segunda-feira, outubro 31, 2005
Culinária paraense tem novos sabores
O paraense botou pimenta na pizza. E o mundo adorou! Pupunha com roquefort? Tapioca “de” pirarucu? E não é só isso: o tempurá da esquina leva camarão rosa. Tempurá? Vendido na rua? A mistura marca a culinária do mundo inteiro e o elemento paraense está na moda entre os melhores chefs do Brasil. Em Belém (tão orgulhosa da originalidade de sua cozinha), a moda pode se chamar de iconoclastia culinária: na fé, o iconoclasta destrói os ídolos e dogmas; na culinária, muda a cara de pratos tradicionalíssimos, também objetos da devoção paraense. Leia+
Artesanato garante uma melhor renda a ribeirinhas de Santarém
Trinta e três mulheres de cinco comunidades do oeste paraense foram beneficiadas por um projeto desenvolvido pela Associação das Artesãs Ribeirinhas de Santarém (Asarisan) em parceria com a Brazil Foundation, uma organização não governamental que apóia programas sociais no País. O projeto, que começou em agosto de 2004 e terminou em agosto deste ano, obteve R$ 21 mil da Brazil Foundation para a compra de equipamentos - como computador e impressora -, material de expediente e realização de oficinas de qualificação e capacitação. Leia+
Bill Gates doa U$ 258 milhões para combate à malária
O bilionário Bill Gates está doando U$ 258,3 milhões para pesquisas de combate à malária.A Fundação Bill e Melinda Gates está financiando três projetos internacionais em uma período de cinco anos.
O bilionário Bill Gates está doando U$ 258,3 milhões para pesquisas de combate à malária.A Fundação Bill e Melinda Gates está financiando três projetos internacionais em uma período de cinco anos.
Bill Gates disse que a malária é uma 'epidemia esquecida'.
Podemos sentir na doação de Bill Gates o que a malária significa para as pessoas do primeiro mundo, nada, coisa do passado. Enquanto isso nós aqui na Amazônia batendo recordes de pessoas infectadas. Isso só prova o quanto nosso mundo é diferente e como é abandonado, não existe uma política de irradiação desta doença.
Tomara que esse cinheiro chegue realmente para quem precise!
Índios querem trocar Funai por ministério
A proposta de uma nova política indígena para o Brasil substitui a “velha e ultrapassada Funai” (Fundação Nacional do Índio) por um ministério ou uma secretaria, coloca os pajés na equipe de saúde, contempla um programa de desenvolvimento sustentável e garante aos índios representatividade no Legislativo. Desde ontem, aproximadamente 350 lide ranças do Amazonas e Roraima estão reunidas numa conferência regional discutindo a proposta que será levada à conferência nacional marcada para março do ano que vem, em Brasília.
Comparando com os avanços dos povos indígenas, a Funai está ultrapassada, em pelo menos 50 anos, e precisa ser atualizada, dizem as lideranças. O modelo proposto é de um órgão com autonomia política, administrativa e orçamentária.
Durante muitos anos uma das principais reivindicações era a demarcação das terras, hoje os índios sabem que é preciso ir mais além, tendo em vista às invasões que ocorrem. O presidente da Confederação das Organizações indígenas e Povos do Amazonas (Coiam), Estevão Barreto, 41, acha que um programa de desenvolvimento sustentável poderá criar condições para manter o homem na área, evitando a migração para os centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Manter os índios na área também será uma forma de conter as invasões. Barreto, da etnia tucano, diz que o Programa Amazonas Indígena lançado pelo Governo com a promessa de dar sustentabilidade à população indígena ainda não saiu do papel.
A proposta de uma nova política indígena para o Brasil substitui a “velha e ultrapassada Funai” (Fundação Nacional do Índio) por um ministério ou uma secretaria, coloca os pajés na equipe de saúde, contempla um programa de desenvolvimento sustentável e garante aos índios representatividade no Legislativo. Desde ontem, aproximadamente 350 lide ranças do Amazonas e Roraima estão reunidas numa conferência regional discutindo a proposta que será levada à conferência nacional marcada para março do ano que vem, em Brasília.
Comparando com os avanços dos povos indígenas, a Funai está ultrapassada, em pelo menos 50 anos, e precisa ser atualizada, dizem as lideranças. O modelo proposto é de um órgão com autonomia política, administrativa e orçamentária.
Durante muitos anos uma das principais reivindicações era a demarcação das terras, hoje os índios sabem que é preciso ir mais além, tendo em vista às invasões que ocorrem. O presidente da Confederação das Organizações indígenas e Povos do Amazonas (Coiam), Estevão Barreto, 41, acha que um programa de desenvolvimento sustentável poderá criar condições para manter o homem na área, evitando a migração para os centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Manter os índios na área também será uma forma de conter as invasões. Barreto, da etnia tucano, diz que o Programa Amazonas Indígena lançado pelo Governo com a promessa de dar sustentabilidade à população indígena ainda não saiu do papel.
domingo, outubro 30, 2005
Chuva
Depois de um sábado abafado, o domingo amanheceu chuvoso, aliás, essa chuva já vem de ontem à noite. Só assim a temperatura dar uma refrescada, já era tempo. O calor forte e a seca estão dando um prejuízo enorme, principalmente para quem precisa de água para molhar suas plantações e pastos.
Coari amanheceu debaixo desse aguaceiro, até agora passando das dez ainda caiu um leve chuvisco e o clima ficou com uma aparência de chumbo. Espero que continue assim por um bom tempo.
E o Maskate... Ou vai ou racha
De tão rica, a Petrobrás é uma empresa pesada, burocratizada e plena de atores em conflito na disputa de vantagens e vaidades. Provavelmente essa é a explicação para tanta demora na construção do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Na quarta-feira, na Comissão da Amazônia, no Congresso Nacional, os técnicos e dirigentes garantiram que as obras do gasoduto Coari-Manaus vão iniciar em janeiro de 2006, a terminar em dezembro do mesmo ano. E que a operação do gás natural como nova matriz energética ocorre em março de 2007. Enquanto isso, o amazonense de Manaus e de Coari continua pagando a gasolina mais cara do sistema solar.
'Efeito China' atinge segmento de compensados
A concorrência com produtos chineses, que está tirando o sono de fabricantes de produtos eletrônicos, também está atingindo um outro segmento produtivo do Amazonas, a exportação de madeiras compensadas. A insônia já chegou a empresas de grande porte como Gethal Madeireira, Braspor, MW Florestal e Cifec, que estão encontrando dificuldades para colocar seus produtos no mercado internacional, principalmente na Europa, onde os produtos chineses chegam mais rápido e mais baratos. Leia+
Guia Amazonas é lançado na maior feira de turismo nas Américas
Depois de inaugurar um estande com uma síntese das maiores atrações turísticas do Amazonas, o Governo do Estado lança, nesta sexta-feira (28) o Guia Turístico, Ecológico e Cultural do Amazonas, durante o 33º Congresso Brasileiro de Agências de Viagem.
Considerado o maior evento do setor nas Américas, o congresso acontece no Rio de Janeiro e conta, neste ano, com a presença de 24 países, 170 empresas e um público estimado em 20 mil pessoas por dia, todos interessados nos destinos turísticos brasileiros.
Guia Amazonas
O ponto alto das estratégias de divulgação durante o evento é o lançamento do Guia Amazonas, que acontece simultaneamente à apresentação do CD Room promocional do Estado. As duas peças têm como objetivo detalhar para o Brasil e o mundo tanto os tradicionais como os novos produtos da região.
“No estande que o Amazonas montou no congresso procuramos diversificar bem nossos atrativos, com o que há de melhor no nosso artesanato. Teremos, ainda, degustação de itens de nossa gastronomia e, é lógico, o auxílio do Boi Bumbá”, resumiu a presidente da Amazonastur, Oreni Braga.
Sobre o lançamento do guia, Oreni acrescentou que se trata do primeiro do gênero versado em cinco idiomas -português, inglês, francês, alemão e espanhol.
sábado, outubro 29, 2005
Manaus não é tão bonita como pensam alguns
Pesquisa revela que Manauara desaprova a infra-estrutura urbana da cidade
Pesquisa revela que Manauara desaprova a infra-estrutura urbana da cidade
A pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas nas 26 capitais estaduais e Brasília, que leva em conta a percepção da população a respeito da qualidade de vida na cidade, mostra que, em Manaus, as pessoas que fazem parte das classes sociais B, C, D e E reclamam do sistema de drenagem e escoamento das águas de chuva, ou seja, da infra-estrutura urbana. Os representantes da classe A, com maior poder aquisitivo, desaprovam mais o fornecimento de energia elétrica. Leia+
Precisando de rede
Cheguei hoje de Manaus no super veloz Ajato 2001. Pelos caminhos molhados e tortuosos, imitando barriga de cobra grande a percepção é que a seca continua castigando a todos. Uns dizem que já começou a encher "aí para cima", não sei por onde. Para quem não entende essa linguagem de "aí para cima", é uma forma de falar mais para perto da nascente do rio.
O calor estava insuportável, agora parece tudo mais quente. Depois de umas duas horas de viagem a gente já começa a sentir o inquietamento de todos, uns levantam tentando espantar a chatice das horas que parecem se arrastar como um jabuti.
Nesses últimos 15 dias foram duas longas e cansativas reuniões, uma de três dias e outra de quatro, contando o tempo que gastei com as viagens, tudo ficou pesado ou estou ficando velho?
Sendo assim melhor é ir descansar, amanhã é outro dia!
sexta-feira, outubro 28, 2005
PM despeja 150 famílias em Benevides
Os moradores da ocupação João Paulo II, localizada às margens da rodovia BR-316, na entrada da rodovia Belém-Mosqueiro, foram surpreendidos com ação de despejo, executada por policiais fortemente armados, que fizeram a desocupação do terreno. Cerca de 150 famílias foram retiradas do local, em cumprimento à ordem judicial expedida pela Comarca de Benevides, resultado final de uma Ação de Reintegração de Posse impetrada pelo proprietário do terreno, o empresário Rafael Gomes. Leia+
segunda-feira, outubro 24, 2005
Desmatamento da Amazônia é duas vezes maior, diz estudo
Novo método de imagens de satélite mostra estragos e quantifica a perda de árvores com o corte seletivo
Washington - O desmatamento da Amazônia é duas vezes maior do que as estatísticas atuais mostram, segundo estudo que a revista Science publica nas próximas horas. Um novo método de imagens por satélite foi aplicado por pesquisadores da Carnegie Institution - com a participação de brasileiros - e captou o efeito do chamado corte seletivo de madeira, no qual a mata em torno é mantida. Leia+
Washington - O desmatamento da Amazônia é duas vezes maior do que as estatísticas atuais mostram, segundo estudo que a revista Science publica nas próximas horas. Um novo método de imagens por satélite foi aplicado por pesquisadores da Carnegie Institution - com a participação de brasileiros - e captou o efeito do chamado corte seletivo de madeira, no qual a mata em torno é mantida. Leia+
Amazônia some bem mais do que se vê
Conclusão é de estudo de americanos e brasileiros; o ritmo de derrubada das árvores é duas vezes maior do que se pensava
Enquanto o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulga, nos últimos meses, que o desmatamento da Amazônia tem mostrado sinais de fraqueza, um estudo publicado hoje na revista americana Science (www.sciencemag.org) mostra que árvores são derrubadas silenciosamente em um ritmo duas vezes mais rápido do que se pensava. Leia+
Enquanto o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulga, nos últimos meses, que o desmatamento da Amazônia tem mostrado sinais de fraqueza, um estudo publicado hoje na revista americana Science (www.sciencemag.org) mostra que árvores são derrubadas silenciosamente em um ritmo duas vezes mais rápido do que se pensava. Leia+
Risco de epidemias aumenta no Amazonas por causa da seca
As autoridades do Amazonas estão em alerta para o risco de epidemias provocadas por água contaminada. Produtos químicos estão sendo distribuídos junto com as cestas básicas para que a própria população possa purificar a água.
