque enquanto uns ostentam a riqueza vinda dos poços de gás e petróleo, outros não conseguem colocar peixe e farinha no prato todos os dias do mês.
Nesse tempo que se aproxima do Natal diversas entidades tomam iniciativas para fazerem algo para que as famílias necessitadas tenham o que comer. Foi com essa intenção que um grupo de entidades estão se unindo numa Campanha intitulada "Natal Solidário".
Hoje pela manhã a Coordenação da Campanha Natal Solidário convidou diversas entidades e comerciantes da cidade para a abertura da Campanha que aconteceu no SESC. Diversas pessoas compareceram representando várias entidades.
A programação se dividiu em 4 momentos:
* explicação do funcionamento da campanha
* apresentação feita pelas crianças, adolescentes e jovens da Pestalozy
* mensagem de motivação a solidariedade
* coquetel.
Todos os que compareceram, mostraram grande interesse na campanha e vontade de fazer várias coisas para ajudar a construir esse momento de solidariedade. Boa sorte a todos da Coordenação da Campanha do "Natal Solidário".

Politiqueiros ricos
Excelente matéria do Jornal A Crítica com o título: Os mais “abastados”. A maioria de nossos "políticos" estão ricos, muito ricos. Não é atoa que está cada vez mais caro se eleger para qualquer cargo eletivo. De vereador a presidente da república os valores são exorbitantes, para fazer vergonha, isso num país tão empobrecido.
Quem perde nessa jogada arriscada e sem vergonha é o povo brasileiro que deixa de ter os serviços básicos prestados pelo estado ou melhor se investe o mínimo nesses serviços: educação, saúde e segurança.
Esses assaltos ao bolso do brasileiro, passa por todas as escalas do poder: municipal, estadual e federal. Até quando isso vai permanecer? Claro que todos nós somos os culpados, afinal de contas, eles são eleitos por nós. Já diz o ditado: "cada povo tem o governo que merece".
Essa crise de corrupção, demonstra que vivemos uma crise ética.

terça-feira, outubro 24, 2006

Energia
Ontem ouvi um barulho na cidade, hoje ele se repetiu. Um barulho parecido com os dos homens bomba do Iraque, com os das bombas policiais jogadas na população ou pelos traficantes sobre os policiais, parecido com um tiro de canhão. Mas, para nossa alegria não era nada disso.
O barulho, tanto o de ontem, como o de hoje foi da explosões de "transformadores" . Esses transformadores prejudicados pelas explosões tem causado a falta de energia na cidade, com isso causando prejuízo em vários tipos de negócios que precisam de energia para fazer funcionar seus maquinários.
Conversando com o dono de um pequena gráfica, ele me dizia que estava com vários trabalhos parados, pela falta de energia para as máquinas gráficas. Um comerciante me falava que com a falta de energia ele está entrando no prejuízo com sua mercadoria, tipos: "frios".
Há alguns meses atrás o secretário de administração do município numa entrevista ao Jornal A Crítica (principal jornal do norte) alardeava com orgulho que Coari estava preparada para receber qualquer tipo de empresa, essas empresas gerariam empregos para a população. Até agora nunca vi uma empresa funcionar com energia a lenha ou fogareiros. Ao menos nos tempos atuais.
Quando o gasoduto Urucu - Coari estava sendo construído, a conversa na cidade é que nossa geradora de energia seria movida a gás natural e que sendo o gás das nossas reservas, do nosso quintal, a energia do município teria um preso irrisório.
Nada disso tem acontecido. O que na verdade está acontecendo é que não estão tendo capacidade de adminstrar uma boa manutenção das máquinas geradores de energia. Sem manutenção adequada os "transformadores" começaram a explodir.

segunda-feira, outubro 23, 2006

OAS
Fim de tarde em Coari, o sol começa a se esconder atrás das árvores, o comércio começa a fechar suas portas. Enquanto isso no porto da cidade, diversas lanchas, estilo expresso trazem dezenas de trabalhados de macacão laranjado.
Desembarcam e caminhando vão procurar seus lugares para passar a noite. São homens vindos de diversos lugares do Brasil para a construção do Gasoduto Coari - Manaus, funcionário da Construtora OAS que está prestando serviços a Petrobras. São centenas, saindo do porto com seus uniformes laranjados, parecem torcida de algum time de futebol saindo do estádio.
Trabalharão algum tempo por aqui e depois retornarão a seus lugares de origem ou vão trabalhar em outros locais. Enquanto estiverem em Coari, distante muitas milhas da família, muitos são homens "solteiros", mesmo que sejam casados, "são solteiros".
Longe de casa, sem ter muita coisa para fazer ao cair noite. Imagine você caro leitor deste humilde blog o que acontece!!!
Já vivemos uma situação semelhante quando foi construído o Gasoduto Urucu - Coari. O resultado não foi muito agradável: aumento da prostituição, prostituição infantil, crescimento de DST e até casos de aids, aumento no número de jovens grávidas, gravidez na adolescência, maior consumo de drogas (bebida, maconha e concaína).
Com certeza a obra deixará um bom retorno econômico para o município que entra de maneira oficial através do repasse que a Petrobras faz para a prefeitura, nunca sabemos o que é feito com esse dinheiro e há muitos comentários na cidade sobre ele. A outra entrada direta é do próprio trabalho sobre produtos de consumo. Todas duas são bem vindas.
Acontece que dinheiro nenhum no mundo vai pagar o estrago social que a macharada vai deixar por aqui!

UFAM em Coari
Não poderia deixar de postar o excelente comentário do Railton sobre a educação superior, a Ufam em Coari. Railton é um coariense que está estudando na Alemanha. Conversamos algumas vezes pela internet, eu de Roma e ele da Alemanha, depois com minha ida para a terra da cerveja quase que nos encontramos por lá. Foi uma pena que não deu certo o nosso encontro.
"Eu como leitor assíduo do seu excelente Blog, não poderia jamais deixar de expressar aqui minha opinião a respeito do teu post que fala sobre o oferecimento de novos cursos Superiores pela UFAM no município de Coari e demais municípios.
Eu tentei localizar o edital do Processo Seletivo Macro Verão 2006 da UFAM para ver como se deu o processo de seleção dos candidatos, porém não encontrei. Acho que, assim como acontece com o Processo Seletivo Macro-PSM, o PSM Verão 2006 não teve grandes novidades quanto a restrições de acesso às vagas para os municípios contemplados com a expansão da UFAM. Refiro-me ao sistema de cotas e se foi tomado alguma medida no sentido de contemplar os estudantes do interior durante o preenchimento das vagas. Já que a intenção é expandir o número de acesso de estudantes do interior do Amazonas ao Ensino Superior Federal, seria muito justo se fosse tomado uma medida que privilegiasse o maior número possível de estudantes interioranos durante o PSMV 2006. A intenção não é levar o desenvolvimento econômico e social ao interior do estado Amazonas?
Acho que as autoridades e estudantes dos municípios não atentaram para esse detalhe que é de grande relevância, pois podemos ter nossas salas de aulas lotadas com estudantes de outros estados que virão para o Amazonas somente em busca do canudo ou conhecimento. Sem a intenção de vínculo algum com o nosso Estado.
Vale lembrar que nossas Universidades Federais Brasileiras estão aderindo cada vez mais ao sistema de cotas para ajudar a promover a integração social. Então eu acho que a UFAM deveria ter uma concepção mais justa e moderna do princípio de isonomia. Apesar de sermos considerados iguais perante a lei, baseado na nossa realidade social não podemos ser considerados iguais por força de Lei, pois nossa realidade econômica e social é totalmente outra. Deveria ser trabalhado um projeto de lei que estabelecesse um sistema de cotas para os candidatos do Estado e de fora do Estado na Universidade Federal do Amazonas, “especificamente” para as vagas dos municípios do interior, a exemplo da cota de vagas que já existe para os alunos que provenientes de escolas de ensino público.
Um detalhe importante, é que o sistema de cotas para alunos vindos de outros estados foi implantando com muito sucesso na UEA. Pela lei agora, apenas 20% das vagas disponíveis serão disponibilizadas para os alunos de fora do Estado e 80% para os que cursaram o ensino médio no Amazonas.
A lei foi sancionada pelo Governador Eduardo Braga e julgada legitimamente constitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Agora não está acontecendo mais o que acontecia antes na UEA, quando mais de 80% das vagas para o curso de Medicina eram ocupados por estudantes oriundos de outros Estados do país. Então, eu deixo aqui um ponto para reflexão, a exemplo do que fez o Archipo, - Por que não estender esse grande exemplo de justiça que deu nosso governador ao ensino no interior do Amazonas com a UEA, para os cursos superiores oferecidos pela UFAM no interior?
Eu acho isso uma possibilidade constitucionalmente possível, mas depende muito do interesse de nossas autoridades envolvidas! Uma ação conjunta dos representantes estudantis de DCE´s, Secretaria de Educação dos municípios sedes dos cursos e demais representantes esferas públicas do governo junto ao Reitor Hidembergue Ordozgoith. Isso poderia despertar uma atenção maior nesse descaso e somar com o processo de desenvolvimento que o interior não experimenta.
Deveria ser dado uma atenção especial aos nossos cursos do interior e só reforçando o ponto que o Archipo comentou, deveria ser criado cláusulas no edital, criando barreiras a candidatos que têm a intenção de ingressar nos cursos no interior e depois pedir transferência para outra Faculdade. Eu não acho isso justo, pois ele está tirando a vaga de outro aluno que quer estudar!
Você tocou em um ponto muito importante quando falou “na verdade a educação coariense não está preparando os coarienses para entrarem na universidade”. Isso é uma verdade absoluta, visto que a cada ano a quantidade de estudantes Coarienses que ingressam em faculdades públicas é irrisória. Como agora estamos tendo o privilégio de ter esses cursos superiores oferecidos na cidade, a SEDUC Coari deveria estudar uma forma para fazer com que os estudantes que prestarão o PSC para o preenchimento das vagas em 2007, possam competir de igual para igual com os alunos da capital, senão nossas vagas sempre ficarão nas mãos dos alunos privilegiados da capital! Concordas?
Coari está se tornando aos poucos uma cidade universitária e não temos infra-estrutura adequada para absorver os novos funcionários, estudantes e prestadores de servicos, principalmente agora com o governo federal aplicando recursos para a construção de novas instalações da unidade acadêmica da UFAM, salas de aulas, prédios administrativos, Instituto de Saúde e Biotecologia, etc. Já temos em andamento os cursos da EUA e agora também os cursos Técnicos da CEFET. Sem falar quando começarem as obras do gasoduto...Esperamos que medidas sejam tomadas e que o processo de crescimento ande sempre de mãos dadas com o desenvolvimento.
Enfim, eu vejo isso tudo como muito positivo financeiramente para nossa cidade e para o nosso interior.
Finalmente o progresso está chegando ao interior do Amazonas. Esperamos que esse progresso alcance a todos e não privilegie somente alguns!
Saudacoes,
RAilton."