O flutante onde mora a dona de casa Luciléia Pantoja está encalhado. O rio em frente à casa dela secou completamente. Agora, ela só dispõe de uma água escura para todas necessidades da casa.
- A gente tem que clorar a água para poder beber - diz ela.
Ao todo, 500 mil pessoas no interior do Amazonas enfrentam problemas de abastecimento de água, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
O Amazonas está em estado de alerta para oito doenças, entre elas hepatite A e febre tifóide. E a situação pode piorar quando os rios começarem a encher de novo.
Toneladas de peixes mortos contaminaram a água dos lagos. Com as chuvas, o capim que se formou onde antes havia rios também vai se decompor, o que pode causar proliferação de vírus e bactérias.
- Em estudos em igarapés em volta da cidade de Manaus, nós encontramos a maior presença de vírus que causam diarréias agudas nas pessoas justamente no início das chuvas - explica Sérgio Luz, pesquisador da Fiocruz.
O Ministério da Integração Nacional liberou sexta-feira (21) R$ 16 milhões para a compra de 340 mil cestas básicas para vítimas de desastres naturais. Os primeiros beneficiados serão os flagelados da seca na Amazônia.
Amazonidades - Um pouco de história de Manaus
Ozório Fonseca
Ozório Fonseca
Nossa Manaus, neste 24 de outubro, festeja mais um ano de vida. Apesar das controvérsias sobre a data de nascimento, o importante é que o aniversário deveria incluir homenagens aos nossos fundadores e mantenedores, e não apenas festividades populares que não cultivam nossa história. As divergências sobre datas se dividem, p. ex., entre os anos de 1657 e 1669 com o registro mais antigo marcando a chegada dos primeiros missionários religiosos - Francisco Velozo e Manoel Pires – que fundaram a Missão dos Tarumás, cuja importância foi reconhecida pela visita, no ano seguinte, do provençal jesuíta, Francisco Gonçalves.
A data mais recente (1669) registra a chegada do capitão Francisco da Mota Falcão que, em um morrote situado entre dois igarapés, seis léguas acima do encontro dos rios Negro e Solimões, construiu uma fortificação quadrangular, denominada Forte de São José da Barra do Rio Negro. Anos mais tarde, no entorno do forte, com a “pacificação” dos índios barés, tarumás, passés e baniuas, formou-se um aldeamento denominado Lugar da Barra, origem da cidade de Manaus.
Os anos passam. os homens mudam
Evidentemente, são enormes as diferenças entre o Lugar da Barra e a atual cidade de Manaus, cujo nome definitivo foi dado em 5 de setembro de 1856, mais de trinta anos antes de ser definida como capital do Estado do Amazonas com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
Apesar do trabalho de nossos excelentes pesquisadores, jamais conheceremos, em detalhes, toda a odisséia da nossa história branca, que começou um dia com a chegada de europeus e continua até hoje onde painéis sem muita cor, mostram uma cidade dividida entre a pobreza cruel de muitos e a riqueza ostensiva de poucos. Talvez esse cenário de injustiça tenha recebido suas primeiras pinceladas no “amansamento” dos índios, muitos dos quais foram escravizados, subjugados, mortos, ou discriminados pela cultura européia.
Nossos heróis, como Ajuricaba, que ofereceu sua própria vida lutando contra o colonialismo e em defesa de sua selva e de sua gente foram substituídos por vendilhões do nosso patrimônio cultural e natural. Os amazonenses de raiz e de coração vão comemorar o aniversário de sua cidade distante dos shows que custarão milhares (milhões) de dinheiros, mas muito próximos do estado de felicidade e de orgulho decorrente de terem ajudado a construir uma cidade que, lamentavelmente, se deteriora a cada dia.
Um pouco de sorriso
Os mais jovens não sabem que Manaus já foi denominada Cidade Sorriso, um título sinalizador da alegria sempre presente em seus habitantes, apesar das dificuldades decorrentes das distâncias e circunstâncias. Nas ruas, as pessoas se saudavam mesmo sem se conhecerem, uma situação muito diferente dos dias atuais quando nem moradores do mesmo prédio se cumprimentam quando compartilham o espaço do elevador. Mudou o humor (porque será?) e Manaus deixou de sorrir.
Registros da felicidade
O sorriso era a exteriorização da felicidade que dominava a Manaus das serenatas, cujo ícone maior foi, para mim, Dom Pablo, misto de dentista e violeiro de sorriso largo que cantava canções de amor para homenagear as namoradas dos amigos.Com saudade lembro os cinemas Guarany e Polytheama com sessões às 13 horas que exibiam seriados inesquecíveis como “Flash Gordon”, “Brick Brad Ford”, “Dick Tracy, o detetive” e o luxuoso cine Avenida de Seu Aurélio e Dona Iaiá, sempre maquiada e bem vestida recebendo os freqüentadores.
Quero lembrar as festas do Clube dos Barés e Cheick Club, ligados à sociedade sírio-libanesa, os bailes do Olímpico, as Manhãs de Sol do Rio Negro que realizava o inigualável baile das debutantes e de segunda-feira gorda, além das luxuosas e chiques atividades do Ideal Clube entre as quais a boite Moranguinho e o Nick Bar.
As festas e bailes contavam com o talento de instrumentistas como Marlene Palhano, Geraldina Monteiro, Mozart Tavares, e a voz de cantores excelentes como Luiz Carlos Mestrinho (Tical) e Luiz Santos (que ganhou um concurso da mais bela voz do Brasil). Por todos os clubes era marcante a presença de exímios dançarinos, entre os quais destaco o Gilberto Monteiro, um dos melhores dessa cidade que, até hoje, brinda, com seu talento, os freqüentadores dos remanescentes salões bolerosos de Manaus.
Neste aniversário trago de volta a Insinuante, a melhor lanchonete de Manaus de todos os tempos, com sucos e comidas típicas e sem conservantes, o Recanto da Beleza (ainda existe), a loja de disco do Joãozinho, onde a juventude, sem dinheiro, ia ouvir os lançamentos que não podia comprar.
Rememoro o Café da Paz, onde “estrelas” do taco desfilavam sua arte impecável. Destaco aqui, o Nezinho (bilhar) e os ases da sinuca Fernando Mendes (Pitiú), Vacadinha e Maurílio Vale, hoje casado com Nilce Cidade, moradora da Rui Barbosa, a mesma rua onde viviam figuras marcantes da sociedade como Ana Rita Anthony, os irmãos Hélio, Elci e Eliete Trigueiro e a louríssima Isabel Barbosa. Que saudade da boite Odeon, onde tocava o Helvécio Magalhães, o solerte, a primeira com ar condicionado e que foi o local onde o historiador e médico Antonio Loureiro revelou-me ter conhecido o frio. Que saudade, sem saudosismo, da Cidade Sorriso.
Manaus
Ontem cheguei em Manaus para votar. A cidade estava animada, muitas pessoas nas ruas; talvez aproveitando que ônibus era grátis. Na Constantino Nery os ônibus da Ponta Negra só passavam lotados, não sabia que tanta gente votava lá, o interessante é que quase todos portavam traje de banho. Bom votar lá!
Hoje 24 de outubro, Manaus completa 336 anos, o silêncio é quase absoluto. Se o pessoal está comemorando deve ser fora da cidade. Aliás, o que temos para comemorar? A cidade cresceu, a crasse média cresceu, essa sim está bem. Mais ainda é uma cidade dividida em duas, onde poucos tem quase tudo e muitos tem quase nada.
Manaus mostra tua cara e tua beleza, não esqueça de cuidar de quem te ama de verdade.
sexta-feira, outubro 21, 2005
Estamos mais ricos
Desde ontem que a propaganda coariense anuncia na tv, no rádio e pelas ruas da cidades que estamos mais ricos; ganhamos nossa fatia no bolo do ICMS. E como por aqui tudo é festa, já vamos torrar uma parte da grana pagando a festa de hoje na quadra da Escola N. S. P. Socorro, se não damos o pão, vamos ao menos dar o circo.
Dinheiro é sempre bom e vamos torcer para que venha mais, torcer mais ainda para que ele chegue em benefícios e projetos que sejam bons para os coarienses, todos os coarienses.
Estamos mais pobres
Enquanto comemoramos com fogos e festas a vitória pelo direito de mais dinheiro, aliás, dinheiro que é nosso, o Jornal Acritica na versão impressa de hoje, pag. 05 publica uma reportagem com o seguinte título "Caso Adail" de volta à JF-AM. A reportagem é longa, mas para o bem, como utilidade pública e informação aí vai:
"Deputada federal VAnessa Grazziotin quer que o Ministério Público ajuize ação contra o prefeito Adail Pinheiro"
O tribunal Regional Federal da 1a Região remeteu, no dia 3 deste mês, à Justiça Federal do Amazonas (JFAM), os autos do processo contra o prefeito de Coari (a 370Km de Manaus), Adail Pinheiro (PPS), no caso em que é acusado de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 40 milhões oriundos das contribuições previdênciárias dos servidores do Município, recolhido em 2001 e 2004, em sua primeira gestão da prefeitura. O desembargador do TRF da 1a Região, Ítalo Fioravante, em acordo com o parecer do Ministério Público, declinou de sua competência e determinou a devolução dos autos à JFAM, que já havia se declarado incompetente para julgar o caso em favor do tribunal de segunda instância.
A decisão de Fioravante foi tomada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, no dia 15 do mês passado, inconstitucional uma lei sancionada no final do Governo do então presidente FHC que concedia foro previlegiado a ex-autoridades. Com isso, a abertura de processo contra Pinheiro atrasa mais uma vez se arrastando por quase um ano desde a Superintendência Regional de Polícia Federal do Amazonas concluiu as investigações que apuraram irregularidades na Prefeitura de Coari.