Uma Nova Coari... é possível!
A foto é do quarteirão da minha casa, da minha rua. O prédio maior é a Escola Estadual GM3, coisas do Gilberto Mestrinho, o outro prédio é a Movelaria Araújo, a ela também pertence o terreno grande, seu quintal.
A Movelaria Araújo funciona nesse terreno há muito tempo. Talvez esteja aqui desde o começo do bairro, quando essa área da cidade estava começando a ser urbanizada. Acontece que com o crescimento da cidade, a movelaria está localizada dentro do perímetro da cidade e os habitantes começam a sentir os efeitos dos restos de madeira e pó por ela liberados.
O pó da madeira é levado pelo vento, invadindo toda área ao seu redor, inclusive as casas. A sobra da madeira que não serve para nenhum móvel é transformado em carvão, feito em caieira e esse processo gera uma fumaceira constante.
Os moradores da minha rua, já não aguentando essa situação de crime ambiental, onde nossa saúde é a mais prejudicada, foram falar com o dono da movelaria, ele disse que dentro de 15 dias daria uma resposta, os 15 dias se passaram... e nada.
Semana passada, se reuniram e elaboraram um documento baseado em diversas leis do Brasil (se alguma lei vale por aqui... vamos ver!), assinaram e encaminharam a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Municipal da Saúde, Promotoria Pública e ao IBAMA.
Estamos esperando uma resposta, se é que vão nos responder. Estamos tentar nossos direitos através de via legal. Se conseguiremos... não sei! Estamos tentando construir uma Nova Coari, baseada na lei e no direito para todos.

UFAM Coari
Excelente comentário do Archipo buscando uma reflexão sobre a UFAM Coari
"Busco uma Reflexão aqui. Até que ponto esses alunos vão trazer benefícios para Coari ?Penso que os mesmos vieram fazer o vestibular por aqui e dessa forma retiraram a chance dos coarienses de fazer uma Faculdade na área de Saúde em Coari. Mesmo porque após eles cumprirem o tempo previsto por lei, os mesmo pedirão transferência para Manaus deixando as salas vazias.Essa história já é velha."
Tentando responder digo que os alunos deixarão um benefício para Coari, o primeiro deles é econômico. Os alunos morando, deverão por força da situação sustentar uma estrutura de vida e isso implica em moradia, água, luz, telefone, alimentação, etc. Claro que são livres para se transferirem e irão fazer com certeza é só cumprirem o tempo obrigatório.
O que de fato devemos discurtir é que na verdade a educação coariense não está preparando os coarienses para entrarem na universidade. E isso é sério. Por um lado escolas que não tem condições para isso, aqui não estou falando de prédios, só eles não bastam. Por outro lado alunos desmotivados para estudarem.
Só quando levarmos a sério a educação do nosso município é que poderemos discurtir outras questões. O vestibular é aberto, ninguém pode proibir que estudantes de outros municípios prestem vestibular aqui, é uma obrigatoriedade do MEC. Eu não tenho dúvida que isso só faz bem para a educação coariense, pois, é só no confronto com jovens que estudam em outros municípios é que vamos saber se estamos ou não fazendo o que temos que fazer para a educação de Coari.
Dinheiro não falta. Onde ele está sendo investido... é outra história!

Uma cidade inteira em movimento, respirando futebol e beleza 24 horas, assim é o Peladão, o maior campeonato de peladas do mundo.
O campeonato também está acontecendo em Coari. O time campeão daqui irá para Manaus e entrará nas oitavas de finais. Junto com o time a garota peladão Coari 2006, representará a beleza da mulher coariense, neste tão concorrido concurso de beleza.

domingo, outubro 22, 2006

Outro mundo é possível... outra Coari é possível!
Será que é? É sim. Comecei junto com várias entidades convidadas (Unidade Básica de Saúde do Urucu e União, Escola Estadual Maria Almeida, Secretaria de Segurança, SESC, Centro Educacional Paraíso, Centro Comunitário Jacó Dantas, Centro Comunitário Maria Olinda, Escola Municipal Agenor Smith) uma Campanho do Natal - Natal Solidário.
A intenção é buscar arrecadar alimentos não perecíveis e destribuir a famílias carentes no Natal. Estamos esperando contar com muitas solidariedade, visto que são muitos os pobres nesse município tão rico.
Já nos encontramos três vezes e entre a Comissão Coordenadora há um clima de muita energia positiva para que tudo aconteça da melhor maneira possível. Contamos com sua colocaboração, sua torcida!

UFAM Coari
Num dos post que postei aqui falava dos benefícios econômicos da UFAM e seus cursos fixos em Coari (biologia, matemática, física, química, enfermagem, biotecnologia, nutrição e fisioterapia).
Essa semana encontrei uma senhora que está na cidade procurando local de moradia para sua filha que vêm para cá com mais treze amigos, ao todos são 14 pessoas, isto só de um grupo. Ela estava encontrando grande dificuldade em encontrar casa ou apartamentos para eles.
Some a esse grupo todo o corpo da reitoria, mais corpo técnico e o corpo docente da UFAM, quantas pessoas serão? Sendo a maioria de fora, precisam de moradia e toda uma estrutura de vida.
A Economia que falava no post era só dos professores, não tinha acenado para o dinheiro que irá entrar aqui via alunos. Com a UFAM só temos a ganhar!

Na trilha do dinheiro...
Sucesso – O êxito do Empreender-JP ultrapassou as fronteiras do Estado e despertou o interesse de várias cidades do País. Representantes das prefeituras de Coari (terra do petróleo e do gás), Maués (terra do guaraná) e Manaus, capital do Estado do Amazonas, além do Recife, em Pernambuco, já estão em João Pessoa para participar da inauguração da nova sede da Sedesp. Eles vão acompanhar o processo de liberação dos financiamentos, já que o programa criado pelo Governo Municipal poderá servir de modelo para a implantação de uma iniciativa semelhante nestes municípios. Leia mais.
Dinheiro de onde vir será sempre bem vindo e um pouquinho mais não nos fará mal. O que todos esperam é que ele seja bem aplicado, que não fique voando em malas por aí!

sábado, outubro 21, 2006

Pão Francês
Hoje começa a valer a lei que decidiu que a venda do pão francês deve ser por peso. Esse gente não tem nada para fazer e anda inventando lei para não serem cumpridas, mais uma, para confundir mais ainda a vida do povo, pobre povo. Dificilmente essa lei vai valer por esse imenso Brasil.
Com toda certeza no Amazonas, talvez, em Manaus algumas panificadoras cheguem a ensaiar fazer valer a lei, quanto ao resto, será muito difícil. Em Coari, onde diversas pequenas padarias disputam o consumidor com as grandes panificadoras e sem ter alguém ou algum órgão para fiscalizar, tudo ficará praticamente na mesma.
A verdade mais dura e crua nessa história toda é o aumento do trigo e logo o aumento do preço do pão ou o seu encolhimento. Esta segunda opção é feita por muitas padarias por aqui.
Que tamanho ficará o pão coariense?