O relatório do inquérito policial assinado em 23 de dezembro de 2004 pelo delegado Charles Lustosa Silvestre acuda Adail, junto com o ex-secretário de Administração e Finanças de Coari, Ossias Jozino da Costa, de terem cometido os seguintes crimes: apropriação indébita previdenciária, peculato, apropriação ou desvio de bens ou rendas públicas em proveito próprio ou alheio, desvio ou aplicação indevida de rendas ou verbas públicas, não prestação de contas anuais da administração financeira do Município à Câmara de Vereadores, ou órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições estabelecidos, não prestação de contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de recursos, empréstimos, subvenções ou auxílios internos ou externo, recebidos a qualquer títulos e, por último, o de ter nomeado, admitido ou designado servidores contra expressa disposição de lei. Caso sejam julgados e condenados em todos os casos com pena máxima o prefeito e o ex-secretário de Administração e Finanças de Coari, podem pegar cada um até 37 anos de reclusão.
Ação
Diante do atraso na tramitação do processo, a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB) pede que o Ministério Público proponha o mais rápido possível o ajuizamento de ação contra Adail Pinheiro. Pelas conclusões do próprio inquérito da PF, havia procedência na denúncia de desvio e apropriação do dinheiro da Previdência. "O que ele fez é muito grave", afirma a deputada. A reportagem de A Critica tentou ontem, à tarde, de 15h às 18h30, o procurador geral do Ministério Público Federal Ageu Florêncio, às chamadas de seu telefone 99xxxx24 não foram atendidas. Na sede do ministério, a secretaria disse que repassaria o recado assim que o procurador retornasse ao lcal. Não houve resposta até o fechamento desta edição
Motivação sob suspeita
As investigações que deram origem ao inquérito policial contra o prefeito Adail Pinheiro nasceram a partir da denúncia de que os servidores do Município não teriam direito de receber dinheiro da Previdência embora colaborassem com o fundo social. O esquema de arrecadação começou com a contratação sem concurso de mais de 5 mil pessoas para trabalhar na Prefeitura entre 2001 e 2004. Dos vencimentos desses funcionários eram descontados contribuições previdenciárias que não foram repassadas ao INSS. Teriam sido arrecadados mais de R$ 40 milhões. Em junho de 2004, Adail renunciou ao cargo diante da eminência de perder o mandato e se tornar ilegível por suposta prática de crime eleitoral. A Crítica procurou o prefeito de Coari, Adail Pinheiro para ouvi-lo, mas o mesmo não atendeu às chamadas feitas para o telefone 812xx925 e nem retornou os recados deixados com um de seus assessores de nome Haroldo.
Jorna A Crítica, Manaus, sexta-feira, 21 de outubro de 2005 - Pag. 05 - caderno principal.
Enquanto isso em Coari a festa continua... no mesmo dia que o jornal publicou a reportagem!
No Reino das formigas
Formigas invadem cidade de Eirunepé
O município de Eirunepé (a 1.245 quilômetros de Manaus) vive uma situação atípica. Ao mesmo tempo em que sofre com os efeitos da vazante, que não permite a chegada de insumos importantes para o funcionamento da cidade, está sendo invadido aos poucos por formigas de fogo ou lava-pés (Solenopsis Saevissima), uma espécie carnívora que está tomando conta da cidade, para desespero da população. "A partir do início das cheias dos rios, as formigas vão começar a infestar ainda mais toda a cidade", afirma o prefeito do município, Dissica Valério Tomaz.
Segundo ele, há cerca de dez anos, a espécie começou a surgir em Eirunepé, provavelmente vinda de Envira, município distante cerca de quatro dias de barco que também enfrentou praga do inseto. Segundo especialistas, a espécie, típica das áreas de várzea, pode ter sido trazida nas embarcações que aportam na cidade, entre as madeiras dos barcos. Com as vazantes dos rios, elas foram se alastrando. "Essa seca atual fez aumentar o número de focos, criou mais espaço para a proliferação dos ninhos", aponta Dissica.
A influência do ciclo das águas é fundamental para a proliferação da praga de formigas. Mesmo com o rio Juruá ainda bem abaixo do nível, a população já está sofrendo com o número anormal das formigas por toda parte. Cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estiveram recentemente no município para estudar os insetos, identificaram uma média de 25 ninhos por hectare nas poucas áreas limpas da cidade. Com a vazante, o Lago dos Portugueses - uma imensa área com ligação ao rio - tornou-se um campo ideal para a formação de colônias. Na cidade, basta revolver um pouco de terra e elas aparecem.Os moradores contam que as crianças são as principais vítimas da formigas. "Quando começa a chover, elas entram em casa a qualquer hora do dia e da noite", conta a dona de casa Zila Eloi Cavalcanti, 37, residente do bairro São José.
Segundo os moradores, o nome lava-pés foi atribuído exatamente pelo fato de que os pés são o alvo principal das formigas. "Se a gente não tiver cuidado, elas entram até no ouvido das crianças", afirma Zila, que tem sete filhos. No bairro, as casas são suspensas, típicas das áreas de seringais, e as crianças evitam descer. "As famílias pobres sofrem mais porque não têm recursos para comprar veneno", afirma Dissica. Ele informa que a prefeitura está empenhada em conseguir viabilizar o envio para o município de aproximadamente duas toneladas de veneno a fim de realizar uma grande operação de pulverização. A operação foi sugerida pela equipe da Unesp, com apoio de empresas fabricantes de inseticidas. O prefeito está tentando obter junto à Força Aérea Brasileira (FAB) apoio para o transporte do veneno e dos técnicos que trabalharão na ação.
O município de Eirunepé (a 1.245 quilômetros de Manaus) vive uma situação atípica. Ao mesmo tempo em que sofre com os efeitos da vazante, que não permite a chegada de insumos importantes para o funcionamento da cidade, está sendo invadido aos poucos por formigas de fogo ou lava-pés (Solenopsis Saevissima), uma espécie carnívora que está tomando conta da cidade, para desespero da população. "A partir do início das cheias dos rios, as formigas vão começar a infestar ainda mais toda a cidade", afirma o prefeito do município, Dissica Valério Tomaz.
Segundo ele, há cerca de dez anos, a espécie começou a surgir em Eirunepé, provavelmente vinda de Envira, município distante cerca de quatro dias de barco que também enfrentou praga do inseto. Segundo especialistas, a espécie, típica das áreas de várzea, pode ter sido trazida nas embarcações que aportam na cidade, entre as madeiras dos barcos. Com as vazantes dos rios, elas foram se alastrando. "Essa seca atual fez aumentar o número de focos, criou mais espaço para a proliferação dos ninhos", aponta Dissica.
A influência do ciclo das águas é fundamental para a proliferação da praga de formigas. Mesmo com o rio Juruá ainda bem abaixo do nível, a população já está sofrendo com o número anormal das formigas por toda parte. Cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estiveram recentemente no município para estudar os insetos, identificaram uma média de 25 ninhos por hectare nas poucas áreas limpas da cidade. Com a vazante, o Lago dos Portugueses - uma imensa área com ligação ao rio - tornou-se um campo ideal para a formação de colônias. Na cidade, basta revolver um pouco de terra e elas aparecem.Os moradores contam que as crianças são as principais vítimas da formigas. "Quando começa a chover, elas entram em casa a qualquer hora do dia e da noite", conta a dona de casa Zila Eloi Cavalcanti, 37, residente do bairro São José.
Segundo os moradores, o nome lava-pés foi atribuído exatamente pelo fato de que os pés são o alvo principal das formigas. "Se a gente não tiver cuidado, elas entram até no ouvido das crianças", afirma Zila, que tem sete filhos. No bairro, as casas são suspensas, típicas das áreas de seringais, e as crianças evitam descer. "As famílias pobres sofrem mais porque não têm recursos para comprar veneno", afirma Dissica. Ele informa que a prefeitura está empenhada em conseguir viabilizar o envio para o município de aproximadamente duas toneladas de veneno a fim de realizar uma grande operação de pulverização. A operação foi sugerida pela equipe da Unesp, com apoio de empresas fabricantes de inseticidas. O prefeito está tentando obter junto à Força Aérea Brasileira (FAB) apoio para o transporte do veneno e dos técnicos que trabalharão na ação.
Fucapi ministra cursos sobre utilização de couro de peixe
A Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), para incentivar os artesãos locais a incluírem o couro de peixe entre suas matérias-primas, promove neste mês as oficinas de Calçados com Aplicações em Couro de Peixe e a de Bolsas com Aplicações em Couro de Peixe.
A oficina de Calçados acontece de 10 a 21 de outubro, das 8h às 12h, enquanto a de bolsas será ministrada nos sábados 15, 22 e 29 de outubro e 5 de novembro, em dois horários (de 8h às 12h e de 14 às 18h). As aulas serão ministradas na oficina de Pequenos Objetos de Madeira e Acessórios de Moda da Fundação, na avenida Governador Danilo Areosa, 381, Distrito Industrial.
Para a gestora do Núcleo de Inovação e Design em Artesanato da Fucapi, Monique Bastos, a oficina, que será ministrada pelos consultores Aidson e Rose Ponciano, representa uma oportunidade de aprender técnicas que garantem requinte aos produtos confeccionados.
“O couro, por si só, já é um material nobre, mas o couro de peixe é mais nobre ainda, pela sua textura diferenciada. Se o peixe for da Amazônia, então, é mais valorizado ainda”, avalia. Capacitação
O objetivo das aulas é promover a capacitação dos artesãos locais, com destaque para o uso de matéria-prima da própria região. Para garantir retorno financeiro, uma dica é utilizar o couro de peixe em pouca quantidade.
“O preço desse tipo de couro ainda tem um preço muito elevado, por isso deve ser aplicado em peças pequenas. Os acessórios que utilizam esse material, como bolsas e calçados, são voltados para o público que pode consumir artigos de luxo”, afirma Monique.
As inscrições estão abertas e os interessados devem se dirigir à Coordenadoria de Extensão e Pós-Graduação da Fucapi, que também fica na avenida Governador Danilo Areosa, 381, Distrito Industrial. O investimento é de R$ 60.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Referendo na Amazônia
A dois dias da realização do referendo popular sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM) fez, ontem, duas grandes reuniões, para ajustar procedimentos no dia da votação, domingo. Tanto o presidente quanto o diretor-geral do Tribunal, desembargador Kid Mendes e Henrique Levy, respectivamente, participaram das reuniões.
A estiagem que castiga os municípios do Estado e ameaça aumentar o número de abstenções ainda é o maior problema do Tribunal, segundo os dirigentes. De acordo com o diretor-geral, comunidades rurais de Caapiranga (a 145 quilômetros de Manaus) e Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus), ainda não receberam as urnas eletrônicas, por conta da dificuldade de acesso até elas.
"Nesses dias viajando pelo interior o povo interiorano está meio sem saber o que fazer, as dúvidas são muitas. Para eles ter uma arma, geralmente espingarda, significa proteção e trabalho. se proteger de animais perigosos que podem lhes tirar a vida e caçar para viverem, sobreviverem". Tudo mal explicado, criando dúvidas, complicando mais que explicando...