Violência na Amazônia
A Amazônia tem convivido nesses últimos tempos com diversas formas de violência. Violência no campo, violência na cidade. Algumas vítimas vão deixando impressões negativas, manchando nossa imagem de "bons selvagens", lembrando o assassinato de Dorath Stang e mais recentemente de uma estudante portuguesa.
O Jornal A Crítica de ontem traz uma longa matéria sobre o crescimento da violência cometida por adolescentes: Adolescente que matam sem pena no Amazonas. Passamos das mortes encomedadas pelos mais diversos tipos de coronéis, para morte por puro prazer, satisfação de um vazio existencial, complemento do extâse do mundo das drogas.
A matéria mostra a dura face desse do mundo dos adolescentes, jovens. Os números são de impressionar, com também as armas usadas por eles.
O Jornal não esquece de falar do interior: "Destacamos que no ano passado foram registrados 13 homicídios cometidos por adolescentes em 22 municípios, sendo eles Anori, Japurá, Carauari, Nhamundá, Barreirinha, Maraã, Autazes, Atalaia do Norte, Urucará, Boa Vista do Ramos, Parintins, Novo Aripuanã, Apuí, Tabatinga, Humaitá, Presidente Figueiredo, Tefé, Juruá, Coari, Nova Olinda do Norte, Borba e Envira. Nesses mesmos municípios, houve 110 tentativas de homicídios praticadas por adolescentes".
Nós aqui em Coari, tivemos nestas duas últimas semanas, duas mortes. As armas: terçado e faca. A primeira de um jovem de 22 anos.
A violência por aqui é gritante. O tráfico de drogas deita e rola, a prostituição corre solta. Ainda não vi nenhuma ação de efeito da Secretaria Municipal de Segurança, principalmente a de chamar a sociedade para o debate, para juntos buscarem caminhos, tentando superar os desafios.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Nós amazônidas já estamos nos cansando de tantos discursos, palestras, seminários e estudos sobre nossa terra. Palavras ao vento. No fim o que sobra? Quais são as ações concretas para as nossas vidas? Quais as idéias que vão levar a Amazônia para a preservação?
Parole... parole... parole!

Privatizar a Amazônia para preservá-la é uma idéia terrível, diz Al Gore
Al Gore é hoje a maior estrela mundial entre os ativistas ambientais. Ex-vice-presidente dos Estados Unidos e candidato derrotado por George W. Bush nas eleições de 2000, o democrata agora viaja pelo mundo realizando palestras e alertando sobre os riscos do aquecimento global. Para quem espera truculência ou arrogância de um político americano, Gore surpreende. Ele desdenha da estratégia de compra de terras na Amazônia por investidores estrangeiros, com vistas à preservação da floresta: "Acho essa uma idéia terrível. Sabe por quê? Porque enfurece os brasileiros. E nós não podemos sustentar isso", disse à reportagem do Amazonia.org.br. Leia mais.
Esta é uma idéia que volta e meia volta a cena midiática. são vários os interesses do mundo rico sobre nossa Amazônia. Do outro lado está o governo e a população brasileira, tanto um como o outro deixando muito a desejar no cuidado do planeta verde. Até quando vamos aguentar esse cabo de guerra?

Internet coariense
Todo o interior sofre pela falta de diversos serviços. Coari cresce e o mercado de alguns serviços não está acompanhando esse crescimento. Não vou fazer uma lista dos serviços que poderiam ser melhor por aqui.
Coloco os dois que mais fazem falta, ao menos para minhas necessidades: uma boa oficina mecânica e profissionais da área da informática (softs e hards), manutenção de computadores e internet.
Passei dois dias fora do ar por falta desses profissionais.
É assim a vida do interior. Um município tão rico, mas, tão pobre em serviços!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Crise ambiental global

Ter petróleo é uma maldição?
Ricardo Neves na sua coluna da Revista Época 436, escreveu um excelente artigo sobre o petróleo, com o título acima. Transcrevo algumas partes do texto:
"O Brasil comemorou recentemente a auto-suficiência em petróleo. Aparentemente, o Estado do Rio de Janeiro, responsável por 83% de toda a produção nacional, é quem mais se beneficia disso. Se fosse membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), ele estaria em oitavo lugar no ranking desses países. Isso parece bom. Mas - acredite - é preocupante para o Brasil.
Basta dar uma olhada na lista dos membros da Opep: Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque, Argélia, Indonésia, Líbia, Nigéria, Catar, Emirados Árabes e Venezuela. Todos são países de regime repressivo. Nele, a democracia pe mera formalidade, a economia não tem dinamismo e a desigualdade econômica é imensa, muito maior que no Brasil.
Países que têm riquezas naturais, pouco dinamismo econômico, sociedades estagnadas e regimes repressivos formam um padrão bem conhecido de estudiosos do desenvolvimento. Eles chamam essa realidade de síndrome da "maldição dos recursos naturais". Parece existir algo na facilidade em obter riquezas naturais, seja para o consumo próprio, seja para exportar, que faz com que a nação não consiga traduzir isso em dinamismo econômico. Nem em desenvolvimento para toda a população.
Os estudiosos que sustentam a tese da "maldição dos recursos naturais" afirmam que, mesmo quando se trata de uma sociedade democrática, a abundância de recursos naturais inibe a capacidade de inovação de um país.
Já vivemos iludidos no passado com outras commodities, como o pau-brasil, açúcar, ouro, borracha e café."
Apesar de Coari não ser um país e ainda pertencer ao Brasil, o artigo de Ricardo Neves, tem tudo a ver conosco!
Obs.: este post era para ser postado ontem, mas, a conexão caiu!

Fora do ar... fora da net
Estive por 24 horas sem conexão, foi como ficar sem TV em casa, apesar de não assitir TV. Não sei porque razão isso aconteceu, meu provedor não deu nenhum sinal de vida. Sei que uma das dificuldade do interior sãos os serviços e sofremos por causa disso. Espero que tenha sido esta a causa!

terça-feira, outubro 17, 2006

Impresa Vermelha
Portal Vermelho é o nome do site do PCdoB. Página que incensa todas as ações do partido e dos seus afiliados, principalmente dos que exercem algum cargo politiqueiro. Os nomes mais fortes aqui no Amazonas são os da Deputada Federal Vanessa e de seu esposo, o deputado estadual Eron. Os dois tiveram praticamente a metade dos votos das eleições passadas, mesmo assim, conseguiram se reeleger. Talvez este seja o último mandato do casal vermelho.
Tanto Eron, como Vanessa sempre estão disponibilizando conteúdo para a página do PCdoB, conteúdo crítico sobre diversos assuntos. A deputada federal Vanessa tem tentado mostrar na imprensa que o prefeito de Coari sempre está envolvido com alguma falcatrua, ela não tem deixado passar nada. Buscou caçar Adail, como caçavam as bruxas na idade média.
De repente, assim do nada, parece que mudou, confira no site da imprensa vermelha um artigo falando como positivo a construção do gasoduto Coari-Manaus, essa construção sempre foi vista pela deputada como negativa.
Acontece que agora tanto Vanessa, quanto Adail estão buscando o mesmo interesse: a reeleição do Presidente Lula. Os adversários juntaram as mãos, unidos pela mesma causa. Afinal de contas, são ou não são farinha do mesmo saco?

Google Earth
O programa que permite acessar um banco de fotografias feitas por satélites, atualizou suas imagens. As fotos melhoraram bastante, isto é, de alguns lugares. Coari ficou bem na foto, a visão que se tem da cidade é encantadora.
Onde será que vai a tecnologia? Com o tempo conseguirão filmar malas cheias de dinheiro viajando pelo espaço, será só uma questão de tempo. Há satélites de companhias americanas que fazem fotos de alta definição.
Provavelmente a Amazônia já está toda mapeada por este tipo de serviço. Mas, muita coisa ainda virá!

Secretaria Municipal de Obras - Uma outra Coari é possível - Uma nova Coari
Projeto: Sanitários Públicos de alta tecnologia
O que mais impressiona é o alinhamento

Presidente Lula já está em Manaus
Lula será recebido pelo governador do Amazonas Eduardo Braga e pelo Prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, além de correlegionários do PT e autoridades locais. Em seguida a comitiva sairá em carreata pela cidade. O presidente concederá entrevista coletiva logo mais no Studio 5 Centro de Convenções.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Ufam em Coari II
A chegada dos cursos fixos da Universidade Federal do Amazonas com absoluta certeza vai nos trazer um grande bem. Ou melhor vários bens. Começando pelo bem econômico, o salário do corpo técnico administrativo e do corpo docente significa mais dinheiro para a cidade. Um dinheiro que não sai da "prefeitura" (do município) e isto por si só é muito bom. Chega de entupimento na máquina municipal.
Esse dinheiro como capital de giro movimentará outros serviços e com isso envolverá outras pessoas. Essas outras pessoas estão ligados aos serviços de necessidades básicas das pessoas que estarão como funcionários da Ufam recebendo um dinheiro vindo diretamente do governo federal.
Deixarão por aqui dinheiro com casa, alimentação, luz, água, telefone, empregadas domésticas, entre outros. E vem mais empregos na Ufam. Que venha!