Castanha manejada conquista liderança nacional
Um volume inicial de 20 toneladas de castanha totalmente manejada, produzida e beneficiada pelos pequenos produtores de Manicoré foi vendido para empresas de São Paulo e já conquista o mercado nacional. A venda desse lote rendeu ao Conselho das Associações Agroextrativistas de Manicoré (Caam) um lucro de cerca de R$ 86.000.
A Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas (Afloram) atuou como interveniente no negócio entre a associação e a empresa. Nesta primeira remessa, foram negociadas 20 toneladas de castanha (2.000 latas) pelo valor de R$ 43,50 cada lata, o maior valor já pago em negociações envolvendo a castanha do Amazonas. A Afloram negocia novas vendas para o mercado nacional e internacional.
“Há um grande interesse na safra de castanha do Estado por se tratar de uma produção de boa qualidade, já que os pequenos produtores estão trabalhando com as boas práticas de manejo da castanha no Amazonas”, afirmou Aguimar Simões, chefe do Departamento de Comercialização e Negócios Sustentáveis da Agência.
O lote de castanha comprado pelas empresas de São Paulo passou por análises no laboratório Nutricom, que atestou oficialmente a qualidade da castanha produzida de forma sustentável no interior do Amazonas. No laudo enviado para o mercado paulista não foi detectada a aflatoxina (substância tóxica que vinha contaminando a castanha-do-brasil). Leia+
Katrina e seca na Amazônia: lições sobre o aquecimento global?
Os rios da Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre e Rondônia) estão com os níveis mais baixos desde a década de sessenta. O El Niño, que resulta do aquecimento das águas do oceano pacífico na altura da costa do Peru, sempre foi apontado como o culpado por estes fenômenos severos. Agora, contudo, o culpado pode ser outro: o aquecimento do oceano atlântico. Estudos sugerem que a seca que assola esta parte da Amazônia é resultado do aquecimento do atlântico próximo à Costa da África e, provavelmente, próximo ao Golfo do México. Este aquecimento até então não registrado, pode ter alterado o padrão de circulação das correntes de ar resultando no deslocamento de massas de ar seco para a Amazônia. Leia+
quarta-feira, outubro 19, 2005
Seca fecha 600 escolas no Amazonas
Pelo menos 600 escolas espalhadas pelas 914 comunidades em estado de calamidade pública por conta da estiagem estão fechadas e vão atrasar o ano letivo, previsto para terminar no dia 21 de dezembro. O levantamento é da equipe SOS Interior, que coordena as ações paliativas de entrega de medicamentos, água e mantimentos nas comunidades isoladas. "Os calendários escolares terão de ser revistos e repostos caso a caso", destacou o secretário de governo e coordenador da equipe, José Melo. Leia+
Seca ameaça biossistema
Baixa no nível dos rios encalha pirarucus
Manaus - Os prefeitos dos municípios de Novo Airão e Iranduba, Wilton Santos e Nonato Lopes, apresentaram ontem um pedido dramático de salvamento para pirarucus e peixes-boi que começam a ficar presos em lagos e igapós dos dois municípios. O pirarucu, maior peixe dos rios amazônicos, é uma espécie em extinção e sua captura é proibida por lei. Atualmente a seca é a pior ameaça às espécies. Leia+
Manaus - Os prefeitos dos municípios de Novo Airão e Iranduba, Wilton Santos e Nonato Lopes, apresentaram ontem um pedido dramático de salvamento para pirarucus e peixes-boi que começam a ficar presos em lagos e igapós dos dois municípios. O pirarucu, maior peixe dos rios amazônicos, é uma espécie em extinção e sua captura é proibida por lei. Atualmente a seca é a pior ameaça às espécies. Leia+
terça-feira, outubro 18, 2005
Beruri
Desde quarta sem postar, uma semana praticamente. Semana que estive em Beruri para uma Assembléia da Pastoral da Juventude da Prelazia de Coari. Viajei no barco "Neto Silva", as recomendações que tinha sobre ele eram as piores possíveis, enganaram-se, o barco é excelente, só é pequeno. Um dos quesito que mais avaliou num "recreio" é o banheiro, e estava limpo, sem falar que a comida não deixou nada a desejar!
Fomos no Neto Silva até a 'boca' do Rio Purus, onde pegamos outro barco para podermos chegar até a cidade de Beruri. Daí até lá levamos duas horas. A seca está grande e o calor do inferno. Fazia dez anos que não ia nessa cidade. Mas, o sono tá me pegando, logo mais, conto mais!
‘Pequena’ crítica da Amazônia
Quem passa pela rua José Tadros, no bairro São Antônio, pode observar uma casinha de madeira simples, mas cheia de cores e com uma decoração bastante inusitada. A casa-ateliê pertence ao artista plástico Inácio Maciel (39), que nunca fez curso de arte, mas possui na veia a simplicidade e criatividade de transformar materiais recicláveis em obras de arte.
A sua primeira obra foi uma palafita em miniatura para o seu gato de estimação chamado “Esso”. Apesar do animal ter sido “seqüestrado”, Inácio Maciel diz que, desde então, não parou mais. Há quase três anos, transformar materiais recicláveis, que ele recebe de doações, em peças artísticas como pequenas instalações, quadros que trazem mensagens e frases feitas, e outras criadas por ele.
Nas palafitas em miniaturas, palito de picolé e os cavacos (restos de madeira) fazem parte da estrutura da casa; o pote de margarina é transformado em caixa d’água, o cabo de vassoura vira poste de eletricidade e assim por diante.
Os quadros também são feitos de materiais recicláveis, a pintura em sua casa-ateliê é uma das criações mais fortes do artista. “Pintei porque ela estava para cair, e a tinta segura”, garante. Na época do Natal, ele cria seu próprio cenário natalino: transforma galhos em arvore de Natal. Suas peças custam entram R$ 10 a R$ 200.
Arte e decoração
As criações das palafitas podem ser usadas para casa de gatos, cachorros e passarinhos. Inácio Maciel garante que também pode ser usada como objeto de decoração. Já as instalações, são voltadas para a ecologia e degradação da natureza e suas conseqüências.
Para criar suas peças o artista diz que usa o seu subconsciente, transformando seus sonhos em obras artísticas. A mensagem em seus quadros são feitas em forma de alerta e poesia, que é uma das preocupações do artista.
Apesar das dificuldades, o artista diz que gosta de tudo o que faz, mas que falta apoio local no campo das artes plásticas. “Para fazer as minhas peças eu dependo de doações de materiais recicláveis”, afirma. Quando se fala em projetos, o artista declara que se sente satisfeito com o que faz e está pretendendo montar uma exposição própria, mas falta apoio.
Multimídia
José Inácio Barbosa Maciel, nasceu em Manaus e, deste pequeno, fez teatro no Rio de Janeiro. Em 1987, foi para Los Angeles (EUA), fazer curso de cenografia. O artista conta que também trabalhou como fotógrafo e com produção de shows com artistas pós-Jovem Guarda, mas que não teve muito sucesso, tanto que hoje seu sustento está nas peças que cria.
A sua primeira obra foi uma palafita em miniatura para o seu gato de estimação chamado “Esso”. Apesar do animal ter sido “seqüestrado”, Inácio Maciel diz que, desde então, não parou mais. Há quase três anos, transformar materiais recicláveis, que ele recebe de doações, em peças artísticas como pequenas instalações, quadros que trazem mensagens e frases feitas, e outras criadas por ele.
Nas palafitas em miniaturas, palito de picolé e os cavacos (restos de madeira) fazem parte da estrutura da casa; o pote de margarina é transformado em caixa d’água, o cabo de vassoura vira poste de eletricidade e assim por diante.
Os quadros também são feitos de materiais recicláveis, a pintura em sua casa-ateliê é uma das criações mais fortes do artista. “Pintei porque ela estava para cair, e a tinta segura”, garante. Na época do Natal, ele cria seu próprio cenário natalino: transforma galhos em arvore de Natal. Suas peças custam entram R$ 10 a R$ 200.
Arte e decoração
As criações das palafitas podem ser usadas para casa de gatos, cachorros e passarinhos. Inácio Maciel garante que também pode ser usada como objeto de decoração. Já as instalações, são voltadas para a ecologia e degradação da natureza e suas conseqüências.
Para criar suas peças o artista diz que usa o seu subconsciente, transformando seus sonhos em obras artísticas. A mensagem em seus quadros são feitas em forma de alerta e poesia, que é uma das preocupações do artista.
Apesar das dificuldades, o artista diz que gosta de tudo o que faz, mas que falta apoio local no campo das artes plásticas. “Para fazer as minhas peças eu dependo de doações de materiais recicláveis”, afirma. Quando se fala em projetos, o artista declara que se sente satisfeito com o que faz e está pretendendo montar uma exposição própria, mas falta apoio.
Multimídia
José Inácio Barbosa Maciel, nasceu em Manaus e, deste pequeno, fez teatro no Rio de Janeiro. Em 1987, foi para Los Angeles (EUA), fazer curso de cenografia. O artista conta que também trabalhou como fotógrafo e com produção de shows com artistas pós-Jovem Guarda, mas que não teve muito sucesso, tanto que hoje seu sustento está nas peças que cria.
Vítimas da seca querem estradas
Muitas das comunidades rurais que estão isoladas nos municípios amazonenses poderiam ter parte dos seus problemas atenuados se o poder público direcionasse ações para a recuperação e a construção de estradas, cujo projeto seria também uma saída para atender o escoamento da produção agrícola.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Amazonas (Fetagri), Wilson Paixão, disse ontem que vai chamar os sindicatos e associações de produtores rurais dos municípios para uma reunião, em Manaus, no sentido de propor ao Governo do Estado, um debate de ações e planejamento preventivos sobre as futuras vazantes, como a registrada neste ano.
"Não sabemos como virá a próxima seca e nem as conseqüências da enchente que está próxima. Por isso, é importante o Governo e as Prefeituras criarem estradas vicinais para ligar os municípios mais próximos a Manaus, e as comunidades rurais às sedes urbanas", afirmou. Segundo o presidente da Fetagri, 90% da produção agrícola não chegou aos mercados e feiras do grande centro consumidor do Estado, que é Manaus, devido ao isolamento provocado pela grande seca. "Ainda estamos fazendo os cálculos para somar os prejuízos. A seca veio devastadora e as terras de várzeas são as melhores para se plantar", acrescentou.
Além de Itacoatiara e Manacapuru, também Silves, Itapiranga, Urucurituba, Autazes, Nova Olinda, Careiro Castanho, Careiro da Várzea e Manaquiri, que ficam no entorno da capital, são as principais cidades que produzem os alimentos que chegam diretamente a mesa do manauense.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Amazonas (Fetagri), Wilson Paixão, disse ontem que vai chamar os sindicatos e associações de produtores rurais dos municípios para uma reunião, em Manaus, no sentido de propor ao Governo do Estado, um debate de ações e planejamento preventivos sobre as futuras vazantes, como a registrada neste ano.