Peixes III
No ano de 2004 tive a oportunidade de viajar por diversas cidades do Amazonas, uma delas foi Anamã, uma pequena e pacata cidadde da Amazônia. Como toda localidade desse porte, a vida corre sem muitas novidades.
As atividades econômicas na sua maioria estão ligadas a prefeitura, algumas ao estado e outras ao mundo rural: madeira, roça e pesca. Outras atividades se resumem a um minguado comércio, padarias e uma boa quantidade de bares.
O único negócio maior e que movimenta algum dinheiro é um frigorífico de beneficiamento de peixes lisos. A quantidade de pescado que gira por lá é enorme, sem contar que emprega muita gente. Dinheiro que corre fora das mãos dos prefeitos que por lá, como em todas as cidades da selva mandam e desmandam no capital de giro.
Faz pouco tempo que esses peixes começaram ter seu valor reconhecido por nós, talvez quando começou a ser exportado para outros países, via Tabatinga. Antes não tinham não se comia esse tipo de peixe por aqui, apesar de ser grande a fartura. Claro, não é que já damos todo o valor para os sabores dos peixes lisos, ainda temos um caminho a ser feito.
Com certeza pessoas vindas de outros lugares estão nos ajudando a fazermos esses passos rumo a outros dabores da Amazônia. A crescente vinda de paraenses para o nosso estado está sendo de fundamental importância nesse quesito. E nesses últimos anos os nossos hermanos peruanos tão amantes desses peixes estão chegando, devagar já somam um bom número por aqui.
Porém, há também o outro lado do moeda. Já fazem muitos anos que a pesca de peixes lisos é feita com arrastão. Esse é um método que utiliza redes grandes e profundas que pega tudo que vem pela frente. Para citar um exemplo disso na última vez que retornava de Codajás, de lá até aqui se fosse colocar todas as redes de pesca juntas que vi, daria uns 15 kilometros.
Esse modo de pescar é predatório, destrói sem piedade. Tudo é feito rápido demais, não deixando tempo para os peixes se reproduzirem. lembro com saudades de alguns anos atrás, que no verão, ao cair da tarde muitas pessoas se encontravam embaixa das boias do nosso cais para pescarem surubim. Várias pessoas garantiam seu pão nosso de cada dia nessa pescaria. Depois que começaram a pescar na entrada do lago, no encontro das águas, e isso lá se vai uns 25 anos o peixe não consegue entrar mais para o lago.
O desafio da pesca predatória com certeza será maior do que a do sabor. Ele exige consciência e vontade de mudança, pede luta por mudanças de pensamento e isso, parece que não estamos com disposição para isso.

domingo, outubro 15, 2006

Peixes II
A grande variedade e enorme quantidade de peixes da amazônia sempre foi causa de orgulho para nós amazônidas. A maioria de nós não conhece nem um terço dos peixes que habitam o nosso mundo das águas. Divididos em dois grandes grupos: os lisos e os de escamas, são de dar água na boca e criar em inveja nos que até agora só tem comido peixes do mar.
Com certeza nos milhares ou milhões de anos da andança do planeta terra, muitas espécies já foram extintas, seja pela ação da própria natureza, pela lei natural do mais forte para sobreviver, como pela ação do homem, sempre agindo pela sua cruel ambição.
Nesse período de fartura, de muitos peixes nos mercados das cidades amazônicas é uma experiência encantadora frequentar esses lugares. O mercado de toda cidade devia ser o ponto número um da propaganda turística. Investir aqui, seria investir num patrimônio amazônico. Infelizmente, quando se fala em investir em propaganda turística, logo se pensa em encontrar uma bela praia e arranjar um bonito traseiro para a foto.
Entrar num mercado de qualquer cidade amazônica é como entrar num templo, algo sagrado, até porque muitos seres ali são tirados do ventre mais profundo, das veias abertas, largas e sagradas das nossas águas. Caminhar em meio as pedras de venda de peixes e vê-los, sentir o seu cheiro, já pensando no sabor, ouvir a linguagem própria dos vendedores que se misturam aos compradores. É uma experiência única, repetida todos os dias para nós daqui.
Ainda temos que fazer um longo caminho para compreender que mexendo com esse mundo, estamos mexendo com a maior cadeia alimentar do amazonida!

Para não dizer que não falei das flores
Ufam em Coari
Há 30 anos implantada no município de Coari, a Universidade Federal doAmazonas (Ufam) deu, ontem pela manhã, um importante passo para ampliaçãoe atuação dos campis no interior do estado do Amazonas.
Ufam concretiza um sonho devárias décadas e vem somar com o processo de desenvolvimento que omunicípio experimenta.
Denominada de Instituto de Saúde e Biotecologia, a nova Unidade AcadêmicaPermanente de Coari será dirigida pelo professor Paulo Jacob São Thomé, membro do corpo docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). Além dos três cursos em andamento, seis novos cursos serão oferecidos pela Ufam em Coari –Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, Biotecnologia, Ciências/Matemática/Física, Ciências/Biologia/Química.
Leia mais.


Exposição Mãos da Mata Pú-kaa encerra neste domingo
A nona edição da Exposição Indígena Mãos da Mata Pú-kaa, na Praça da Saudade em Manaus, foi aberta quinta-feira (12). A exposição envolve, aproximadamente, 90 indígenas de 17 etnias Apurinã, Arapaso, Baniwa, Baré, Desano, Kambeba, Marubo, Munduruku, Mura, Pira-tapuya, Sateré-Mawé, Tariano, Tikuna, Tukano, Wanano, Wai-Wai, Wapixana.
São 32 barracas divididas entre exposição de artesanato indígena, gastronomia com pratos típicos, barraca de arco e flecha, barraca de pintura corporal/grafismo indígena e a barraca para as consultas com o pajé Apurinã. A feira é realizada até domingo (15).