"Não sabemos como virá a próxima seca e nem as conseqüências da enchente que está próxima. Por isso, é importante o Governo e as Prefeituras criarem estradas vicinais para ligar os municípios mais próximos a Manaus, e as comunidades rurais às sedes urbanas", afirmou. Segundo o presidente da Fetagri, 90% da produção agrícola não chegou aos mercados e feiras do grande centro consumidor do Estado, que é Manaus, devido ao isolamento provocado pela grande seca. "Ainda estamos fazendo os cálculos para somar os prejuízos. A seca veio devastadora e as terras de várzeas são as melhores para se plantar", acrescentou.
Além de Itacoatiara e Manacapuru, também Silves, Itapiranga, Urucurituba, Autazes, Nova Olinda, Careiro Castanho, Careiro da Várzea e Manaquiri, que ficam no entorno da capital, são as principais cidades que produzem os alimentos que chegam diretamente a mesa do manauense.
Seca: Municípios do interior recebem 84 toneladas de mantimentos
O governo do Estado completou nesta segunda-feira (17), a entrega das primeiras 84 toneladas de mantimentos e remédios aos municípios de Anori, Caapiranga, Anamã, Manaquiri, Iranduba, Manacapuru, Careiro da Várzea, Careiro Castanho e São Paulo de Olivença.
Nesta terça, vão ser embarcadas em um avião cargueiro Hércules, mais 17 toneladas com destino aos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte, na região do Alto Solimões. Igual quantidade também vai sair de Manaus em navios da Marinha, com destino a Codajás, Beruri, Coari, Humaitá, Manicoré e Novo Aripuanã.
De acordo com o coordenador da operação de assistência S.O.S Interior, secretário de governo, José Melo, os trabalhos estão sendo executados com base em um cronograma previamente elaborado e o governo não vai medir esforços para levar assistência a todas às famílias atingidas com a estiagem.
Depois de se reunir com os membros do grupo gestor do plano emergencial, José Melo afirmou que a ação que está sendo colocada em prática com o apoio das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil é uma verdadeira ‘operação de guerra’.
As prefeituras dos municípios de Manaquiri, Nhamundá e Caapiranga informaram, nesta segunda, à Segov que estão com dificuldades de chegar às comunidades e o único meio de transporte são as pequenas embarcações, em virtude da falta de combustível.
terça-feira, outubro 11, 2005
Floresta será recuperada
Incra avaliará quanto já foi destruído no sul do Estado para fazer a recuperação das áreas degradadas
Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no sul do Pará começam a fazer um levantamento ambiental nos projetos de assentamento da região para saber o percentual da floresta que já foi derrubado, promover a recuperação de áreas degradadas e implantar práticas de aproveitamento racional dos recursos naturais. O trabalho permitirá o licenciamento ambiental de 379 assentamentos existentes na região. Leia+
Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no sul do Pará começam a fazer um levantamento ambiental nos projetos de assentamento da região para saber o percentual da floresta que já foi derrubado, promover a recuperação de áreas degradadas e implantar práticas de aproveitamento racional dos recursos naturais. O trabalho permitirá o licenciamento ambiental de 379 assentamentos existentes na região. Leia+
A matança dos inocentes
Vazante: Mais de 100 peixes-boi já morreram, contabiliza Ibama
Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contabilizaram mais de 100 peixes-boi mortos devido à vazante dos rios que assola o Amazonas. Eles retornaram no último final de semana da segunda viagem ao interior do Estado.
Vazante: Mais de 100 peixes-boi já morreram, contabiliza Ibama
Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contabilizaram mais de 100 peixes-boi mortos devido à vazante dos rios que assola o Amazonas. Eles retornaram no último final de semana da segunda viagem ao interior do Estado.
A expedição “Salve o Peixe-Boi da Amazônia’, iniciada no último dia 20/09 viajou à Coari, de onde chegaram denúncias de matança do animal. Entretanto, os técnicos dizem que a vazante dificultou a confirmação da maioria das denúncias.
No retorno a Manaus, a equipe do Ibama resgatou um filhe de peixe-boi, de apenas cinco meses, mantido irregularmente em um viveiro em Coari.
A próxima etapa da expedição parte no próximo dia 25 e vai percorrer as comunidades do Baixo Amazonas até o município de Juriti, no Pará.
Conscientização
O principal objetivo da expedição é conscientizar as comunidades para a importância da preservação do peixe-boi. Durante esta segunda estapa, foram realizadas 69 palestras em 16 escolas de 5 municípios, atingindo diretamente 7.478 pessoas e mais 13 mil indiretamente.
Escrevi um texto sobre a "Seca" que foi publicado no "Boletim da Prelazia". Hoje fizeram a leitura dele na Rádio Coari e me pediram para postar aqui. Vai a Pedido no Coaripolis Textos.
Óleo é derramado em Parintins
Depois de sofrer desfigurações no seu leito com a vazante, o rio Amazonas amanheceu com manchas de óleo nas margens da orla de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). A Capitania dos Portos suspeita que o produto tenha sido jogado de um navio mercante, mas não soube precisar a origem da embarcação.
A Marinha também não divulgou uma estimativa quanto à extensão do derramamento de óleo. “Posso afirmar que o impacto ambiental será de pequenas proporções”, garante o agente da Capitania dos Portos na ilha, capitão Felipe Santiago.
Ontem à tarde, uma patrulha fluvial da Marinha percorreu a extensão do rio para verificar a área atingida pelo produto de origem ainda desconhecida. De acordo com o oficial, provavelmente o vazamento tenha ocorrido anteontem à noite, do esgoto de um navio que se desloca na rota de navegação na região do Baixo Amazonas.
“A característica do óleo é de produto velho, mas não dá para precisar o grau tóxico”, admite o agente da Capitania.
Em toda a orla se formavam faixas alongadas por placas de óleo que também se misturavam à argila da margem. Mesmo com o resíduo do produto não houve interdição dos locais afetados. “Essa mancha amanheceu aqui e a gente não sabe de onde veio”, diz o pescador José Rodrigues, que retirava água do rio na área contaminada.
A vistoria da Capitania dos Portos detectou a mancha desde a boca do Valente, que fica a uma hora e meia de barco de Parintins. Depois as placas se dissipam, sendo levadas pela correnteza das águas para desafogar no oceano.
Depois de sofrer desfigurações no seu leito com a vazante, o rio Amazonas amanheceu com manchas de óleo nas margens da orla de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus). A Capitania dos Portos suspeita que o produto tenha sido jogado de um navio mercante, mas não soube precisar a origem da embarcação.
A Marinha também não divulgou uma estimativa quanto à extensão do derramamento de óleo. “Posso afirmar que o impacto ambiental será de pequenas proporções”, garante o agente da Capitania dos Portos na ilha, capitão Felipe Santiago.
Ontem à tarde, uma patrulha fluvial da Marinha percorreu a extensão do rio para verificar a área atingida pelo produto de origem ainda desconhecida. De acordo com o oficial, provavelmente o vazamento tenha ocorrido anteontem à noite, do esgoto de um navio que se desloca na rota de navegação na região do Baixo Amazonas.
“A característica do óleo é de produto velho, mas não dá para precisar o grau tóxico”, admite o agente da Capitania.
Em toda a orla se formavam faixas alongadas por placas de óleo que também se misturavam à argila da margem. Mesmo com o resíduo do produto não houve interdição dos locais afetados. “Essa mancha amanheceu aqui e a gente não sabe de onde veio”, diz o pescador José Rodrigues, que retirava água do rio na área contaminada.
A vistoria da Capitania dos Portos detectou a mancha desde a boca do Valente, que fica a uma hora e meia de barco de Parintins. Depois as placas se dissipam, sendo levadas pela correnteza das águas para desafogar no oceano.
IX Simplurb discute "Cidades: territorialidades, sustentabilidade e demandas sociais"
Pesquisadores da área de geografia urbana de todo o País se reunirão no Studio 5, de 18 a 21 deste mês, para discutir questões como transporte coletivo, gestão pública, degradação ambiental urbana, ocupações de terra e regiões metropolitanas do Brasil, entre outros temas. As discussões ocorrerão durante o IX Simpósio Nacional de Geografia Urbana (Simplurb), realizado pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB/Manaus).
Pela primeira vez o evento acontece na Amazônia o que confere um significado especial ao Simpósio, porque, segundo o professor da UFAM José Aldemir de Oliveira, coordenador local do evento, fala-se pouco das cidades amazônicas, principalmente das pequenas cidades na beira do rio, lugares em que pulsam modos de vida que diferem significativamente do padrão caracterizado como urbano.
A importância vem ainda pelos dados do IBGE apontarem que do ponto de vista demográfico,no período de 1991 a 2000, a Região Norte apresentou a maior taxa de crescimento relativo da população urbana do Brasil – 18,26%, como média de urbanização de 69,87%.
O tema proposto “Cidades: territorialidades, sustentabilidade e demandas sociais” deste IX Simlurb tem a ver com as demandas e embora não dê conta de responder a todas, pretende colocá-las em discussões como estratégia de avanço teórico e metodológico dessa área de conhecimento. Cerca de 280 trabalhos serão apresentados durante o evento cujas palestras são abertas ao público em geral.
Decretada calamidade na bacia hidrográfica do AM
O governador do Estado, Eduardo Braga, decretou ontem estado de calamidade pública na rede hidrográfica do Amazonas por 90 dias, conseqüência da intensa vazante que atinge a região. O anúncio foi feito ontem à tarde, durante reunião com vários secretários e representantes de órgãos e instituições públicas ligados ao assunto, na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
Na ocasião, o governador lançou o Projeto Emergencial "S.O.S Interior", que visa atender, em caráter de urgência, todos os municípios amazonenses. Além do decreto, mais 15 cidades do interior estão em situação de emergência, muitas com localidades completamente isoladas.
Os Municípios de Atalaia do Norte, Anori, Caapiranga e Manaquiri, todos banhados pelo rio Solimões, são os mais prejudicados pelo período de águas baixas que assola os leitos dos rios estaduais, segundo divulgação da Defesa Civil do Estado. Nestes, o transporte de mercadorias e combustível está comprometido, visto que o afluente é o principal meio de entrada/saída de produtos. Eduardo Braga diz que a prioridade inicial é abastecer o interior com água potável, combustível, remédios e alimentos. Para isso, é imprescindível o financiamento do Governo Federal e das Forças Armadas Brasileiras (FAB), pois os aviões do Exército já estão com a cota de vôos no limite para este ano.
"Não pouparemos e
Na ocasião, o governador lançou o Projeto Emergencial "S.O.S Interior", que visa atender, em caráter de urgência, todos os municípios amazonenses. Além do decreto, mais 15 cidades do interior estão em situação de emergência, muitas com localidades completamente isoladas.
Os Municípios de Atalaia do Norte, Anori, Caapiranga e Manaquiri, todos banhados pelo rio Solimões, são os mais prejudicados pelo período de águas baixas que assola os leitos dos rios estaduais, segundo divulgação da Defesa Civil do Estado. Nestes, o transporte de mercadorias e combustível está comprometido, visto que o afluente é o principal meio de entrada/saída de produtos. Eduardo Braga diz que a prioridade inicial é abastecer o interior com água potável, combustível, remédios e alimentos. Para isso, é imprescindível o financiamento do Governo Federal e das Forças Armadas Brasileiras (FAB), pois os aviões do Exército já estão com a cota de vôos no limite para este ano.
"Não pouparemos e
segunda-feira, outubro 10, 2005
E em Coari... vai chegar?
Inclusão Digital: Municípios são interligados via Internet
A Associação Amazonense de Municípios (AAM) mobiliza todas as prefeituras do Estado para que apressem o processo de interligação à Internet e a adoção do pregão eletrônico para a compra de bens e serviços. A entidade acaba de assinar um convênio com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM)), onde passa a ser interlocutora dos serviços oferecidos pela instituição nacional, incluindo o processo de inclusão digital dos municípios brasileiros.
Inclusão Digital: Municípios são interligados via Internet
A Associação Amazonense de Municípios (AAM) mobiliza todas as prefeituras do Estado para que apressem o processo de interligação à Internet e a adoção do pregão eletrônico para a compra de bens e serviços. A entidade acaba de assinar um convênio com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM)), onde passa a ser interlocutora dos serviços oferecidos pela instituição nacional, incluindo o processo de inclusão digital dos municípios brasileiros.
O acesso à rede mundial de computadores poderá ser feito a partir de uma parceria direta do município com a CNM e a Embratel. Para isso, a administração municipal deverá estar associada ao representante da CNM em cada Estado, no caso do Amazonas a AAM, que funciona como uma espécie de escritório estadual do órgão nacional.
O convênio permite a instalação de satélites nos locais que ainda não dispõem de Internet e a possibilidade de o município utilizar, gratuitamente, o Portal de Compras Municipais da CNM para a realização de pregão eletrônico.
O presidente da AAM, prefeito de Maués, Sidney Leite, explicou que o convênio envolve, também, programas de software e serviços, entre eles acesso a e-mails e ao portal municipal, destinado a abrigar os sites de todas as prefeituras do Brasil. Segundo o prefeito Sidney Leite, esses serviços vão imprimir maior agilidade na prestação de contas para os órgãos fiscalizadores, além de garantir mais transparência e capacidade administrativa para gerenciar os recursos públicos.
Atualmente a rede está infestada de material sobre o Referedo do dia 23 de outubro, onde o Brasil votará sobre a venda de armas no país. Cada um na sua liberdada está expressando sua opinião, e são as mais diversas possíveis. Muitas coisas sem nexo, meio nebuloso.
Até parece que quem está na net tem as soluções para todos os problemas, como num passe de mágica tudo será resolvido. O Referendo é só mais um passo para tentar diminuir a violência no Brasil, para isso acontecer, temos uma longa estrada a ser caminhada. Boa Sorte Brasil!
Segundo o Jornala Acritica
Mata-se mais com armas de fogo no Amazonas
"O número de mortes por arma de fogo no Amazonas aumentou nos últimos dois anos. De acordo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), em 2003, foram 194 assassinatos por arma branca e 157 por arma de fogo.
"O número de mortes por arma de fogo no Amazonas aumentou nos últimos dois anos. De acordo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), em 2003, foram 194 assassinatos por arma branca e 157 por arma de fogo.
Mas o quadro inverteu no ano passado, quando o índice de mortes provocadas por tiro saltou para 168 e o de mortes por arma branca diminuiu para 149. Este ano, as armas de fogo mantém o título de maiores vilãs, com 131 mortes registradas até setembro, superando os 118 assassinatos cometidos com facas e afins.
As estatísticas esquentam ainda mais a já acalorada discussão em torno do referendo do dia 23 deste mês, quando aproximadamente 122 milhões de brasileiros vão opinar sobre a proibição do comércio de armas e munição no País.
O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestro, Josué Rocha, começou um levantamento há duas semanas e se diz surpreso com os resultados preliminares. Do dia 19 de setembro a 2 de outubro, a delegacia recebeu 18 ocorrências de homicídio e, desse total, 11 foram cometidos com arma de fogo. "Isso ocorre porque ainda existem muito armamento nas mãos da população".
Pra ler e pensar
"Ambientalistas pensavam que poderiam salvar a floresta e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. Eles estavam errados".
A constatação é da reportagem "Economia da selva", do jornalista Mac Margolis, da Newsweek International, cujo texto foi traduzido por Evandro Ferreira no blog Ambiente Acreano. É sofrível depender da mídia brasileira para saber algo relevante sobre a Amazônia. Leia+
A constatação é da reportagem "Economia da selva", do jornalista Mac Margolis, da Newsweek International, cujo texto foi traduzido por Evandro Ferreira no blog Ambiente Acreano. É sofrível depender da mídia brasileira para saber algo relevante sobre a Amazônia. Leia+
Quinta Cultural
Aqui estou numa segunda falando num assunto de quinta, coloco aqui porque de fato vale uma palavra a "Quinta Cultural" promovida pelo Banco Basa.
Segundo o coordenador do evento, o gerente do Banco, o Sr. Júnior, a festa tinha como objetivo promover a cultura e incentivar um gesto de solidariedade. Para atingir esse objetivo o Basa entrou com a estrutura logística, mais a contratação dos cantores. Os artistas locais que participaram foram o Márcio e o Aprígio e de fora o cantor Salomão Rossy.
A entrada custava dois kilos de alimentos não perecíveis. Foram arrecadados quase uma tonelada de alimentos. Os alimentaos serão distribuídos para famílias carentes na cidade, através da Pastoral da Criança.
Apesar da fraca participação da população no evento, que prefere outro tipo de música, foi válida a iniciativa. Parabéns ao Banco Basa. Que venham outros!
Seca
O coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Franz Alcântara, também comandante do Corpo de Bombeiros, faz, hoje, um relato ao governador Eduardo Braga sobre a situação dos Municípios do interior do Amazonas que sofrem com a vazante dos rios.
Dependendo do que ficar acertado, ainda hoje a corporação enviará o carro ATP (alto transporte de pessoal) com água potável e alimentos e duas motocicletas tipo motocross para socorrer a população rural de Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus). Além das cinco cidades em estado de emergência, há outras 15 em alerta e prestes a ter seus decretos de emergência efetivados, segundo Alcântara.
Ontem, uma equipe da Defesa Civil sobrevoou os Municípios de Anori e Atalaia do Norte (a 195 quilômetros e a 1.138 quilômetros de Manaus, respectivamente). Na quinta-feira passada, Manaquiri e Caapiranga (a 145 quilômetros de Manaus) foram visitados para o reconhecimento do estado de emergência. A situação é grave nas duas cidades, com mortandade de peixes e populações rurais ilhadas.
Esta semana serão montados núcleos da Defesa Civil nas localidades para compartilhar ações com as prefeituras locais. Serão perfurados poços em busca de água potável e também distribuído hipoclorito de sódio para potabilizar a água de cacimbas, que estão sendo utilizadas pela população em decorrência do desaparecimento dos cursos d'água. A paisagem interiorana ganhará a presença de motocicletas que trafegarão nos leitos de rios e igarapés (agora secos), onde antes a população viajava de motor de popa.
A Defesa Civil programa também, para esta semana, um contato com as forças armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - para que disponibilizem helicópteros para levar ajuda aos municípios. Alcântara diz também que hoje entrará em contato com os prefeitos das cidades situadas nas cabeceiras dos rios Negro e Solimões para confirmar uma informação de que choveu, no final de semana, nessas localidades, o que seria “uma boa notícia”, segundo ele. Mas a previsão é de que a vazante prossiga até o final deste mês, como ocorre todos os anos.
Se para quem mora no Amazonas é difícil entender o que está se passando por aqui, para quem não mora é mais difícil ainda. As grandes distâncias do nosso mundo já tornam tanto o acesso as cidades como a comunicação difícil, com pouca água para ir até os municípios as dificuldades se multiplicam.
Tudo fica mais longe e com isso as coisas ficam mais cara, uma vez que quase todos os gêneros de sobrevivência são transportados por via fluvial. Abaixo um texto do Acritica:
Alerta em mais 15 cidadesO coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Franz Alcântara, também comandante do Corpo de Bombeiros, faz, hoje, um relato ao governador Eduardo Braga sobre a situação dos Municípios do interior do Amazonas que sofrem com a vazante dos rios.
Dependendo do que ficar acertado, ainda hoje a corporação enviará o carro ATP (alto transporte de pessoal) com água potável e alimentos e duas motocicletas tipo motocross para socorrer a população rural de Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus). Além das cinco cidades em estado de emergência, há outras 15 em alerta e prestes a ter seus decretos de emergência efetivados, segundo Alcântara.
Ontem, uma equipe da Defesa Civil sobrevoou os Municípios de Anori e Atalaia do Norte (a 195 quilômetros e a 1.138 quilômetros de Manaus, respectivamente). Na quinta-feira passada, Manaquiri e Caapiranga (a 145 quilômetros de Manaus) foram visitados para o reconhecimento do estado de emergência. A situação é grave nas duas cidades, com mortandade de peixes e populações rurais ilhadas.
Esta semana serão montados núcleos da Defesa Civil nas localidades para compartilhar ações com as prefeituras locais. Serão perfurados poços em busca de água potável e também distribuído hipoclorito de sódio para potabilizar a água de cacimbas, que estão sendo utilizadas pela população em decorrência do desaparecimento dos cursos d'água. A paisagem interiorana ganhará a presença de motocicletas que trafegarão nos leitos de rios e igarapés (agora secos), onde antes a população viajava de motor de popa.
A Defesa Civil programa também, para esta semana, um contato com as forças armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - para que disponibilizem helicópteros para levar ajuda aos municípios. Alcântara diz também que hoje entrará em contato com os prefeitos das cidades situadas nas cabeceiras dos rios Negro e Solimões para confirmar uma informação de que choveu, no final de semana, nessas localidades, o que seria “uma boa notícia”, segundo ele. Mas a previsão é de que a vazante prossiga até o final deste mês, como ocorre todos os anos.
Nossos talentos
Artistas de Parintins farão decoração de natal de São Paulo
Por sugestão do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto, a decoração da cidade de São Paulo, no Natal, será feita por artistas de Parintins, Amazonas. A notícia foi dada hoje ao senador, por telefone, pelo prefeito paulistano José Serra. O prefeito tucano disse ter achado muito boa a idéia, pois esses artistas são responsáveis pelo esplendor de uma das mais famosas festas folclóricas do País, a Festa do Boi. Serra adiantou ter falado com o prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia, e já feito o convite aos artistas.