Mais fotos aqui.

sábado, outubro 14, 2006

Crianças... o outro lado, A Festa!
Hoje fui numa festa de aniversário de criança. Vi que as coisas por lá eram o oposto do que tenho escrito nesses últimos posts. Ambiente enfeitado, produzido com balões, enfeites de emborrachado tendo como temática palhaços, e lembraças para todas as crianças presente.
Na mesa um tipo de ornamento em forma de palhaço contendo salgados e doces. Refrigerantes e cerveja para todos.
A criançada na sua maioria corria pelo salão, fazendo aquela algazarra. Um grupo delas na frente da TV assistindo um DVD da rainha dos baixinhos. Os pais na mesa tomando cerveja e refrigerantes com salgadinhos. Nessas festas os baixinhos são os que comandam.
Era preciso ir numa dessas festinhas. Todos sábados, as vezes também na sexta, são várias espalhadas pela cidade. Quem nunca veio por aqui e anda lendo esse blog pode está dizendo, opa... não tem só pobre por aí. Negativo. Dinheiro aqui não é problema. Tem tanto dinheiro na terra do petróleo e do gás que malas contendo grandes quantias, ficam voando pelo céu dessa imensa Amazônia. Depois festa para nós, brasileiros, coarienses não é só uma questão de dinheiro, se temos é bom demais e dar para encrementar um pouquinho. Temos no sangue o genes da festa, na Província de Machiparo havia menas festas que na atual Coari. Pode crer!
Aparentemente a festa é uma perda de tempo, ela não produz nada, ao contrário só gastamos com festas. E para celebrar o primeiro ano de nascimento os pais fazem qualquer esforço, o importante é não deixar essa data passar em branco. Será lembrada para sempre... lembra do aniversário de um ano do nosso filho? As vezes o casal já está até separado, mas, unidos naquela lembrança que vai ficando pelo tempo.
Festa é alegria. Só quem é capaz de alegrar-se pode sentir dor por seu sofrimento e pelo dos outros. Só quem sabe rir, sabe de verdade chorar. Só quem tem esperança, está capacitado para carregar o fardo de um mundo a transformar. A perda da dimensão festiva é assim perda das raízes do ser humano no passado e da esperança de futuro, entorpecimento da sensibilidade. A festa verdadeira é subversiva.

Nossas riquezas
O verão está chegando ao fim e nesses seus últimos dias o sol está demostrando toda sua força, seu vigor. Dias ensolarado, bom para plantar roçado e ir para a praia.
Na feira do agricultor podemos encontrar diversas frutas da terra, na sua maioria plantas da várzea: melancia, melão, laranjas, bananas, manga, jamboabacaxi, essas aqui com muito líquido, bom para esses dias de muito calor. Segue outras de outras famílias: maxixe, feijão de praia, tomates, pimenta, couve, pepino, entre outras. E farinha, muita farinha.
No mercado, a variedade de peixes é para impressionar: matrinchã, curimatã, tambaqui, sardinha, pacu, cuiu-cuiu, surubim, jaraqui, cara, aruanã ou macaco d'água, cara, tucunaré, bodó. De fato moramos numaa região muita rica em riquezas naturais. Imagine se fosse o contrátio. Porque mesmo assim a pobreza é grande.
Temos que encontrar soluções políticas, econômicas para vivermos melhor nossa riqueza!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Brinquedo de criança
Hoje algumas crianças que chegam aqui em casa para "Pintação" chegaram numa bicicleta, se é o que vemos na foto, podemos chamar de bicicleta. Essas crianças não ganharam presentes no seu dia. Encontraram jogada no leito do igarapé esse presente, pós-dia das crianças. Era tudo que eles queria. Enquanto um tentava se equilibrar nos ferros, os outros além de empurrar também serviam de apoio para aquelele "o do momento" não caisse. Depois os lugares eram trocados.
Essas crianças moram nas margens do Igrapé do Espírito Santo, do lado do Duque de Caxias, são minhas vizinhas. Elas não têm muitas opções para ficarem em casa ou opçõe de brinquedros, esses são objetos que não fazem parte do mundo deles. Portanto, uma bicicleta, mesmo neste estado; foi um verdadeiro achado, um tesouro.
O dia dessas crianças é está fora de casa, talvez, não sei, não podemos chamá-las de crianças de rua, uma vez que em casa encontram o mínimo para comer. O resto é o que falta, quase tudo que uma criança precisa para viver, principalmente a presença dos pais e um ambiente saudável.
Como ajudar esses pequenos a construirem um mundo onde se é possível sonhar