Esses artistas que vão a São Paulo ornamentar a cidade, deixar a terra da garoa mais bonita, vêm de uma longa estrada no mundo da arte. Todos, "todos" iniciados na escola do Ir. Miguel, quando ainda eram crianças; isto mostra que com um pouco de criatividade, boa vontade e conhecimento pode-se fazer muitos pelas pessoas. O importante aqui é ver que as coisas não são feitas com interesse politiqueiro e nem carregando a máquina da prefeitura... Coari tem muito o que aprender de Parintins
sexta-feira, outubro 07, 2005
Aumenta em 25% número de barcos encalhados no Amazonas por causa da seca, diz Capitania dos Portos
O número de ocorrências de barcos encalhados aumentou cerca de 25% no Amazonas nas últimas semanas por causa da seca que atinge o estado, afirma o comandante da Capitania dos Portos, Capitão Edilander Santos. "Felizmente, esses encalhes, apesar de trazerem prejuízo à logística local, não têm como conseqüência vitimar pessoas", diz.
Até o momento, segundo o capitão, a vazante (o menor nível da água) dos rios não provocou acidentes graves, mas as viagens de barco estão mais lentas, levando em média o dobro do tempo convencional. "É preciso extrema prudência e cautela: navegar com velocidade baixa, não ultrapassar no período noturno aqueles pontos conhecidos como críticos", recomenda Edilander.
O capitão informou ainda que os rios mais perigosos por causa da seca são o Madeira e parte do Solimões (na altura do município de Tefé).
Até o momento, segundo o capitão, a vazante (o menor nível da água) dos rios não provocou acidentes graves, mas as viagens de barco estão mais lentas, levando em média o dobro do tempo convencional. "É preciso extrema prudência e cautela: navegar com velocidade baixa, não ultrapassar no período noturno aqueles pontos conhecidos como críticos", recomenda Edilander.
O capitão informou ainda que os rios mais perigosos por causa da seca são o Madeira e parte do Solimões (na altura do município de Tefé).
Polícia apreende nove filhotes de papagaio em Abreulândia
Nove filhotes de papagaio e um de curica - mesma família da espécie - foram apreendidos, na última quarta-feira (06), próximo ao município de Abreulândia, a 173 quilômetros da Capital. As aves estavam de posse do lavrador Israel Nogueira Ferraz, de 38 anos, que foi autuado pela Polícia Civil no momento em que transportava os filhotes para aquela cidade. Israel contou que comprou os animais do também lavrador Nilton Silvânio da Silveira, 39, por R$ 10,00 cada.
Os dois acusados foram encaminhados ao 1º Distrito Policial da Capital, onde foram ouvidos e indiciados criminalmente por tráfico de animais. O trabalhador que comprou os filhotes disse que eles seriam presentes para seus familiares no Pará. De acordo com Silvânio, ele encontrou os animais no tronco de um Buriti - espécie de palmeira nativa do cerrado - caído no chão.
A Polícia Civil disse que as aves foram alimentadas e passaram por um atendimento veterinário, sendo que, no final da tarde desta quinta-feira (06), seriam encaminhadas para o núcleo Terraquarium do Centro Universitário Luterano de Palmas ou à fazenda Rêgo Barros, em Porto Nacional.
A delegada do Meio Ambiente e Urbanismo, Mariana Azevedo Barreto, afirmou que os seis volumes do relatório nacional do inquérito de Tráfico de Animais e Plantas Silvestres da Fauna Brasileira mostram que que Abreulândia está na lista da rota do tráfico de animais silvestres em Tocantins.
Fluxo de petróleo muda no Solimões
Baixo nível do principal formador do Amazonas faz Transpetro restringir navegação de petroleiros entre Coari e Manaus
A Transpetro, subsidiária da Petrobrás responsável pelo transporte de petróleo, foi obrigada a restringir o tráfego de petroleiros na região amazônica em razão do baixo nível do Rio Solimões que, junto com o Rio Negro, é o principal formador do Amazonas. Giovanni Cavalcante Paiva, gerente da Transpetro Norte, informou que a mudança da operação logística necessária ao abastecimento da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), localizada em Manaus, gerou um custo 50% maior que o normal. A empresa gerencia frota própria e fretada para o transporte de petróleo e GLP do Terminal de Coari (instalado às margens do Solimões) ao de Manaus. Todo o volume que chega a Coari é produzido na bacia petrolífera de Urucu. Por dia, são produzidos entre 6,5 mil a 7 mil m³ de petróleo e 1,5 mil tonelada de GLP. A primeira parte da logística de 280 quilômetros é feita por dutos. Mas a baixa vazão do Solimões obrigou a Transpetro a dividir em duas etapas o transporte entre Coari e Manaus, trecho de 390 quilômetros. A empresa ampliou o número de balsas de 3 para 5. Os comboios de barcaças, que conseguem passar em canais de navegação mais rasos, trafegam 100 quilômetros até a região de Codajás, onde ocorre o transbordo do óleo bruto para os petroleiros que levam o produto por mais 290 quilômetros até o terminal de Manaus. Neste trecho, o nível do rio alcança 7,5 metros de profundidade. Os navios precisam de 12 metros para navegarem com segurança.
“Para garantir o fluxo, fretamos outro navio petroleiro para fazer este trajeto. O custo será maior, mas teremos como garantir o abastecimento da refinaria”, diz Paiva. A Reman processa 42 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 7 mil m³ diários. A expectativa da Transpetro é que a operação especial seja mantida pelo menos até o final deste mês.
De acordo com Paiva, a queda do nível do Solimões perdeu velocidade. “Em agosto, tivemos queda do nível de até 30 centímetros por dia. Nesta semana, a redução é de apenas 3 centímetros por dia. A tendência é que se estabilize e haja alguma recuperação a partir de agora”, afirma. Como nos demais rios amazônicos, as chuvas e o degelo na Cordilheira dos Andes são as principais fontes para enchimento da Bacia Amazônica.
A Transpetro, subsidiária da Petrobrás responsável pelo transporte de petróleo, foi obrigada a restringir o tráfego de petroleiros na região amazônica em razão do baixo nível do Rio Solimões que, junto com o Rio Negro, é o principal formador do Amazonas. Giovanni Cavalcante Paiva, gerente da Transpetro Norte, informou que a mudança da operação logística necessária ao abastecimento da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), localizada em Manaus, gerou um custo 50% maior que o normal. A empresa gerencia frota própria e fretada para o transporte de petróleo e GLP do Terminal de Coari (instalado às margens do Solimões) ao de Manaus. Todo o volume que chega a Coari é produzido na bacia petrolífera de Urucu. Por dia, são produzidos entre 6,5 mil a 7 mil m³ de petróleo e 1,5 mil tonelada de GLP. A primeira parte da logística de 280 quilômetros é feita por dutos. Mas a baixa vazão do Solimões obrigou a Transpetro a dividir em duas etapas o transporte entre Coari e Manaus, trecho de 390 quilômetros. A empresa ampliou o número de balsas de 3 para 5. Os comboios de barcaças, que conseguem passar em canais de navegação mais rasos, trafegam 100 quilômetros até a região de Codajás, onde ocorre o transbordo do óleo bruto para os petroleiros que levam o produto por mais 290 quilômetros até o terminal de Manaus. Neste trecho, o nível do rio alcança 7,5 metros de profundidade. Os navios precisam de 12 metros para navegarem com segurança.
“Para garantir o fluxo, fretamos outro navio petroleiro para fazer este trajeto. O custo será maior, mas teremos como garantir o abastecimento da refinaria”, diz Paiva. A Reman processa 42 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 7 mil m³ diários. A expectativa da Transpetro é que a operação especial seja mantida pelo menos até o final deste mês.
De acordo com Paiva, a queda do nível do Solimões perdeu velocidade. “Em agosto, tivemos queda do nível de até 30 centímetros por dia. Nesta semana, a redução é de apenas 3 centímetros por dia. A tendência é que se estabilize e haja alguma recuperação a partir de agora”, afirma. Como nos demais rios amazônicos, as chuvas e o degelo na Cordilheira dos Andes são as principais fontes para enchimento da Bacia Amazônica.
quinta-feira, outubro 06, 2005
Novo contador
Infelizmente, arrumando meu template, fiz a arte de desaparecer o contador. Já tinha conseguido a marca desejada em seus primeiros seis meses: 5.100 acessos, já é alguma coisa. Agora vamos recomeçar do zero.
Nossa riqueza
Geração de renda com respeito à natureza
Andiroba, copaíba e pau-rosa. Plantas largamente utilizadas pela indústria de cosméticos agora geram emprego num projeto de desenvolvimento sustentável no Amazonas. Uma cooperativa criada no município de Silves, a 350 quilômetros da capital Manaus, tem gerado emprego e ajudado a preservar plantas ameaçadas de extinção. Leia+
Andiroba, copaíba e pau-rosa. Plantas largamente utilizadas pela indústria de cosméticos agora geram emprego num projeto de desenvolvimento sustentável no Amazonas. Uma cooperativa criada no município de Silves, a 350 quilômetros da capital Manaus, tem gerado emprego e ajudado a preservar plantas ameaçadas de extinção. Leia+
Isso ainda vai dar muito o que falar!
Projeto de gestão de florestas públicas é aprovado sem alterações
Projeto de gestão de florestas públicas é aprovado sem alterações
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou , nesta quarta-feira (5), depois de dois adiamentos e muita discussão, parecerdo senador José Agripino (PFL-RN) pela aprovação do projeto de lei do Poder Executivo que regulamenta a gestão da exploração das florestas públicas para a produção sustentável (PLC 62/05). Para evitar que o projeto retornasse à Câmara dos Deputados para nova votação, os senadores aprovaram o projeto sem emendas e rejeitaram o substitutivo do relator, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que fazia várias modificações à proposta original, e o voto em separado do senador Geraldo Mesquita Junior (PSOL-AC). Leia+
quarta-feira, outubro 05, 2005
terça-feira, outubro 04, 2005
d
São Francisco
A cidade de Coari hoje está agitada, é a festa de São Francisco animando a todos. Cada ano a multidão de devotos desse santo cresce mais e mais. Fico me perguntando que fenômeno é esse? Um santo de tão longe, uma pessoa que escolheu viver sem nada, de amar a natureza; como consegue cativar tanta gente?
Talvez seja justamente isso, o amor aos pobres, gente tão abandonada por tudo e por todos. Amou os leprosos do seu tempo com um amor incondicional, gente desprezada e preconceituada. E a natureza tão saqueada, depreada, encontra no poverello de Assis acolhida, carinho, respeito e admiração.
Com certeza se São Francisco viesse aqui em Coari hoje, ele não teria sentido para ninguém, uma vez que pobre aqui não vale nada. Os depredadores da natureza o encheriam de porrada, assim como mataram Ivo. Tratam com violência qualquer um que se meta nesse mundo, onde fazem o que querem!
segunda-feira, outubro 03, 2005
Amazonas registra uma das maiores secas da história
O período da vazante na Amazônia (agosto a fevereiro)sempre dificulta o transporte fluvial no Estado, porém, este ano, se registra um período anormal de seca uma das mais maiores da história.
O período da vazante na Amazônia (agosto a fevereiro)sempre dificulta o transporte fluvial no Estado, porém, este ano, se registra um período anormal de seca uma das mais maiores da história.
De acordo com a assessoria da empresa Águas do Amazonas, embora a vazante seja grande, não implicará na distribuição de água na capital.
Alguns comandantes de embarcações disseram que a principal dificuldade que sentem nesse período é a falta de sinalização nos rios e, na avaliação dos marítimos, 2005 já está marcado como o ano recordista de seca nos últimos 30 anos.
De acordo com o capitão-de-mar-e-guerra da Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental, Edlander Santos, a principal dificuldade de sinalizar os rios do Amazonas é que a cada ano surgem “rios novos”, cujo canal de estação nasce cada período de cheia ou seca em lugares alternados. Segundo o capitão, a instituição responsável pela sinalização é a empresa Administração de Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC).
“Não é competência legal da Capitania sinalizar os rios, mas da AHIMOC. Inclusive foi assinado um projeto pelo ministro de Transportes, Alfredo Nascimento, autorizando a sinalização do rio Madeira um dos trechos mais perigosos para se navegar”, citou Edlander Santos.
Devido a grandiosidade da Bacia Amazônica, cerca de 19 mil quilômetros para navegação, o capitão contou que essa extensão impossibilita a sinalização de todos trechos.
“Seria ótimo se conseguíssemos fazer esse trabalho, no entanto, a região tem uma característica única e as constantes mudanças nos rios - como banco de areia, paus, rio novo - torna difícil acompanhá-la”, declarou. Edlander disse, ainda, que a Capitania intervém, em casos de encalhe, quando a embarcação oferece riscos à vida dos passageiros ou de outras embarcações.
domingo, outubro 02, 2005
Um estudo do Escritório de Meteorologia da Inglaterra aponta o fim da floresta até 2080
O homem violenta o meio ambiente e a natureza mostra que pode fazer justiça com as próprias leis. O ar poluído que torna a respiração difícil, as extensas nuvens de fumaça que fecham aeroportos, a derrubada de árvores que propicia a proliferação de doenças como a malária e transforma a Terra em um forno cada vez mais quente são algumas das provas que o planeta vem dando de que, quanto maior a agressão, mais cruel é o castigo.
Na Amazônia, os índices elevados de desmatamento, numerosos focos de queimadas, garimpos ilegais e emissão de gases poluentes fazem da maior floresta tropical do mundo o ponto zero de uma catástrofe há tempos anunciada pelos cientistas.
"Nós, na Amazônia, estamos no ponto zero da catástrofe. É o local onde mais se sofre as conseqüências. Um estudo do Escritório de Meteorologia da Inglaterra aponta o fim da floresta até 2080. Isso só considerando o efeito estufa. Se levarmos em conta outros fatores podemos chegar à conclusão de que o quadro é ainda pior", alerta o pesquisador da coordenação de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside.
De acordo com um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP), a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado 0,4% a cada ano. O aumento se deve, em grande parte, ao uso de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais.
A concentração de metano e dos clorofluorcarbonetos também tem aumentado e a associação de todas estas substâncias poderá causar, no futuro, o aumento da temperatura global estimado em até 6º centígrados nos próximos cem anos. O aquecimento desta ordem alteraria os climas em nível mundial e aumentaria nível da água do mar em, no mínimo, 30 centímetros.
Na Amazônia, os índices elevados de desmatamento, numerosos focos de queimadas, garimpos ilegais e emissão de gases poluentes fazem da maior floresta tropical do mundo o ponto zero de uma catástrofe há tempos anunciada pelos cientistas.
"Nós, na Amazônia, estamos no ponto zero da catástrofe. É o local onde mais se sofre as conseqüências. Um estudo do Escritório de Meteorologia da Inglaterra aponta o fim da floresta até 2080. Isso só considerando o efeito estufa. Se levarmos em conta outros fatores podemos chegar à conclusão de que o quadro é ainda pior", alerta o pesquisador da coordenação de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside.
De acordo com um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP), a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado 0,4% a cada ano. O aumento se deve, em grande parte, ao uso de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais.
A concentração de metano e dos clorofluorcarbonetos também tem aumentado e a associação de todas estas substâncias poderá causar, no futuro, o aumento da temperatura global estimado em até 6º centígrados nos próximos cem anos. O aquecimento desta ordem alteraria os climas em nível mundial e aumentaria nível da água do mar em, no mínimo, 30 centímetros.
Para não dizer que não falei das flores
A ampliação do volume de vendas para o mercado de Manaus está estimulando os 23 produtores de flores do Município de Rio Preto da Eva (a 80 quilômetros de Manaus) a dobrar para dez mil bulbos a quantidade mensal de compra de sementes. Atualmente, os produtores compram cinco mil bulbos (sementes), que rendem, em média, R$ 6 mil a R$ 8 mil.
O projeto "Flores da Eva" começou há três anos por meio de uma iniciativa do Sebrae que, em parceria com a prefeitura do município, procurou identificar os agricultores da área com aptidão para o cultivo de flores, visando capacitá-los para a atividade.
"A gente percebe que está dando certo. Algumas floriculturas de Manaus que antes mandavam buscar o produto de fora, agora se abastecem aqui no Rio Preto. Estamos ganhando mercado e pensando em expandir o negócio", diz a secretária da Associação Flores da Eva, Edvanda Félix Pereira, 31.
Distribuídos por sítios onde o cultivo de flores ocupa pelo menos seis hectares de terra, os produtores do Rio Preto torcem para ter acesso facilitado a linhas de crédito. A produtora Sueli Portela da Silva, 38, diz que o ganho poderia ser bem maior se houvesse dinheiro para investir na infra-estrutura da produção. "Cliente para comprar nós já temos. No Amazonas não existia produção de flores e as instituições não abriam linha de crédito para investirmos. Agora estamos mostrando que dá certo", enfatiza.
O projeto "Flores da Eva" começou há três anos por meio de uma iniciativa do Sebrae que, em parceria com a prefeitura do município, procurou identificar os agricultores da área com aptidão para o cultivo de flores, visando capacitá-los para a atividade.
"A gente percebe que está dando certo. Algumas floriculturas de Manaus que antes mandavam buscar o produto de fora, agora se abastecem aqui no Rio Preto. Estamos ganhando mercado e pensando em expandir o negócio", diz a secretária da Associação Flores da Eva, Edvanda Félix Pereira, 31.
Distribuídos por sítios onde o cultivo de flores ocupa pelo menos seis hectares de terra, os produtores do Rio Preto torcem para ter acesso facilitado a linhas de crédito. A produtora Sueli Portela da Silva, 38, diz que o ganho poderia ser bem maior se houvesse dinheiro para investir na infra-estrutura da produção. "Cliente para comprar nós já temos. No Amazonas não existia produção de flores e as instituições não abriam linha de crédito para investirmos. Agora estamos mostrando que dá certo", enfatiza.
sábado, outubro 01, 2005
Naufrágio comove Parintins
A terra do boi-bumbá amanheceu ontem em estado de comoção. O terror da tragédia vivida pelos parintinenses que estavam no barco Almirante Sergimar, que naufragou próximo ao Município de Urucurituba, depois de colidir com duas balsas, deixou famílias traumatizadas. Eram 12h32 quando foram transladados os primeiros corpos, em um helicóptero da Marinha, até o aeroporto municipal de Parintins, Júlio Belém.
O Instituto Médico Legal (IML) do Hospital Regional Jofre Cohen identificou sete corpos, dos oito que aguardavam serem reconhecidos pelos parentes. Os óbitos confirmados foram de Geny Batista, 24; Daniele Paulain, 17, que era a esposa do comandante do barco e que estava grávida de quatro meses; Leonice Guimarães Silva, 75; o tricicleiro Miguel Gomes da Silva; Maria do Socorro Nogueira; Rosicleia Rodrigues e Durval Melo Guimarães. O corpo de uma mulher morena, que também estava grávida, não havia sido identificado até o fechamento desta edição. Aproximadamente 12 pessoas ainda estão desaparecidas, e 40 foram resgatadas com vida.
Em frente ao IML, uma multidão acompanhou a identificação dos corpos.O parintinense Paulo Junior, um dos sobreviventes, que conseguiu chegar até Itacoatiara, contou por telefone que o comandante da embarcação havia passado o leme do barco para um tripulante, quando aconteceu a colisão.
O prefeito de Parintins, Bi Garcia informou que a Prefeitura disponibilizou cinco lanças rápidas para socorrer as vítimas da tragédia e mobilizou os serviços das Secretarias de Saúde e Ação Social para amparar as famílias envolvidas na tragédia. "Hoje é um dia muito triste para Parintins. Eu lamento esse episódio que abalou famílias amazonenses e também do Estado do Pará", comentou o prefeito, que seguiu de avião com o secretário de Saúde, Francisco Tussolini, ontem à tarde, para a área do acidente.
Os familiares das vítimas buscavam amparo ao telefone e aguardavam informações por meio das emissoras de rádio sobre os parentes que estavam desaparecidos. A senhora Rosalina Castro de Souza, que reside na rua Nakauth, bairro de Santa Clara, era o retrato da tristeza. O sobrinho dela, David, de apenas quatro anos, estava desaparecido.
O Instituto Médico Legal (IML) do Hospital Regional Jofre Cohen identificou sete corpos, dos oito que aguardavam serem reconhecidos pelos parentes. Os óbitos confirmados foram de Geny Batista, 24; Daniele Paulain, 17, que era a esposa do comandante do barco e que estava grávida de quatro meses; Leonice Guimarães Silva, 75; o tricicleiro Miguel Gomes da Silva; Maria do Socorro Nogueira; Rosicleia Rodrigues e Durval Melo Guimarães. O corpo de uma mulher morena, que também estava grávida, não havia sido identificado até o fechamento desta edição. Aproximadamente 12 pessoas ainda estão desaparecidas, e 40 foram resgatadas com vida.
Em frente ao IML, uma multidão acompanhou a identificação dos corpos.O parintinense Paulo Junior, um dos sobreviventes, que conseguiu chegar até Itacoatiara, contou por telefone que o comandante da embarcação havia passado o leme do barco para um tripulante, quando aconteceu a colisão.
O prefeito de Parintins, Bi Garcia informou que a Prefeitura disponibilizou cinco lanças rápidas para socorrer as vítimas da tragédia e mobilizou os serviços das Secretarias de Saúde e Ação Social para amparar as famílias envolvidas na tragédia. "Hoje é um dia muito triste para Parintins. Eu lamento esse episódio que abalou famílias amazonenses e também do Estado do Pará", comentou o prefeito, que seguiu de avião com o secretário de Saúde, Francisco Tussolini, ontem à tarde, para a área do acidente.
Os familiares das vítimas buscavam amparo ao telefone e aguardavam informações por meio das emissoras de rádio sobre os parentes que estavam desaparecidos. A senhora Rosalina Castro de Souza, que reside na rua Nakauth, bairro de Santa Clara, era o retrato da tristeza. O sobrinho dela, David, de apenas quatro anos, estava desaparecido.